Recife, Pernambuco - Brasil

30/11/2009 - Analise conjuntural novembro/2009

SECRETARIA DE AGRICULTURA E REFORMA AGRÁRIA

 

 

 

 

 

 

 

CENTRO DE ABASTECIMENTO ALIMENTAR DE PERNAMBUCO - CEASA/PE- O.S

 

 

 

 

COMPARATIVO DOS PREÇOS (MAIS COMUM) EM NÍVEL DE ATACADO

 

 

 

 

PRODUTOSUNIDADEDIAS  
 ABCC/BC/A
30/10/0926/11/200930/11/09SEMANALMENSAL
  (R$)  (R$)  (R$)    (%)    (%)
1. HORTALIÇAS
AbóboraKg0,600,700,62                      (11,43)                             3,33
Alface0,210,200,19                       (5,00)                           (9,52)
Alho NacionalCx 10 Kg65,0067,0066,00                        (1,49)                              1,54
Batatinha  Sc 50 Kg68,9580,0093,75                        17,19                            35,97
Batata DoceArroba14,7415,0014,70                       (2,00)                           (0,27)
Cebola PeraSc 20 Kg28,0040,0037,55                        (6,13)                             34,11
CebolinhaMol. 1kg0,870,700,86                      22,86                              (1,15)
CoentroMol. 5a7kg4,375,007,30                      46,00                            67,05
CenouraKg0,800,800,84                         5,00                              5,00
ChuchuCento14,4710,0015,35                      53,50                              6,08
Inhame da CostaArroba21,5825,0023,40                       (6,40)                             8,43
PepinoKg0,770,500,56                       12,00                          (27,27)
Pimentão Cento14,4712,0013,05                         8,75                             (9,81)
Repolho Kg0,640,600,65                         8,33                               1,56
Tomate Cx 25 Kg20,0518,0023,71                       31,72                             18,25
VagemKg1,821,001,43                      43,00                           (21,43)
VARIAÇÃO TOTAL257,34276,50299,96              8,48                 16,56
2. FRUTAS
Abacaxi Cento83,6870,0079,50                       13,57                            (5,00)
Banana PacovanCento6,006,006,00                              -                                     -  
Coco SecoCento100,00100,00100,00                              -                                     -  
Coco VerdeCento53,1680,0067,50                     (15,63)                           26,98
GoiabaCx 25kg30,7938,0038,55                          1,45                            25,20
Laranja Pera Cento10,268,009,80                      22,50                            (4,48)
Limão Taity Cento17,4212,0014,80                      23,33                           (15,04)
Maracujá Cento26,3220,0020,70                         3,50                           (21,35)
MelanciaKg0,400,400,41                         2,50                              2,50
Melão EspanholKg0,830,800,80                              -                               (3,61)
Mamão HawaíKg1,391,201,32                       10,00                            (5,04)
Maçã Nacional Cx 18 Kg37,7443,0038,70                     (10,00)                             2,54
Uva ItáliaCx 20 Kg58,9545,0049,50                       10,00                           (16,03)
VARIAÇÃO TOTAL426,94424,40427,58              0,75                   0,15
3. CEREAIS
Açucar CristalSc 50 Kg67,8367,1067,04                       (0,09)                             (1,16)
Açucar CristalFrd 30 Kg38,5835,0036,40                         4,00                            (5,65)
Arroz Beneficiado TP1Frd 30 Kg45,7646,0045,10                        (1,96)                            (1,44)
Arroz Branco TP1Frd 30 Kg49,0556,5056,08                       (0,74)                            14,33
Farinha de Mandioca TP2Frd 30 Kg27,8828,1028,49                          1,39                               2,19
Feijão Carioquinha TP1Frd 30 Kg57,4965,1059,69                        (8,31)                             3,83
MamonaSc. 60kg75,0067,0075,00                        11,94                                   -  
VARIAÇÃO TOTAL361,59364,80367,80              0,82                   1,72
4. CARNES / AVES / LATICÍNIOS
Boi GordoArroba 15Kg80,0080,0080,00                              -                                     -  
Carcaça SuinaKg4,154,204,20                              -                                 1,20
Caprino/OvinoArroba 15Kg120,00120,00120,00                              -                                     -  
Frango-Resfriado Kg3,203,203,20                              -                                     -  
Frango-Congelado Kg2,392,252,24                       (0,44)                           (6,28)
Frango-Vivo Kg1,581,801,70                       (5,56)                             7,59
Leite In Natura (Produtor)LitroSinf.Sinf.Sinf. -  -
Leite In Natura (Indústria)LitroSinf.Sinf.Sinf. -  -
VARIAÇÃO TOTAL211,32211,45211,34             (0,05)                  0,01
NOTA : Os números entre parênteses representam a queda percentual no comportamento dos preços.
Fonte : SIMA - PE (DISQUE CEASA FONE : 3182-3545  - 08002813966  -  FAX:  3182-3534
Elaboração : Departamento Técnico/Supervisão de Informação e Acompanhamento de Mercado
Acesso a internet : www.ceasape.org.br
 5–PONDERAÇÕES TÉCNICAS: Grupo(Hortaliças/Tubérculos) O segundo semestre caracteriza-se pela oferta maior e preços atrativos para o consumidor -  em função do período de safra da grande maioria das hortícolas, salvo algum fato especifico ou alteração climática significante, os valores praticados na CEASA são muitos inferiores  aos de outros pontos comerciais, consolidando este centro como a melhor opção de compras, já que ele atua como distribuidor e regulador do mercado.  Faremos alguns comentários sobre as oscilações e outros que achamos pertinente.  Abóbora apesar do aumento de 3,33% no preço em novembro com relação a outubro, o valor  continua abaixo da média histórica que é em torno de R$ 0,75 o kg.Este realinhamento decorre da diminuição da oferta da entressafra que ocorre de novembro a abril, o período de safra ocorre de maio a outubro, com produto oriundo de PE,BA,MA e SE.A tendência é de que os preços continuem atrativos para o consumidor, porém com viés de alta discreta principalmente em dezembro. Alface, Cebolinha e Coentro por serem culturas de características de cultivo peculiar, ciclo vegetativo curto e muito susceptível as boas condições climáticas, tem oscilações abruptas na oferta e no preço, apesar do aumento pontual (chuvas isoladas) de 67% do coentro em novembro com relação a outubro, a tendência é de manutenção da oferta e preços atrativos em nível de consumidor em função do período de safra que ocorre de julho a janeiro.   Alho nacional – o aumento de 1,54% no preço em novembro com relação a outubro reflete o fato que este ano houve uma acentuada queda na movimentação do produto Argentino por conta das restrições imposta as exportações daquele país. Esta diminuição na oferta elevou significativamente o patamar dos preços em nível nacional, no entanto  o período de safra que ocorre de outubro a março com destaque em janeiro e fevereiro, provoca aumento gradual da oferta e redução de preços em nível de consumidor. Vale salientar que os preços praticados em novembro ultrapassaram muitos os valores históricos de R$ 43,00 a cx com 10kg. Batatinha– o aumento de 35,97% no preço em novembro com relação a outubro, é reflexo da queda pontual da oferta em virtude das adversidades climáticas (excesso de chuvas) nas regiões sul e sudeste com destaque para São Paulo e Minas Gerais. Apesar de estarmos em plena safra o preço estar muito acima dos  valores médios históricos ou seja R$ 1,00 o kg. Ou R$ 50,00 a saca de 50kg. Batata doce roxa com a queda no preço de (0,27%) em novembro com relação a outubro, os valores ficam dentro da faixa média histórica, ou seja, em torno de R$ 14,00 a arroba de 15kg. O período de safra ocorre de agosto a fevereiro portanto a oferta se mantém firme com preços atrativos para o consumidor no curto médio prazo.  Cebola Pera o aumento de 34,11% no preço em novembro com relação a outubro decorre do deslocamento do produto para outras regiões, principalmente o sudeste e sul do Brasil que estão enfrentando adversidades climáticas severas com inundações, tempestades e tornados.Vale salientar que no segundo semestre o abastecimento dessas regiões recebem um aporte importante da cebola produzida no Vale de São Francisco (PE/BA), que tem uma produção quase anual se acentuando no período de safra que ocorre de setembro a janeiro. A média histórica fica em torno de R$ 18,00 o saco com 20kg. Cenouraembora reajustado em 5% em novembro com relação a outubro, a expectativa é de queda dos preços, reflexo do aumento da oferta, em virtude do período da safra que ocorre entre agosto e dezembro, com preços atrativos para o consumidor, o valor médio histórico é de R$ 0,90 o kg.  Chuchu – por conta de sua produção ter alta dependência nas boas condições climáticas (sobretudo temperatura), sofre grande oscilações na oferta e no preço.Porém nos meses de setembro a novembro, os preços tendem a cair em nível de consumidor. Vale ressaltar que o preço médio histórico é de R$14,00 o cento ou R$ 0,46, o kg. Inhame da costa – o aumento de 8,43% no preço em novembro com relação a outubro,  decorre da diminuição da oferta em virtude da proximidade com o período de entressafra que ocorre entre dezembro e fevereiro, portanto a tendência é de aumento dos preços em nível de consumidor .Vale registrar que a média mensal histórica, fica em torno de  R$ 22,00 a arroba de 15kg ou R$ 1,47 o kg. Pepino – a regularidade da oferta praticamente o ano todo, acarreta uma estabilidade nos preços com oscilações moderadas, a tendência é de aumento na oferta com queda dos preços no curto prazo, o valor médio histórico fica em torno de R$ 0,50 e R$ 0,60 o kg  Pimentãoa queda progressiva de (9,81%) no preço em novembro é reflexo do aumento da oferta decorrente do período de safra que ocorre entre agosto e janeiro, e deixa o valor muito atrativo em nível de consumidor.Vale ressaltar que o preço médio é de R$ 15,00/16,00 o cento ou R$ 1,50 o kg. Repolho – mesmo com o  realinhamento de 1,56% no preço em novembro com relação a outubro,os valores estão muito atraentes para o consumidor em virtude do aumento da oferta em virtude do período de safra que ocorre de agosto a fevereiro, com valores bem atrativos para o consumidor,  dentro e até abaixo da faixa média histórica ou seja R$ 0,90 o kg. Tomateo aumento de 18,25% no preço em novembro com relação a outubro, não obstante estarmos no período da safra regional que ocorre de agosto a janeiro decorreu do excesso de chuvas na época do plantio retardando a colheita do agreste do estado. Outro fator importante para este aumento dos preços é o deslocamento do produto para outros entrepostos de regiões afetados pelas severas condições climáticas como o sul e sudeste. A tendência é de aumento gradual dos preços até o final do ano.Vale ressaltar que o valor médio histórico é de R$ 0,80 o kg   Vagem –o aumento da oferta decorrente do período de safra que ocorre de setembro a fevereiro, provoca recuo nos preços na ordem de (21,43%) em novembro com relação a outubro.A tendência é de preços atrativos para o consumidor, no período supracitado.Vale ressaltar que o valor médio histórico é de R$ 1,74 o kg   Sugestões de consumo:  Abóbora, Batata doce, Cenoura, Chuchu, Alface, Coentro Cebolinha Pepino,Tomate e vagem.  Grupo II (Frutas) Abacaxi – O recuo de (5%) no preço em novembro com relação a outubro é reflexo do aumento da oferta, decorrente do período de safra, que ocorre entre agosto e janeiro, se intensificando de setembro a dezembro, com valores bem atrativos em nível de consumidor o valor médio histórico fica em torno de R$ 78,00 o cento. Coco verde – o aumento de 26,98% no preço em novembro com relação a outubro, deriva da demanda maior em função do verão e período de praias, a expectativa é de aumentos gradativo no preço no curto e médio prazo não obstante o impulso também da oferta de outubro a março.Vale registrar que o valor médio histórico fica em torno de R$ 0,40 a unidade. Goiaba – a infestação de nematóides nas goiabeiras no Vale do São Francisco, reduziu a produção, e a quantidade da goiaba ofertada na CEASA. por isto o aumento relativo de 25,20%   em novembro com relação a outubro no preço da caixa com 25kg, que estar acima do valor médio histórico, ou seja R$ 22,00 a cx com 25kg ou R$ 0,88 o kg. A tendência é altista no curto prazo em função do período da entressafra que ocorre de outubro a dezembro. Laranja pera – a queda gradativa de (4,48%) no preço em novembro com relação a outubro, decorre do aumento da oferta, reflexo do período de safra que ocorre de junho a janeiro, a tendência é de aumento desses preços no curto prazo, em função do consumo maior em dezembro.Vale ressaltar que os valores estão dentro da média histórica ou seja em torno de  R$ 0,39 o kg ou R$ 8,00 o cento.  Limão taity – a queda de (15,04%) no preço em novembro com relação a outubro é  reflexo do aumento da oferta e da qualidade decorrente da proximidade com o período de safra que ocorre de dezembro a agosto. A tendência é de queda gradativa dos preços no período supracitado.O valor médio mensal fica em torno de R$ 7,00 o cento ou R$ 1,00 o kg. Maracujáembora tenha recuado (21,35%) no preço em novembro com relação a outubro, os valores ainda estão muito acima da média histórica ou seja R$ 16,00/17,00 o cento ou R$ 1,27 o kg. Estes preços elevados decorrem da diminuição expressiva da oferta em função do período da entressafra que ocorre entre agosto e janeiro. Outra variável que contribui para este cenário é a visível diminuição da produção regional, em virtude da migração para outras culturas mais rentáveis. Melanciaa variação de 2,5%, em novembro com relação a outubro, decorre do aumento da qualidade e da boa oferta reflexo do período de safra que ocorre entre agosto e janeiro, a tendência é de manutenção da oferta e dos preços em nível de consumidor. Vale salientar que o preço médio histórico fica em torno de R$ 0,40 o kg.  Melão espanhol – o recuo de (3,61%) no preço em novembro  com relação a outubro, é reflexo do aumento da oferta em função do período de safra que ocorre entre setembro e fevereiro com esta redução os valores praticados ficaram dentro da média histórica, ou seja R$ 0,80 o kg.A tendência é de aumento da oferta e redução dos preços em nível de consumidor. Mamão hawaiembora o preço tenha recuado (5,04%) em novembro, com relação a outubro continua acima do valor médio histórico, ou seja, em torno de R$ 1,12 o Kg, este cenário decorre da entressafra que ocorre de julho a dezembro.  Maçã nacional – o aumento de 2,54% no preço em novembro, com relação a outubro, é reflexo da diminuição da oferta em função do período de entressafra que ocorre de outubro a fevereiro.A expectativa é altista em nível de consumidor, sobretudo este ano com os problemas climáticos(excesso de chuva e temporais) no sul do Brasil. Uva itália – a queda de (16,03%) no preço em novembro com relação a outubro, é decorrente do aumento da oferta oriunda do Vale do São Francisco que ocorre de outubro a dezembro, em compensação a demanda aumenta proporcionalmente em função das festividades natalinas.A tendência é de grandes altas no curto e médio prazo, em função do período de entressafra que ocorre de janeiro a março, e dos problemas  climáticos (excesso de chuvas temporais e tornados) no Sul do Brasil, sobretudo no Rio Grande do Sul, maior produtor de uva do País, com a destruição da grande parte da produção e dos parreirais. Sugestões de consumo:  Abacaxi, banana, graviola, melancia e melão. Grupo III (Cereais/Oleaginosas). Açúcar – a proximidade com o final da colheita da safra 2009/2010 do centro-sul do país, as fortes chuvas que assolam o Estado de São Paulo maior produtor nacional tem diminuído o ritmo da colheita de cana e da produção.O aumento das exportações provocada principalmente pela valorização da commodity na bolsa de Nova York.A crescente demanda do consumo global e principalmente a redução significante na produção da Índia com problemas climáticos (seca), segundo maior produtor mundial, que passou de exportador a importador.A conjunção desses cenários justificam o aumento anual de 75% em novembro/09 com relação a novembro/08. Obs.: O preço neste período do ano passado era de R$ 38,39 e hoje se encontra na faixa de 67,04 o saco de 50Kg, 75% maior. Arroz – apesar da produção nacional 2008/2009, estimada em 12.634 milhões de toneladas os preços do arroz beneficiado em nível de atacado, estão bastante elevados, puxados pela progressiva elevação da demanda global, sobretudo China, Índia e alguns Países do continente Africano, e agora as Filipinas um dos maiores produtores e consumidores mundial, atingido por severas adversidades climáticas (temporais, ciclones e tornados) passou de exportador a importador como há um forte ajuste entre oferta e demanda global, os estoques de passagem baixos, dão sustentação e apontam para aumento dos preços no curto e médio prazo. Feijão – A previsão total de uma safra em torno de 3.503 (três milhões, quinhentos e três mil toneladas) em 2008/2009, inferior em 0,5% a produção de 2007/2008, diminui em 17.515 toneladas.Além do excesso de chuvas da região sudeste do País, comprometendo a produção, colheita e comercialização da 3ª safra na região sudeste do País (MG/SP) que correspondente a 10% da safra total. A conjunção destes fatores justificam o aumento de 3,83% em novembro com relação a outubro.  Grupo IV (Carnes e Lacticínio). Boi gordo – mudança no ciclo produtivo, decorrente do abate de matrizes e redução de investimento provocado pelos preços baixos pagos ao produtor nos últimos anos, reduziu a oferta de animais, acarretando um aumento no preço em nossa região.Vale ressaltar que o preço em novembro/2008 estava em torno de R$ 85,00 e hoje se encontra na faixa de R$ 80,00 a arroba, queda relativa de 4,55%. A expectativa é de queda gradativa dos preços em função da maior disponibilidade de animais nos frigoríficos, reflexo da oferta maior por  parte dos produtores. Frango – as oscilações constatadas durante o mês de novembro, com relação a outubro, decorre principalmente, da variação das cotações dos insumos (milho e soja) nas bolsas  afetando o custo de produção, a expectativa agora é de aumento dos preços no curto prazo, em função do aumento do consumo no final de ano, nas festividades natalinas.   Recife, 30 de novembro de 2009 Marcos Antônio BarrosChefe do Setor de Informações de Mercado Agrícola

 

Fonte: detec