Recife, Pernambuco - Brasil

30/04/2009 - Analise conjuntural abril/09

 

 

SECRETARIA DE AGRICULTURA E REFORMA AGRÁRIA

 
CENTRO DE ABASTECIMENTO ALIMENTAR DE PERNAMBUCO - CEASA/PE - O.S

COMPARATIVO DOS PREÇOS(MAIS COMUM) EM NÍVEL DE ATACADO
 







PRODUTOS UNIDADE DIAS VARIAÇÃO


A B C C/A C/B


31/03/09 23/04/09 30/04/09 SEMANAL MENSAL


(R$) (R$) (R$) (%) (%)
1. HORTALIÇAS





Abóbora Kg 1,34 0,90 0,86 (35,82) (4,44)
Alface 0,41 0,30 0,38 (7,32) 26,67
Alho Nacional Cx 10 Kg 38,86 42,00 36,60 (5,82) (12,86)
Batatinha Sc 50 Kg 69,52 80,00 103,00 48,16 28,75
Batata Doce Arroba 17,00 15,00 15,10 (11,18) 0,67
Cebola Pera Sc 20 Kg 22,62 18,00 20,10 (11,14) 11,67
Cebolinha Mol. 1kg 1,90 2,00 1,85 (2,63) (7,50)
Coentro Mol. 5a7kg 16,24 15,00 17,70 8,99 18,00
Cenoura Kg 1,40 1,50 1,53 9,29 2,00
Chuchu Cento 27,43 24,00 23,00 (16,15) (4,17)
Inhame da Costa Arroba 30,00 30,00 29,70 (1,00) (1,00)
Pepino Kg 0,95 0,80 0,81 (14,74) 1,25
Pimentão Cento 11,86 18,00 17,55 47,98 (2,50)
Repolho Kg 0,97 1,50 1,52 56,70 1,33
Tomate Cx 30 Kg 17,14 50,00 33,20 93,70 (33,60)
Vagem Kg 2,98 3,50 3,10 4,03 (11,43)
2. FRUTAS





Abacaxi Cento 140,48 120,00 135,00 (3,90) 12,50
Banana Pacovan Cento 7,29 8,00 11,90 63,24 48,75
Coco Seco Cento 80,00 100,00 97,50 21,88 (2,50)
Coco Verde Cento 70,00 70,00 69,00 (1,43) (1,43)
Goiaba Cx 25kg 28,62 30,00 30,25 5,70 0,83
Laranja Pera Cento 9,48 13,00 12,90 36,08 (0,77)
Limão Taity Cento 5,05 6,00 6,00 18,81 -
Maracujá Cento 19,43 20,00 20,00 2,93 -
Melancia Kg 0,41 0,50 0,50 21,95 -
Melão Espanhol Kg 1,09 1,00 1,00 (8,26) -
Mamão Hawaí Kg 1,02 1,00 1,13 10,78 13,00
Maçã Nacional Cx 18 Kg 34,86 32,00 32,00 (8,20) -
Uva Itália Cx 20 Kg 56,90 45,00 51,00 (10,37) 13,33
3. CEREAIS





Açucar Cristal Sc 50 Kg 53,74 54,00 53,98 (0,04) 0,45
Açucar Cristal Frd 30 Kg 31,82 32,00 31,36 (2,00) (1,45)
Arroz Beneficiado TP1 Frd 30 Kg 51,29 49,00 49,84 1,71 (2,83)
Arroz Branco TP1 Frd 30 Kg 57,21 54,50 55,07 1,05 (3,74)
Farinha de Mandioca TP2 Frd 30 Kg 32,80 31,50 32,30 2,54 (1,52)
Feijão Carioquinha TP2 Frd 30 Kg 48,43 54,00 48,05 (11,02) (0,78)
Feijão Carioquinha TP1 Frd 30 Kg 57,29 55,00 53,65 (2,45) (6,35)
Mamona Sc. 60kg 60,00 54,00 60,00 11,11 -
4. CARNES / AVES / LATICÍNIOS





Boi Gordo Arroba 15Kg 84,00 82,00 82,10 0,12 (2,26)
Carcaça Suina Kg 5,11 4,80 4,94 2,92 (3,33)
Caprino/Ovino Arroba 15Kg 120,00 112,50 112,88 0,34 (5,93)
Frango-Resfriado Kg 3,21 3,30 3,30 - 2,80
Frango-Congelado Kg 2,61 2,60 2,60 - (0,38)
Frango-Vivo Kg 2,05 1,80 1,90 5,56 (7,32)
Leite In Natura (Indústria) Litro Sinf. Sinf. Sinf. - -
Leite In Natura (Produtor) Litro Sinf. Sinf. Sinf. - -
NOTA : Os números entre parênteses representam a queda percentual no comportamento dos preços.

Fonte : SIMA - PE (DISQUE CEASA FONE : 3182-3545 - 08002813966 - FAX: 3182-3534





Elaboração : Departamento Técnico/Supervisão de Informação e Acompanhamento de Mercado





Acesso a internet : www.ceasape.org.br





 

5 – PONDERAÇÕES TÉCNICAS:

Grupo I (Hortaliças / Tubérculos)

Todo primeiro semestre coincide com o período de entressafra da maioria das hortícolas e das frutas, esse fato provoca diminuição da oferta e eleva os preços em nível de consumidor por conta da instabilidade climática, sobretudo este ano com as fortes chuvas que assolam o norte/nordeste e sudeste do País.

Este cenário catastrófico já provocou aumentos generalizados na cadeia alimentar em todas as regiões afetadas. Todavia os valores encontrados na CEASA são muito inferiores aos praticados em outros pontos comerciais, já que essa central atua como distribuidora e reguladora do mercado.

Alguns comentários sobre as exceções, oscilações e outros fatos pertinentes.

Abóbora – apesar da queda de (35,82%) no preço em abril os valores continuam bastante elevados, e acima da média histórica ou seja R$ 0,75 o Kg.

A abobora tem uma oferta muito regular e equilibrada com a demanda ao longo do ano, proveniente dos estados do Maranhão, Sergipe, Pernambuco e Rio Grande do Norte.

As inundações com bloqueios nas estradas provocada pelas chuvas que ocorrem no NE, sobretudo no Maranhão principal fornecedor do produto, no período de março a junho, deram suporte aos preços elevados, haja vista que o normal seria preços bem atrativo para o consumidor No período de abril a outubro com destaque para maio e junho, quando a oferta se destaca em função do período de safra.

Alface, Cebolinha e Coentro – por serem culturas de características de cultivo peculiar, ciclo vegetativo curto e muito susceptível as boas condições climáticas, tem oscilações abruptas na oferta e no preço, que diga-se de passagem está bastante elevado, portanto a tendência ainda é altista no curto e médio prazo em virtude da entressafra provocada pela instabilidade climática que geralmente ocorre no 1º semestre.

Alho nacional – historicamente de março a setembro há uma tendência altista, com destaque para maio, junho, julho e agosto, período da entressafra por conta das condições climáticas (excesso de chuva) prejudicando toda logística de produção, colheita e transporte nas regiões Sul (Santa Catarina), Sudeste (São Paulo e Minas Gerais), Centro Oeste (Cristalina). O mercado opera com boa movimentação do produto importado da China e da Argentina. Não obstante e desvalorização cambial do real.

Vale salientar que os preços praticados em abril ficaram abaixo dos níveis históricos de R$ 43,00 a cx com 10kg.

Batatinhahistoricamente no período de abril a julho a oferta e a qualidade diminui e abre espaço para aumento dos preços, este fato ocorre pelas dificuldades na produção e colheita alem de toda logística. Com armazenamento e transporte, em função das variações do clima (chuvas, temperatura alternada e ventilação), não obstante a boa safra da região sudeste sobretudo em MG, maior produtor nacional desse tubérculo, a tendência é altista porém a partir de agosto estes valores recuam e ficam próximo da média histórica ou seja R$ 1,00Kg.

Batata doce – apesar da queda de (11,18%) o preço médio de R$ 15,00 a arroba de 15 Kg em abril, estar bastante elevado e fora do patamar histórico, ou seja R$ 10,00, reflexo da diminuição da oferta, decorrente do período da entressafra que ocorre de março a julho.

Portanto a tendência é de preços altos no curto e médio prazo.

 

Cebola peraapesar da queda na média mensal de 11,14%, o preço continua elevado inclusive fora da média histórica (R$ 18,00 o saco com 20kg) reflexo da entressafra regional que ocorre de fevereiro a agosto, neste período o abastecimento é feito praticamente pelo produto oriundo do Sul do País.

Vale registrar o aumento de 6,5% na produção em 2009, com relação a 2008, isto aponta para uma melhor oferta do produto e queda dos preços no curto prazo, não obstante estarmos em plena entressafra regional, em todo caso a partir de julho, a oferta regional aumenta e provoca retração gradativa dos preços em nível de consumidor.

Cenoura – o preço está bastante elevado, reflexo da diminuição da oferta, em virtude do período de entressafra que ocorre de fevereiro a julho, sobretudo este ano que a região de Lapão na Bahia importante fornecedor do produto teve severos problemas climáticos (seca). A tendência é de queda discreta dos preços só a partir de julho se intensificando de agosto a novembro, período de safra do produto. Os valores de comercialização estão muito acima da média histórica que é de R$ 0,90 o kg.

Chuchu – por conta de sua produção ter alta dependência nas boas condições climáticas (sobretudo temperatura), sofre grande oscilações na oferta e no preço.

Porém no meses de abril, maio, junho, julho, setembro, outubro e novembro, os preços recuam em nível de consumidor. Vale ressaltar que o preço médio histórico é de R$14,00 o cento ou R$ 0,46, o kg. Portanto apesar da queda de (16,15%) no preço em abril, com relação a março os valores praticados estão muito acima do perfil histórico.

Inhame da costa – a partir de março e sobretudo em abril, temos um aumento da oferta decorrente da produção do inhame irrigado do agreste do estado, apesar da queda de 1% no preço. O valor continua bem acima da referência histórica ou seja R$ 22,00 a arroba de 15kg, ou R$ 1,47 o kg.

Pepino – a regularidade da oferta praticamente o ano todo, acarreta uma estabilidade nos preços com oscilações moderadas. Porém os meses de abril, maio e junho a oferta se intensifica e os preços recuam, em abril a queda foi de (14,74%) com relação a março.

todavia os valores ainda ficaram acima da média histórica ou seja entre R$ 0,50 e R$ 0,60 o kg.

Pimentão – o aumento progressivo de 47,98% no preço em abril, é reflexo da oferta menor decorrente do período de entressafra, que ocorre de fevereiro a agosto com valores elevados sobretudo em março e abril. Outra variável que tem provocado a diminuição da oferta é o controle maior e o monitoramento na utilização de agroquímicos no produto por parte da ADAGRO/CEASA-PE.

Vale ressaltar que o preço médio histórico é R$ 15,00/16,00 o cento ou R$ 1,44 o kg.

Repolho – o período da entressafra que ocorre de março a julho, com destaque para abril, maio e junho, diminui a oferta e provoca aumento nos preços. O aumento percentual de 56,70% em abril deixa os valores muito acima da média histórica ou seja R$ 0,91 o kg.

Tomate – a entressafra regional do produto ocorre entre fevereiro e julho, a oferta diminui sensivelmente e a tendência é de preços elevados sobretudo de abril a julho.

Normalmente no primeiro semestre, recebemos um aporte do centro-sul, porém com o final da safra de verão do estado de São Paulo, associado a problemas climáticos (excesso de chuvas) nessas regiões, com isto a movimentação do produto diminui nos principais entrepostos do País, outra variável importante é a ocorrência de temporais em quase todo nordeste sobretudo no Maranhão, Piauí, Rio Grande do Norte e Ceará, este cenário aponta para oscilações positivas no curto e médio prazo em nível de consumidor.

Vale ressaltar que o valor médio histórico é R$ 0,80 o kg,

Vagem – o aumento de 4,03% no preço na média de abril com relação a março, decorre da queda da oferta provocada pela entressafra do produto, que ocorre de fevereiro a agosto, portanto a tendência é de preços elevados neste período, em nível de consumidor.

Vale ressaltar que o valor médio histórico é de R$ 1,74 o kg.

 

Grupo II (Frutas)

Abacaxi – apesar da queda de (3,90%) no preço em abril com relação a março, reflexo da má qualidade do produto. A tendência é de preços elevados no curto e médio prazo em função do período da entressafra que ocorre entre fevereiro e julho.

O valor médio histórico fica em torno de R$ 0,80 a unidade.

Banana pacovan – o aumento percentual de 63,24% na média do preço em abril, reflete a diminuição da oferta e da qualidade, decorrente da entressafra que ocorre de abril a setembro.

Vale salientar que o preço médio mensal fica em torno de R$ 8,00 o cento ou R$ 0,50 o kg.

Coco seco – historicamente em março, abril e junho, a oferta aumenta consideravelmente, em contrapartida a demanda também se eleva proporcionalmente, portanto a tendência é de preços altos no curto e médio prazo.

O preço médio histórico é de R$ 54,00 o cento ou R$ 0,85 o kg.

Coco verde– a queda de (1,43%) no preço em abril reflete recuo da demanda em função das condições climáticas(período chuvoso) e mesmo a tentativa do preço de se aproximar da média histórica ou seja R$ 40,00 o cento.

Goiaba – A infestação de nematóides nas goiabeiras no Vale do São Francisco, reduziu drasticamente a produção, a qualidade e a quantidade da goiaba ofertada na CEASA. Com isto o preço da caixa com 25kg estar bem acima do valor médio histórico.

Laranja pera – o aumento progressivo de 36,08% no preço em abril, com relação a março, decorre da entressafra que ocorre entre fevereiro e maio, com oferta reduzida e preços elevados neste período, por conta sobretudo do frete oriundo de São Paulo.

Vale ressaltar que o valor médio gira em torno de R$ 0,39 o kg ou R$ 8,00 o cento.

Limão taity – apesar do aumento de 18,81% no preço em abril em relação a março, os valores continuam atrativos para o consumidor, alinhados com o valor médio mensal em torno de R$ 5,00 o cento ou R$ 0,77 o kg.

Vale ressaltar que o período de safra ocorre a partir de dezembro se intensificando de janeiro a maio.

Maracujánão obstante estarmos no período de safra que ocorre entre fevereiro e julho, o aumento de 2,93% no preço de abril, deixa o produto com valores fora da faixa histórica ou seja R$ 16,00 o cento ou R$ 1,19 o kg.

Esse cenário decorre da notória diminuição da produção regional, em virtude da migração para outras culturas mais rentáveis.

Melanciao aumento de 21,95% no preço médio de abril, decorre da diminuição da qualidade e da oferta, reflexo do período da entressafra que ocorre entre fevereiro e julho. Portanto a tendência é de elevação discreta desse valores no curto prazo.

 

Melão espanhol – apesar da queda de (8,26%) em abril decorrente da má qualidade do produto, a tendência é altista de março a agosto em função da entressafra que ocorre neste período, sobretudo este ano com as fortes chuvas precipitada no Vale do Açu RN, importante produtor e fornecedor de frutas.

Mamão hawai – apesar de estarmos no período de safra, que ocorre entre janeiro e junho detectamos um aumento de 10,78%, historicamente em abril, maio e junho se verifica discretos aumentos nos preços por conta da instabilidade climática.

Maçã nacional – a queda relativa de (8,20%) no preço em abril, confirma o período de safra que ocorre de março a agosto, aumenta o nível da oferta e deixa os valores abaixo dos níveis históricos ou seja R$ 36,00 a cx com 18kg ou R$ 2,00 o kg. Portanto bem atrativos para o consumidor.

Uva itália – a queda de (10,37%) no preço em abril, reflete o período de safra que ocorre de abril a agosto, a tendência é o aumento da oferta com recuo dos preços em nível de consumidor no curto e médio prazo.

Sugestões de consumo: banana, graviola e melancia.


Grupo III (Cereais/Oleaginosas).

Açúcar – apesar do inicio da colheita da safra 2009/2010 do centro-sul do país, que corresponde a 85% da produção nacional, estimada em 32 milhões de toneladas. O aumento das exportações provocada principalmente pela valorização do dólar sobre o real, a crescente demanda do consumo global e a redução significante na produção da Índia, segundo maior produtor mundial.

A conjunção desses cenários dão sustentação e apontam para aumento ainda maiores aos preços no mercado interno.

Obs.: O preço neste período do ano passado era de R$ 37,69 e hoje se encontra na faixa de 53,98 o saco de 50Kg, 43% maior..

Arroz – apesar da produção nacional 2008/2009, estimada em 12.7 milhões de toneladas os preços do arroz beneficiado em nível de atacado, estão bastante elevados, puxados pela progressiva elevação da demanda global, sobretudo China, Índia e alguns Países do continente Africano, como há um forte ajuste entre oferta e demanda global 625 e 623,7 milhões de toneladas respectivamente deixam os estoques de passagem baixos. No entanto a colheita no sul do pais, onde se localiza o maior produtor (Rio Grande do Sul), confirma um arrefecimento dos preços no curto prazo, em nível de consumidor.

Feijão – A previsão total de uma safra em torno de 3.735 (três milhões, setecentos e trinta e cinco mil toneladas) em 2008/2009, superior em 6% a produção de 2007/2008, aumentou em 213mil toneladas, a oferta e reduziu o preço de R$ 118,15 para R$ 53,65 ou seja 120% se comparado com abril/2008, não obstante aos problemas climáticos (seca no Paraná e na região de Irecê na Bahia com redução significante na produção .


Grupo IV (Carnes e Lacticínio).

Boi gordo – mudança no ciclo produtivo, decorrente do abate de matrizes e redução de investimento provocado pelos preços baixos pagos ao produtor nos últimos 04 anos, reduziu a oferta de animais, acarretando um aumento no preço em nossa região.

Vale ressaltar que o preço em março/2008 estava em torno de R$ 78,00 e hoje se encontra na faixa de R$ 82,00 a arroba, aumento relativo de 5%. Além do aumento dos custos de produção com ração, suplementos minerais etc. Porém a expectativa é de queda dos preços em função da maior disponibilidade de animais nos frigoríficos, reflexo da oferta maior por parte dos produtores e da retração das exportações.

Frango – as oscilações constatadas durante o mês de abril, com relação a março, decorre principalmente, da variação das cotações dos insumos (milho e soja) nas bolsas afetando o custo de produção.

 

No entanto a queda expressiva no volume das exportações, aumentando a oferta no mercado interno, associado a uma demanda reprimida, aponta para queda dos preços no curto prazo.



Recife, 30 de abril de 2009


Marcos Antônio Barros

Chefe do Setor de Informações de Mercado Agrícola

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: DETEC