Recife, Pernambuco - Brasil

30/04/2012 - Comparativo mensal ABRIL-2012

 

SECRETARIA DE AGRICULTURA E REFORMA AGRÁRIA

 

 

 

 

 

 

CENTRO DE ABASTECIMENTO E LOGÍSTICA DE PERNAMBUCO - CEASA/PE- O.S

 

 

 

COMPARATIVO DOS PREÇOS (MAIS COMUM) EM NÍVEL DE ATACADO 

PRODUTOS   UNIDADE    INTERVALOVARIAÇÃOPREÇO MÉDIO
      A   B   B/A
30/03/1230/04/12  MENSALHISTÓRICO
  (R$)  (R$)    (%)
1. HORTALIÇAS
AbóboraKg1,541,65  7,14 0,84
Alface0,470,55 17,02 0,28
Alho NacionalCx 10 Kg43,0046,95  9,19 52,20
Batatinha  Sc 50 Kg67,5062,89(6,83)68,00
Batata DoceArroba25,0025,00  0,00 13,20
Cará São ToméArroba-15Kg23,0020,05(12,83)17,10
Cebola PeraSc 20 Kg31,5529,16(7,58)20,00
CebolinhaMol. 1kg2,001,55(22,50)1,28
CoentroMol. 5a7kg1,021,58 54,90 9,60
CenouraKg13,8214,53  5,14 1,00
ChuchuCento10,4512,5319,90 16,34
Inhame da CostaArroba40,0041,32 3,30 26,25
PepinoKg0,640,7212,50 0,64
Pimentão Cento14,8218,1122,20 15,91
Repolho Kg2,231,72(22,87)0,96
Tomate Cx 25 Kg19,0523,1621,57 21,75
VagemKg2,272,24(1,32)1,95
VARIAÇÃO FINANCEIRA EM REAL 298,36303,71 1,79  - 
2. FRUTAS
Abacaxi Cento170,00162,11(4,64)90,83
Banana PacovanCento7,738,5310,35 7,55
Coco SecoCento93,9495,26 1,41 70,60
Coco VerdeCento80,0080,00 0,00 58,81
GoiabaCx 20a22kg32,2732,58 0,96 23,98
Laranja Pera Cento12,7313,00 2,12 9,54
Limão Taity Cento6,648,0020,48 6,76
Maçã Nacional Cx 18 Kg38,8237,53(3,32)37,80
Mamão HawaíKg2,422,39(1,24)1,04
Maracujá Cento33,4122,37(33,04)20,35
MelanciaKg0,760,70(7,89)0,42
Melão EspanholKg1,221,20(1,64)0,89
Uva ItáliaCx 18 Kg50,0052,11 4,22 43,02
VARIAÇÃO FINANCEIRA EM REAL529,94515,78(2,67)-
3. CEREAIS
Açucar CristalSc 50 Kg77,0175,42(2,06)56,00
Açucar CristalFrd 30 Kg43,5744,53 2,20 34,00
Arroz Parboilizado TP1Frd 30 Kg44,5243,81(1,59)45,00
Arroz Branco TP1Frd 30 Kg47,3946,82(1,20)49,00
Farinha de Mandioca TP2Frd 30 Kg38,8842,8710,26 35,00
Feijão Carioquinha TP1Frd 30 Kg113,01128,6513,84 77,00
MamonaSc. 60kgSinf.Sinf.  --
VARIAÇÃO FINANCEIRA EM REAL 364,38382,10 4,86 -
4. CARNES / AVES / LATICÍNIOS
Boi GordoArroba 15Kg107,55107,58 0,03 73,00
Carcaça SuinaKg5,855,80(0,85)4,00
Caprino/OvinoArroba 15Kg156,82150,00(4,35)111,00
Frango-Resfriado Kg3,753,71(1,07)3,10
Frango-Congelado Kg3,673,54(3,54)2,39
Frango-Vivo Kg2,902,96 2,07 2,00
Leite In Natura (Produtor)LitroSinf.Sinf.  --
Leite In Natura (Indústria)LitroSinf.Sinf.  --
VARIAÇÃO FINANCEIRA EM REAL 280,54273,59(2,48)-
NOTA : Os números entre parênteses representam a queda percentual no comportamento dos preços.
Fonte : SIMA - PE (DISQUE CEASA FONE : 3182-3545  - 08002813966  -  FAX:  3182-3534
Elaboração : Departamento Técnico/Supervisão de Informação e Acompanhamento de Mercado
Acesso a internet : www.ceasape.org.br

 

Grupo I (Hortaliças/Tubérculos) 

O comportamento dos preços na CEASA em abril, com relação a março, apresentou variações positivas em real de 1,79% nas hortaliças, e 4,86% no grupo de cereais, já o segmento de frutas,  e o de carnes variaram negativamente em (2,67%)  e (2,48%) respectivamente.  Vale salientar que quando comparado com abril do ano passado os preços das hortaliças recuaram (27,36%), e as frutas (14,10%), os cereais e as carnes, estes sim, subiram 15,06% e 7,32% respectivamente.    Vale salientar que os preços praticados na CEASA-PE são muitos inferiores aos de outros pontos comerciais. Consolidando este centro como a melhor opção de compras já que este atua como distribuidor e regulador do mercado. Faremos alguns comentários sobre as oscilações e outros que achamos pertinente.   

Abóbora –  A variação positiva de 7,14% no preço em abril, com relação a março, decorreu da diminuição expressiva da oferta, provocada pela entressafra do produto, que ocorre de fevereiro a julho, com destaque para maio e junho.Outro fator relevante, com relação aos  valores de comercialização é a queda na produção, decorrente da seca severa que atinge  o nordeste, entre março e maio, a oferta predominante é do estado do Maranhão, que  sofre também os efeitos das adversidades climáticas.Os  preços continuam muito acima da média histórica, ou seja, R$ 0,90 o quilo.Portanto a expectativa é de preços muito elevados e acima da média histórica em nível de consumidor, no curto, médio prazo.  

Alface, coentro e cebolinha - por serem culturas com características de cultivo peculiar, ciclo vegetativo curto e muito susceptível as boas condições climáticas, têm oscilações abruptas na oferta e no preço.O Aumento no preço de 17,02% do alface, e 19,90% do coentro e a queda de (22,50%) na cebolinha, em abril com relação ao mês de março, são  absolutamente normais para estas culturas, em função das peculiaridades expostas.  A tendência estar atrelada as condições climáticas, sobretudo ao regime das chuvas, que alteram significativamente a oferta e os preços destes produtos em nível de consumidor.Vale salientar que o período de entressafra em condições normais, ocorre de fevereiro a julho, com destaque para março, abril e maio. 

Alho nacional – Apesar do aumento progressivo de 9,19% no preço em abril com relação a março, os valores continuam abaixo da faixa média histórica, ou seja, 57,30 a cx com 10 quilos, e decorre especialmente da boa oferta.A produção nacional em 2011, ficou em torno de 10 milhões de caixa com 10 quilos, 20% superior ao ano de 2010, em função do aumento de 5% da área cultivada no cerrado goiano.Outro fator que concorre para os preços estarem tão baixos, é a importação do produto da china, maior produtor mundial, que teve uma boa safra, e com este excesso baixou muito seus preços, ficando inclusive abaixo dos custos de produção do alho nacional, que subiu 7%, por conta da mão de obra escassa.A tendência é de oscilação positiva discreta dos preços em nível de consumidor, já que os valores estão  abaixo da média histórica, e o mercado busca fazer esta correção.Além, período de entressafra, que ocorre entre abril e agosto. 

Batatinha – A queda progressiva de (6,83%) no preço em abril, com relação a março, não obstante estarmos no período do 1º intervalo de entressafra, que ocorre em abril, maio e junho, e decorre das atípicas  condições climáticas atuais na região norte de Minas Gerais, maior produtor nacional, e no Paraná. O normal nesse período seria excesso de chuvas com dificuldade na colheita e na logística em geral, como armazenamento e transporte, reflexo das variações do clima (temperatura alternada – frio, calor) provocando o apodrecimento do produto ao longo da comercialização. Os valores de comercialização estão abaixo dos níveis médios históricos, ou seja, R$ 1,43 o quilo ou R$ 71,50 o saco de 50 kg.A tendência é de oscilação positiva discreta dos preços em nível de consumidor, no curto prazo.  

Batata doce roxa – Apesar da estabilidade dos preços, embora muito elevados em abril, com relação a março, que  decorre essencialmente na queda da oferta que temos constatado ao longo dos últimos anos, em virtude da migração da produção para outras culturas mais rentáveis, (cará são Tomé), por exemplo, e agora potencializado com a seca severa que afeta  o Nordeste.O valor médio histórico gira em torno de R$ 15,00 a arroba de 15 quilos.A tendência é de ausência temporária do produto no curto, médio prazo, o período de entressafra  ocorre de março a junho. 

Cará São Tomé – A queda progressiva de (12,83%) no preço em abril  com relação a março, decorre essencialmente do aumento da oferta provocado pelo período de safra, que ocorre entre março e setembro, com  destaque para maio, junho e julho. Outros fatores que concorrem para esta queda nos valores de comercialização: 

1º O aumento muito expressivo da produção, a partir de 2010, em função da migração dos produtores de outras cultivares de inhame  para o cará são tomé, em função da sua melhor produtividade. 

2º O preço muito atrativo em nível de consumidor, 75% em média abaixo de outras cultivares de inhame, além da boa palatabilidade e dos altos valores nutricionais do produto.  A tendência  é  de preços atrativos em nível de consumidor no curto, médio prazo.  

Cebola Pera – Embora o preço tenha recuado (7,58%) os valores de comercialização continuam muito acima da média histórica, ou seja, R$ 21,00 o saco com 20 quilos. Esse cenário reflete a diminuição da oferta, em função do período da entressafra regional, que ocorre de fevereiro a junho.Os valores de comercialização estão bem acima da média histórica, ou seja, R$ 21,00 o saco com 20 quilos.A tendência é de preços firmes em nível de consumidor, no curto e médio prazo.     

Cenoura – O aumento de 54,90% no preço em abril, com relação a março, reflete o período de entressafra, que ocorre de janeiro a julho, a expectativa é de diminuição da oferta e da qualidade e aumento dos preços, em nível de consumidor. Outro componente decisivo, para alta dos preços, é a seca severa que assola o estado da Bahia, incluindo o município de Lapão, um dos maiores produtores em nível nacional, e importante fornecedor para este entreposto.Os valores  estão fora da faixa média histórica, ou seja, R$ 1,10 o kg.   

Chuchu – por conta de sua produção ter alta dependência nas boas condições climáticas (sobretudo temperatura), sofre grandes oscilações na oferta e no preço.Apesar do aumento relativo de 5,14% no preço em abril, quando comparado com o mês anterior, os valores continuam abaixo da faixa  média histórica, ou seja, R$ 18,00 o cento ou R$ 0,60 o kg. A tendência, ainda é de elevação discreta dos preços para o consumidor, no curto, médio prazo, em função do período da entressafra, que ocorre de janeiro a maio. 

Inhame da costa – O aumento de 3,30% no preço do produto em abril, com relação a março, decorre essencialmente da diminuição da oferta em virtude do movimento migratório para a produção do cará da costa, verificado nos últimos anos, em detrimento do inhame da costa, em função da melhor produtividade do primeiro.A tendência é de preços elevados em nível de consumidor no curto, médio prazo, e acima da média histórica, ou seja, R$ 29,00 já que estamos no período de entressafra, que ocorre de dezembro a julho.   

Pepino – O aumento relativo de 12,50% no preço em abril, se comparado com o mês anterior, é  reflexo da diminuição da oferta, decorrente do período de entressafra que ocorre entre fevereiro e junho. Os valores de comercialização ficaram ligeiramente acima até da média histórica, ou seja, R$ 0,68 o quilo. A tendência é de variações discretas dos preços, no curto, médio prazo, em nível de consumidor.  

Pimentão – O aumento de 22,20% no preço em abril, quando comparado com o mês anterior, é reflexo da diminuição da oferta, decorrente do período de entressafra que ocorre entre março e junho , com destaque para abril e maio.Portanto a tendência é altista no curto e médio em nível de consumidor.  Vale salientar que o preço médio histórico gira em torno de R$ 15,00/16,00 o cento ou R$ 1,50 o quilo.  

Repolho – Apesar da oscilação negativa de (22,87%) do preço em abril com relação a março, os valores continuam acima da média histórica, ou seja, R$ 1,00 o kg. em função de queda na oferta do produto, decorrente do período de entressafra que ocorre de abril a julho.  Neste período recebemos um aporte da região sudeste do país, que também teve problemas na produção, decorrente de variações climáticas, (irregularidade das chuvas).E a falta dela no agreste do nosso estado, principal região produtora dessa hortaliça.  

Tomate – O aumento de 21,57% no preço em abril com relação a março, decorre  essencialmente da queda na oferta do produto, em função do período da entressafra que ocorre entre março e julho, com destaque para maio, junho e julho.Os valores de comercialização reagiram e estão acima da média histórica, ou seja, R$ 1,00 o quilo ou 25,00 a cx de 25 kg. A tendência é de preços muito elevados, em nível de consumidor, no curto, médio prazo, reflexo do cenário exposto, potencializado, pelo agravamento da seca severa, que assola grande parte do país, sobretudo o nordeste, provocando déficit hídrico, com queda expressiva da produção.   

Vagem – A oscilação negativa de (1,32%) no preço em abril, se comparado a março, é um realinhamento dos preços já que os valores estavam fora da média histórica, que é, em torno de R$ 2,20 o quilo.No entanto vale registrar que o período de entressafra, ocorre de março a junho, com destaque para março, abril e maio.A tendência portanto é de preços elevados em nível de consumidor, no curto prazo, haja vista, os motivos expostos, potencializado pela severa seca que assola o nordeste.  .  

Sugestões de consumo: alho, batatinha, cará são tomé, coentro, pepino, e pimentão.   

Grupo II (Frutas) Abacaxi – Apesar do recuo de (4,64%) no preço em abril, com relação a março, os valores de comercialização estão bastante elevados e fora da faixa média histórica, que é em torno de R$ 97,00 o cento.Este panorama, decorre essencialmente da diminuição da oferta em função do período de entressafra, que ocorre de fevereiro a junho, agravado pela seca severa do nordeste, região que se destaca como produtora. A tendência é de preços elevados em nível de consumidor, em função do cenário apresentado. 

Banana Pacovan – O aumento progressivo de 10,35% no preço em abril, com relação a março, é reflexo da queda na oferta do produto, decorrente do período da entressafra que ocorre entre março e agosto, com destaque para abril, maio e junho.  Outro fator que concorre com a diminuição da oferta, é a seca severa que assola estados nordestinos, prejudicando a produção.Vale salientar que o preço médio histórico se situa em torno de R$ 7,00 o cento, ou R$ 0,50 o quilo.A tendência é de valores firmes, em nível de consumidor, no curto, médio prazo. 

Coco seco – Com o aumento relativo de 1,41% no preço em abril, com relação a março, os valores de comercialização ficaram bastante elevados e acima da média histórica, ou seja, R$ 84,00 o cento, ou R$ 1,30 o quilo.Este cenário decorre da queda muito expressiva na oferta nos últimos anos, em virtude da barreira comercial que limita a importação do produto, desde 2002, vale registrar que esta proibição se expira em 31/08/2012, abrindo espaço para grandes exportadores ,como Indonésia e Vietnam.Outra variável altista foi a erradicação de grandes áreas de coqueirais, no vale do São Francisco na Bahia maior produtor nacional, devido aos preços aviltados praticados neste período, que não justificava os investimentos necessários para se evitar problemas fitossanitários, e obter boa produtividade. Outro fator importante para este cenário é o vácuo na produção com a renovação das plantas, pois a produtividade em coqueirais velhos é baixa, além da concorrência com as indústrias de beneficiamento do coco. O período de safra ocorre de janeiro a maio, e detectamos um incremento na oferta e retração dos preços em nível de consumidor.   

Coco verde – A estabilidade no preço em abril, com relação a  março, reflete o equilíbrio entre oferta e demanda, em função do prolongamento do verão, e, temporada de praias, deixando os valores de comercialização  acima da média histórica, ou seja, R$ 0,68 a unidade.A expectativa é de manutenção de preços elevados, já que estamos no período da entressafra, que ocorre de novembro a abril. 

Goiaba – A oscilação positiva de 0,96% no preço em abril, com relação ao mês anterior, deixou os valores de comercialização  acima do valor médio histórico, ou seja, R$ 1,20 o quilo ou R$ 24,00 a caixa com 20 a 22 quilos. Este cenário altista decorre da infestação de nematóides nas goiabeiras no Vale do São Francisco, e em outras regiões produtoras do norte do Estado de São Paulo (Taquaritinga) que reduziu drasticamente a produção, a qualidade, e a quantidade da goiaba ofertada na CEASA. Apesar de estarmos no período de safra que ocorre de janeiro a abril.A expectativa é de aumentos no preço, ainda maiores no curto prazo para o consumidor, em função do 1º intervalo da  entressafra que ocorre de maio a julho. 

Laranja pera – O mercado de laranja estar muito instável, e indefinido, constatamos uma redução na oferta, provocando uma oscilação positiva de 2,12% no preço em abril, quando comparado com o mês anterior.  Este cenário decorre principalmente do período de entressafra, que ocorre de março a maio, além da seca severa que incide em Sergipe e Bahia, principais fornecedores desta fruta neste entreposto.Outro complicador foi  a infestação de caramujos nos laranjais de Sergipe ocorrida no ano passado, prejudicando significativamente a produção. A tendência é de estabilidade dos preços, porém em níveis elevados, no curto prazo em nível de consumidor. O preço médio histórico gira em torno de R$ 12,00 o cento, ou R$ 0,60 o quilo.Outra variável que pode provocar grandes oscilações na oferta e no preço no mercado interno, é o panorama da produção, estoques e  demanda internacional do suco concentrado nos EUA.    

Limão taity – Apesar do aumento de 20,48% no preço, em abril, com relação a  março, decorrente do aumento pontual da demanda,em função da semana santa, os valores continuam dentro da faixa média histórica, ou seja, R$ 7,80 o cento, ou R$ 1,15 o quilo.O período de safra ocorre de janeiro a agosto, no entanto, a seca que assola sobretudo o nordeste, provoca redução na produção, e provoca oscilações dos preços. A tendência é que haja, uma redução nos valores de comercialização, em função da acomodação da demanda.   

Maçã nacional – A queda no preço de (3,32%) em abril, com relação a março, decorre principalmente do Aumento da oferta, e da qualidade da fruta, em função do período de safra que ocorre de fevereiro a julho, com destaque para março, abril e maio.O preço médio histórico, gira em torno de R$ 2,20 o quilo, ou R$ 40,00 a cx com 18 kg. A expectativa é de manutenção dos preços atrativos em nível de consumidor, já que os valores de comercialização estão abaixo da faixa média histórica, em função do  da colheita da boa safra no sul do País. 

Mamão hawai – Apesar do recuo de (1,24%) no preço em abril, com relação a março, os valores de comercialização estão bem acima da média histórica, ou seja, R$ 1,20 o quilo, embora estejamos em pleno período de safra, que ocorre de janeiro a junho constatamos uma diminuição na qualidade e na oferta,  em virtude da seca que afeta os estados produtores, Bahia e Paraíba, importantes fornecedores desta fruta, para o nosso entreposto. No entanto a queda acentuada no preço, ocorrido no Espírito Santo, um dos maiores produtores do país, em função do excesso de oferta, pode pressionar negativamente os preços em nível de consumidor no nosso mercado. 

Maracujá A queda de (33,04%) no preço em abril, com relação a março, remete os valores de comercialização para  níveis abaixo da média histórica, ou seja, em torno de R$ 24,00 o cento ou R$ 1,80 o quilo.Este cenário decorre do aumento da oferta em virtude do período de safra, que ocorre de janeiro a julho.No entanto a expectativa  é de aumento dos valores de comercialização, no curto médio prazo, em nível de consumidor, já que houve uma redução no número de produtores, desestimulados pela gangorra dos preços, e pelo elevado custeio, com mão de obra, energia,fertilizantes e defensivos, além do investimento com estacas e arame.  

Melancia – Embora o preço tenha recuado (7,89%) em abril, com relação a março, os valores praticados na comercialização estão elevados e superiores a média histórica, que é em torno de R$ 0,45 o quilo.Este panorama decorre essencialmente da diminuição da oferta e da qualidade do fruto, reflexo da seca, que aflige a região nordestina, gerando déficit hídrico na planta, impedindo seu desenvolvimento vegetativo, além das altas temperaturas que provoca o aborto da floração e queda do fruto. Outro fator importante neste cenário é o início da entressafra que ocorre de março a agosto, com destaque para maio, junho e julho.A tendência é de recuo dos preços em nível de consumidor, no curto, médio prazo,  porém, ainda acima dos níveis médios históricos.  

Melão espanhol – Apesar da queda de (1,64%) no preço em abril, quando comparado com o mês anterior, os valores de comercialização, continuam acima da média histórica, que é R$ 1,00 o kg.Estes valores elevados, decorre principalmente da diminuição da oferta, reflexo do período de entressafra, que ocorre de março a agosto.A tendência é de preços elevados, em nível de consumidor, em função do cenário descrito.   

Uva Itália -   A oscilação positiva de  4,22% no preço em abril, com relação a março, deixaram os valores de comercialização  acima da média histórica, ou seja, R$ 2,48 o quilo, ou 45,00 a caixa com 18 kg, em função do período de entressafra que ocorre de outubro a abril.A tendência é de baixa, em função da proximidade com o período de safra que ocorre de maio a setembro. Todavia, em patamares acima da média histórica.   

Sugestões de consumo:   Limão, maçã,Graviola, uva. 

Grupo III (Cereais/Oleaginosas).  

Açúcar - A conjunção dos fatores abaixo relacionados, justifica os valores elevados, apesar do recuo de (6,94%) em 12 meses, R$ 47,85 em abril/11 e R$ 44,53, em abril/12 o fardo de 30 kg. A variação mensal foi positiva 2,20% no preço em abril/12 com  relação a março. O valor médio histórico é de R$ 35,00 o fardo de 30 quilos. 

1º Queda na produção de cana do Brasil na safra 2011/12  por conta de problemas climáticos, além da falta de investimento em novas plantas, e,  no melhoramento dos canaviais. 

2º A entressafra nacional que deve continuar até meados de maio. 

3º O aumento expressivo no consumo de etanol, por conta do aumento na produção de veículo fuel-flex. A tendência no entanto do mercado interno é de recuo discreto dos preços em nível de consumidor, no curto prazo, reflexo do mercado externo já que a commodity tem recuado progressivamente, em função da  estimativa de um aumento de 6 milhões de toneladas a mais na produção mundial, em 2012,oriunda principalmente da Índia, Austrália, Rússia e Europa.   

Arroz Parboilizado – A discreta oscilação negativa de 1,59%  no preço em abril, quando comparado com o mês anterior, é pontual, já que a tendência é altista, em função das medidas governamentais adotadas, com o objetivo de escoar os estoques, e equilibrar oferta e demanda, principalmente agora com o início da colheita da safra 2011/12.A iniciativa de grupos privados de transformar grãos de 3ª e 4ª (quebrados) em etanol, vai contribuir com o escoamento da produção.Os valores de comercialização estão atrativos para o consumidor e ligeiramente abaixo da faixa  média histórica, ou seja, R$ 46,00 o fardo de 30 kg.Outra variável importante, é a importação do produto do Mercosul, sobretudo do Uruguai, massacrando ainda mais o nosso produtor que tem uma alta carga tributária.A tendência é de preços atrativos em nível de consumidor. Porém a seca que afetou os estados do sul do país, principalmente o Rio Grande do Sul e o Paraná, prejudicando sobremaneira as lavouras de arroz, feijão, milho e o soja, gera um ambiente de incerteza na oferta  e comercialização destes produtos.  

Feijão carioquinha – O aumento de 13,84% no preço em abril, com relação a março, deixou os valores  muito elevados e fora da faixa média histórica, que é R$ 88,00 o fardo de 30 quilos.Este cenário foi provocado principalmente pela quebra na produção total de feijão carioca, da safra 2011/12, estimada em 16% que em valores absolutos representa 595 mil toneladas a menos nas prateleiras dos supermercados.Este cenário é reflexo das dificuldades dos produtores na comercialização da 1ª safra já que os preços estavam muito baixos, e oscilantes, desestimulando-os e acarretando uma migração para culturas mais rentáveis,como soja e milho. Este movimento provocou uma significante diminuição da área plantada, na primeira safra.Além dos problemas climáticos, seca e mais recentemente geada no sul do Brasil. principalmente no Rio Grande do Sul e no Paraná, este último maior produtor nacional.Outra variável muito importante neste ambiente de alta é a seca severa e configurada que assola quase todo nordeste, sobretudo a Bahia, notadamente a importante região produtora de feijão de Irecê, onde as perdas ficaram em torno de 80%.Portanto a tendência é de preços elevados em nível de consumidor, no curto médio prazo.        

Grupo IV (Carnes e Lacticínio).  

Boi gordo – Embora tenha havido uma melhora pontual no nível de oferta do boi a pasto, houve um realinhamento positivo de 0,03% no preço da arroba em abril, com relação a março, provocada pela. demanda interna aquecida.No entanto a oferta maior por parte dos produtores de animais a pasto, aumenta a disponibilidade para o abate, com redução do preço da arroba do boi gordo.Embora a quantidade de animais oriundos dos confinamentos está muito aquém, do que normalmente é disponibilizado aos abatedouros, por conta do aumento substancial dos grãos (commodities) sobretudo o milho e o soja elementos básicos na composição da ração.A expectativa momentânea é de  oscilações negativas dos preços.    

Frango – As oscilações no preço em abril, com relação a março,deixaram os valores de comercialização acima da média histórica, e, decorre  essencialmente do aumento nos custos de produção, já que a base da ração, o milho e o soja, são commodities que estão muito valorizadas no mercado interno e externo.A tendência é de oscilações positivas, em nível de consumidor, em função do cenário exposto.  

Recife, 31 de abril de 2012  

Marcos Antônio Barros

Chefe do Setor de Informações de Mercado Agrícola 

Fonte : SIMA - PE (DISQUE CEASA FONE : 3182-3545  - 08002813966  -  FAX:  3182-3534
Elaboração : Departamento Técnico/Supervisão de Informação e Acompanhamento de Mercado
Acesso a internet : www.ceasape.org.br

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: DETEC