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26Abr2013

Governo tem dificuldade em comprar milho para produtores atingidos pela seca

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) realizou mais um leilão de compra de milho para atender aos produtores atingidos pela seca no Nordeste. O volume negociado na operação realizada na última sexta-feria ficou abaixo do projetado. A previsão do governo era adquirir 70,3 mil toneladas do grão, mas só conseguiu comprar 43,9 mil toneladas (62,5%). O leilão é de milho ensacado para entrega nos Estados por frete rodoviário. O governo também está realizando operações para entrega por frete marítimo, mas a primeira fracassou e será realizada uma nova na próxima sexta-feira.

Das 43,9 mil toneladas negociadas nesse último leilão, Pernambuco deveria ficar com 7.270 toneladas, mas como a compra ficou abaixo do necessário será preciso realizar uma nova operação para atender aos municípios de Arcoverde e Ouricuri. Os municípios que receberão o milho serão Ingazeira, Bom Conselho, Caruaru, Floresta, Garanhuns, Itaíba, Petrolina, Recife, Salgueiro e Serra Talhada. A compra faz parte do programa Balcão de Venda da Conab, que repassa o grão a criadores de aves, suínos, bovinos, caprinos e ovinos, sediados nos municípios da área de atuação da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) e que tiveram estado de emergência decretado por causa da seca.

O milho, que no mercado custa cerca de R$ 50 a saca de 60 quilos, é comercializado por R$ 18,12 para criadores que adquirirem até 3 mil quilos e por R$ 21 aos que comprarem de 3.001 até 6 mil quilos. O grão é comercializado em dez polos de distribuição espalhados pelo Estado.

A Conab explica que como não houve interessados na venda do produto em algumas localidades será realizado um novo leilão na próxima segunda-feira. Na sexta-feira será realizado outro leilão, mas dessa vez para venda de milho a granel entregue nos portos do Nordeste. Em Pernambuco, a porta de entrada dos grãos será o Porto do Recife. O milho subsidiado é aguardado pelos pecuaristas como alternativa para evitar a morte do rebanho, que já foi reduzido quase pela metade no Estado. O refugo de cana-de-açúcar distribuído pelo governo estadual só deverá se estender até meados de maio

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