Recife, Pernambuco - Brasil

31/08/2011 - Comparativo mensal AGOSTO/2011

SECRETARIA DE AGRICULTURA E REFORMA AGRÁRIA

 

 

 

 

 

 

CENTRO DE ABASTECIMENTO E LOGÍSTICA DE PERNAMBUCO - CEASA/PE- O.S

 

 

 

COMPARATIVO DOS PREÇOS (MAIS COMUM) EM NÍVEL DE ATACADO 

PRODUTOS UNIDADE          INTERVALO  VARIAÇÃO PREÇO MÉDIO
     A    B       B/A
ATACADO30/06/1131/07/11   MENSAL  HISTÓRICO
  (R$)  (R$)       (%)
1. HORTALIÇAS
AbóboraKg  0,96  0,97      1,04     0,84
Alface  0,43  0,28    (34,88)    0,28
Alho NacionalCx 10 Kg 97,90 87,29    (10,84)   52,20
Batatinha  Sc 50 Kg 84,50 69,29    (18,00)   68,00
Batata DoceArroba 15,00 15,00      0,00    13,20
Cebola PeraSc 20 Kg 26,20 20,43    (22,02)   20,00
CebolinhaMol. 1kg  5,10  5,00     (1,96)    1,28
CoentroMol. 5a7kg  8,95 11,57     29,27     9,60
CenouraKg  1,00  1,00     0,00     1,00
ChuchuCento 21,45 17,05   (20,51)   16,34
Inhame da CostaArroba 44,05 35,71   (18,93)   26,25
PepinoKg 1,15  0,73   (36,52)    0,64
Pimentão Cento21,3012,43   (41,64)   15,91
Repolho Kg 1,00 1,15    15,00     0,96
Tomate Cx 25KG39,5044,05    11,52    21,75
VagemKg4,48 2,90   (35,27)    1,95
VARIAÇÃO EM REAL 372,97324,85   (12,90) 
2. FRUTAS
Abacaxi Cento115,50110,00   (4,76)   90,83
Banana PacovanCento  8,00 8,00    0,00     7,55
Coco SecoCento144,00153,33    6,48    70,60
Coco VerdeCento 77,0070,00   (9,09)   58,81
GoiabaCx 22kg 31,2531,67    1,34    23,98
Laranja Pera Cento 12,3011,33   (7,89)   9,54
Limão Taity Cento 5,15 5,00   (2,91)   6,76
Maçã Nacional Cx 18 Kg37,0037,38    1,03   20,35
Mamão HawaíKg 1,37 1,11  (18,98)   0,42
Maracujá Cento25,0020,95  (16,20)   0,89
MelanciaKg0,620,57   (8,06)   1,04
Melão EspanholKg1,451,34   (7,59)  37,80
Uva ItáliaCx 18 Kg44,0050,00   13,64   43,02
VARIAÇÃO EM REAL 502,64500,68   (0,39)     -
3. CEREAIS
Açucar CristalSc 50 Kg78,6385,71   9,00   56,00
Açucar CristalFrd 30 Kg47,6951,71   8,43   34,00
Arroz Beneficiado TP1Frd 30 Kg40,1541,78   4,06   45,00
Arroz Branco TP1Frd 30 Kg42,9843,77   1,84   49,00
Farinha de Mandioca TP2Frd 30 Kg33,5033,71   0,63   35,00
Feijão Carioquinha TP1Frd 30 Kg68,4870,66   3,18   77,00
MamonaSc. 60kg94,0094,00   0,00    0,00
VARIAÇÃO EM REAL 311,43327,34   5,11      -
4. CARNES / AVES / LATICÍNIOS
Boi GordoArroba 15Kg102,35100,00 (2,30)  73,00
Carcaça SuinaKg 5,00 5,00  0,00    4,00
Caprino/OvinoArroba 15Kg135,00135,00  0,00  111,00
Frango-Resfriado Kg 3,75 3,45 (8,00)   3,10
Frango-Congelado Kg 3,60 3,35 (6,94)   2,39
Frango-Vivo Kg1,23 1,64  33,33    2,00
Leite In Natura (Produtor)LitroSinf.Sinf.    -     -
Leite In Natura (Indústria)LitroSinf.Sinf.    -     -
VARIAÇÃO FINANCEIRA EM REAL 250,93248,44 (0,99)     -
NOTA : Os números entre parênteses representam a queda percentual no comportamento dos preços.
Fonte : SIMA - PE (DISQUE CEASA FONE : 3182-3545  - 08002813966  -  FAX:  3182-3534
Elaboração : Departamento Técnico/Supervisão de Informação e Acompanhamento de Mercado
Acesso a internet : www.ceasape.org.br

5–PONDERAÇÕES TÉCNICAS:  

Grupo I (Hortaliças/Tubérculos) 

O comportamento dos preços na CEASA em agosto como havíamos previsto, apresentou variação financeira negativa com relação a julho, nas hortaliças de (15,88%) e nas frutas de (1,25%).

O segundo semestre normalmente caracteriza-se pela oferta maior, e preços abaixo da média histórica, portanto atrativo para o consumidor final. Em função do período de safra da grande maioria das hortícolas, salvo algum fato especifico, ou alteração climática importante. Estas oscilações negativas é o retrocesso dos preços que estavam bastante elevados, e acima da média histórica, em função dos  eventos climáticos (excesso de chuvas, temporais, frio excessivo e geadas) que ainda ocorrem principalmente no sul, e seca no sudeste do país, provocando o deslocamento dos produtos em maior escala.A tendência é de continuidade do recuo dos preços no curto prazo, em nível de consumidor. Vale salientar que os preços praticados na CEASA-PE são muitos inferiores aos de outros pontos comerciais. Consolidando este centro como a melhor opção de compras já que este atua como distribuidor e regulador do mercado. Faremos alguns comentários sobre as oscilações e outros que achamos pertinente.  

Abóbora – O início do período de safra, que ocorre de agosto a dezembro com uma boa oferta do produto, predominante neste intervalo dos estados de PE.BA e SE. Provoca  queda de (14,43%) no preço em agosto com relação a julho.Os valores praticados estão dentro da faixa média histórica, ou seja R$ 0,84 o quilo. A expectativa é de queda ainda maiores dos preços, em nível de consumidor, sobretudo em outubro e novembro, quando a oferta se intensifica ainda mais.  

Alface - Por ser uma cultura com características de cultivo peculiar, ciclo vegetativo curto e muito susceptível as boas condições climáticas, têm oscilações abruptas na oferta e no preço, apesar da discreta oscilação positiva no preço em agosto com relação a julho, os valores ficaram na faixa histórica, ou seja, R$ 0,28 o pé, portanto muito atrativo para o consumidor final. A tendência é de recuo progressivo dos preços, tendo em vista o período de safra que ocorre de agosto  a janeiro.    

Alho nacional – A queda de (23,20%) no preço em agosto com relação a julho,decorre especialmente da boa oferta, a expectativa é que a produção nacional em 2011, gire em torno de 10 milhões de caixa com 10 quilos, 20% superior ao ano passado, em função do aumento de 5% na área cultivada no cerrado goiano,e ao clima favorável.Outro fator que concorre para o recuo dos preços, é a importação do produto da china, maior produtor mundial, que tiveram uma boa safra, e com este excesso baixaram muito os preços,ficando inclusive abaixo dos custos de produção do alho nacional.que este ano subiu 7%, por conta da mão de obra escassa.A tendência é de queda dos preços em nível de consumidor, para os níveis históricos, ou seja, R$ 5,22 o quilo ou R$ 52,20 a caixa com 10 kg.  Vale ressaltar que estamos no período da entressafra, que ocorre de maio a dezembro.   

Batatinha – A queda de (25,65%) no preço em agosto com relação a julho, deixa os valores de comercialização abaixo da média histórica,ou seja, R$ 1,36 o quilo ou 68,00 o saco de 50 kg.Este recuo progressivo dos preços decorre do aumento da oferta,em virtude do período de safra que ocorre de julho a dezembro, sobretudo em agosto,setembro e outubro. A tendência é de queda gradativa dos preços em nível de consumidor,no curto,médio prazo. 

Batata doce roxa – A estabilidade no preço em agosto se comparado a julho, enquadra os valores na faixa dos valores médios históricos, ou seja, R$ 15,00 a arroba de 15 quilos.A tendência é de preços atrativos em nível de consumidor de julho a novembro, período da segunda safra do produto, quando temos uma melhor oferta principalmente em agosto e setembro. 

Cebola Pera – Em virtude do período da safra regional, (Vale do São Francisco) que ocorre de julho a dezembro e a antecipação da colheita do alto Paranaíba em Minas Gerais, houve um aumento no nível da oferta e queda progressiva de (19,77%) no preço em agosto, com relação a julho.A tendência é de queda ainda maior dos preços em nível de consumidor no curto e médio prazo, principalmente em setembro e outubro.Vale ressaltar que o preço médio histórico gira em torno de R$ - 20,00 o saco de 20 kg. 

Cebolinha – Por ser uma cultura com características de cultivo peculiar, ciclo vegetativo curto e muito susceptível as boas condições climáticas, tem oscilações abruptas na oferta e no preço, que diga-se de passagem,ainda está muito elevado apesar da queda de (27,00%) no preço em agosto com relação a julho.A tendência  é de recuo gradativo dos preços, em nível de consumidor em função do período de safra que ocorre de agosto a fevereiro.Vale salientar que o preço médio histórico é na faixa de R$ 1,28 o quilo.                                   

Cenoura – Apesar da estabilidade constatada em agosto com relação a julho, o aumento gradativo da oferta em função do período de safra, que ocorre entre agosto e novembro, aponta para preços  atrativos em nível de consumidor.No entanto a instabilidade climática do sul e sudeste, pode alterar o deslocamento da oferta e provocar oscilações positivas nos preços. Os valores  médios históricos, giram em torno de  R$ 1,00 o kg. 

Coentro – Por ser uma cultura com características de cultivo peculiar, ciclo vegetativo curto e muito susceptível as boas condições climáticas, tem oscilações abruptas na oferta e no preço, o aumento de 1,82% em agosto se comparado a julho, deixou os valores ligeiramente acima da média histórica,ou seja R$ 9,60 o molho com aproximadamente 06 quilos. A expectativa é de oscilações negativas, haja vista, o período de safra que ocorre de junho a janeiro com boa oferta. e preços atrativos para o consumidor.  

Chuchu – Por conta de sua produção ter alta dependência nas boas condições climáticas (sobretudo temperatura), sofre grandes oscilações na oferta e no preço.O preço está ligeiramente acima da média histórica, ou seja, R$ 16,00 o cento ou R$ 0,55 o kg.No entanto a tendência é de queda dos preços para o consumidor no curto, médio prazo, já que estamos em plena safra que ocorre entre maio e novembro. 

Inhame da costa – A queda progressiva de (25,74%) no preço em agosto com relação a julho, traz os valores para a faixa média histórica,ou seja. R$ 26,00 a arroba de 15 kg. Ou R$ 1,75 o quilo e decorre essencialmente do aumento da oferta, decorrente do período de safra que ocorre de agosto a novembro. Constatamos também uma queda significativa na produção provocada pela migração para o cará da costa, por conta da melhor produtividade.A tendência é de queda discreta dos preços em nível de consumidor, em nível de consumidor.  

Pepino – A queda brusca de (24,66%) em agosto, com relação a julho, remete os valores para níveis abaixo da faixa média histórica, ou seja, em torno de R$ 0,65 o quilo, normalizando o mercado, já que os valores estavam muito elevados, em função da retração da oferta provocada pelas intensas chuvas precipitadas na Zona da Mata e Agreste do Estado no primeiro semestre, tradicionais regiões produtoras.A tendência é de aumento discreto dos preços no curto, médio prazo, em nível de consumidor em função do período da entressafra que ocorre de agosto a dezembro.     

Pimentão – A oscilação positiva de (45,13%) nos preços, constatada em agosto, com relação a julho foi provocada pela queda da oferta já que estávamos no período da entressafra que ocorre entre março e agosto, deixando os preços ligeiramente acima da média histórica, ou seja, R$ 15,00/16,00 o cento ou R$ 1,50 o quilo. A tendência é de queda dos valores, em nível de consumidor, no curto, médio prazo, tendo em vista o aumento da oferta, provocada pelo período de safra que ocorre de setembro a fevereiro. 

Repolho – Apesar do início do período de safra, que ocorre entre agosto e março, detectamos uma diminuição da oferta, reflexo das fortes chuvas precipitadas no agreste e zona da mata do estado em junho e julho principais produtores dessa hortaliça, provocando um aumento no preço na ordem de 11,30%.No entanto a tendência é de recuo dos preços no curto prazo, em nível de consumidor, sobretudo em setembro, outubro e novembro.Vale salientar que o preço médio histórico gira em torno de R$ 1,00 o quilo.  

Tomate – Embora o preço tenha recuado (23,50%) em agosto com relação a julho, reflexo do aumento da oferta, em função do período da safra regional, que ocorre de agosto a março, com destaque para setembro,outubro e novembro, os valores estão muito acima da média histórica, ou seja, R$ 0,90 o quilo ou R$ 22 a cx de 25 kg.A tendência é de queda dos preços em nível de consumidor, reflexo do quadro regional, bem como a boa produção do Sudeste do país, Minas Gerais por exemplo que teve um aumento na área  e na produtividade da cultura irrigada, aumentando assim a oferta nos entrepostos de comercialização.  

Vagem – Apesar do recuo progressivo de (6,90%) em agosto com relação a julho, os valores continuam  elevados e fora da faixa média histórica, ou seja, R$ 1,95 o quilo, em função do excesso de chuvas precipitadas durante os meses de maio a julho, no agreste e zona da mata do estado, onde se localiza os maiores pólos produtivos.(Chã Grande, Camocim de São Felix, Vitoria de Santo Antão e outros.A tendência ainda é de elevação dos preços em setembro, para o consumidor, no entanto a partir de outubro até fevereiro, a oferta se intensifica, em função do período de safra que ocorre de outubro a fevereiro.  

Sugestões de consumo: Abóbora, alface, batatinha, cebola pêra, coentro , pepino e repolho. 

Grupo II (Frutas) 

Abacaxi – Embora tenha havido um recuo gradativo de (11,85%) no preço em agosto com relação a julho, decorrente da oferta provocada pelo período de safra que ocorre de agosto a janeiro, os valores de comercialização continuam elevados e acima da média histórica, ou seja, em torno de R$ 90,00 o cento.Este cenário decorre da queda na produção e na oferta por conta dos problemas climáticos (seca) em PE e na PB, no ano passado.A tendência é de oscilação discreta dos preços em nível de consumidor, no curto prazo.    

Banana PacovanA queda de (6,50%) no preço em agosto, quando comparado com julho,é reflexo do aumento gradativo da oferta, em função da proximidade com o período de safra, que ocorre de outubro a março, e das boas condições climáticas, favoráveis ao cultivo do produto.Vale salientar que o preço praticado já está abaixo da média histórica, ou seja, R$ 7,55 o cento.A tendência é de queda ainda maior dos valores no curto e médio prazo, em nível de consumidor. 

Coco secoConstatamos uma queda muito expressiva na oferta nos últimos anos, justificando um aumento de 5,20% no preço em agosto com relação a julho, decorrente da erradicação de grandes áreas com coqueirais, devido aos preços aviltados praticados ultimamente, que não justificava os investimentos necessários para se evitar problemas fitossanitários, e obter boa produtividade.Outra variável é o vácuo na produção com a renovação das plantas, pois a produtividade em coqueirais velhos é baixa.  Outro componente importante neste cenário altista, é a procura do produto pelas industrias processadoras.    Vale registrar que o preço médio histórico fica em torno de R$ 70,00 o cento e R$ 1,10 o kg. A expectativa é que os preços continuem elevados, em nível de consumidor, no curto, médio prazo, em função dos fundamentos citados, e também pelo período da entressafra que ocorre de maio a novembro. 

Coco verde – Apesar da estabilidade do preço em agosto, com relação a julho, os valores estão  acima da média histórica, ou seja, R$ 0,60 a unidade.O período de safra ocorre de maio a outubro, porém o início da temporada de praias, que normalmente ocorre em setembro, a demanda aumenta consideravelmente, e eleva também o preço do produto em nível de consumidor.  

Goiaba – Apesar da queda de (6,63%) no preço praticado em agosto com relação a julho, a infestação de nematóides nas goiabeiras no Vale do São Francisco e em algumas regiões produtoras do norte do Estado de São Paulo (Taquaritinga) reduziu a produção e a quantidade da goiaba ofertada na CEASA, por isto, o preço elevado, e acima do valor médio histórico, ou seja, R$ 1,10 o quilo ou R$ 24,00 a caixa com 20 a 22 quilos.A expectativa é de aumento gradativo dos preços, em função da proximidade com o período da entressafra que ocorre de outubro a dezembro.  

Laranja pera – Constatamos um aumento da oferta e da qualidade da laranja, e uma queda expressiva  e progressiva dos preços (11,74%) em agosto com relação a julho, reflexo do período de safra que ocorre de julho a fevereiro.A tendência agora é de queda progressiva dos preços em nível de consumidor, com o aumento da oferta, já que a safra Paulista, maior parque citrícola do mundo tem uma previsão de aumento de mais de cinqüenta milhões de caixas de 40,8 kg, com relação ao ano passado. 

Vale ressaltar que o preço médio histórico é de R$ 0,47 o kg ou R$ 9,50 o cento. 

Limão taity – A queda de (2,91%) no preço em  julho com relação a junho,deixa os valores muito  abaixo da média histórica, que gira em torno de R$ 7,00 o cento, ou R$ 1,00 o quilo, em virtude da boa oferta do produto, decorrente do período de safra que ocorre de janeiro a agosto.A tendência é de manutenção de preços atrativos para o consumidor. 

Maracujá – O aumento na ordem de 56,71% em agosto, com relação a julho, decorre principalmente da diminuição da oferta, em virtude do período da entressafra, que ocorre de agosto a janeiro, com destaque para setembro e outubro. Portanto a tendência é de elevação destes valores, em nível de consumidor, no curto,médio prazo. Vale salientar que o valor médio histórico é de R$ 20,00 o cento ou seja R$ 1,50 o quilo. 

Mamão hawai – O início da entressafra que ocorre justamente de agosto a dezembro, provoca uma retração na oferta e aumento de 47,75% no preço em agosto com relação a julho. A tendência é de elevação progressiva dos preços em nível de consumidor no curto, médio, prazo.  Vale ressaltar que o preço médio histórico fica em torno de R$ 1,00 o quilo.  

Maçã nacional – O preço majorado em 5,86% em agosto se comparado com o mês anterior, decorre principalmente pela diminuição da oferta e da qualidade da fruta, em função da proximidade com o período de entressafra que ocorre de outubro a fevereiro.O preço médio histórico, gira em torno de R$ 2,10 o quilo, ou R$ 37,80 a cx com 18 kg. A expectativa é de preços elevados em nível de consumidor no curto e médio prazo. Sobretudo agora com os temporais e chuvas intensas que estão ocorrendo em Santa Catarina, maior produtor nacional.       

Melão espanhol – O aumento relativo de 10,45% em agosto com relação a julho, é reflexo da oferta menor em função da entressafra, que ocorre de maio a agosto.A expectativa é de melhora no nível da oferta e redução gradativa dos valores de comercialização para o consumidor. Em virtude do período de safra que ocorre de setembro a abril.Os valores continuam acima da média histórica, ou seja R$ 0,90 o quilo.   

Melancia – O aumento de 5,26% no preço médio em agosto, com relação a julho, decorre da diminuição da oferta, reflexo do período da entressafra que ocorre entre março e setembro. A tendência é de queda discreta dos preços em nível de consumidor no curto prazo, porém acima da média histórica, ou seja, R$ 0,42 o quilo, em função da melhora no nível da oferta decorrente da proximidade com o período de safra, que ocorre de outubro a fevereiro. 

Uva itália – Apesar da queda de (3,48%) no preço em agosto com relação a julho,os valores ficaram acima da média histórica, ou seja, R$ 2,40 o quilo, ou 43,00 a caixa com 18 quilos, não obstante estarmos no período de safra que ocorre de maio a setembro,este quadro decorre essencialmente, do aumento dos custos de produção, além da melhor qualidade do produto e o redirecionamento para o mercado interno, já que houve uma diminuição no foco para o mercado internacional. A tendência é discretas oscilações negativas dos preços em nível de consumidor.   

Sugestões de consumo: Graviola, laranja pêra, maça nacional, banana, maracujá e uva.

Grupo III (Cereais/Oleaginosas).  

Açúcar - A conjunção dos fatores abaixo relacionados justifica os valores muito elevados 31,29%, em agosto/11 R$ 87,52 com relação a agosto/10, R$ 66,66, preços da CEASA/PE. para saco de 50 kg. A variação mensal foi um aumento de 2,11% no preço em agosto com relação a julho. 

1º Queda na produção do Brasil neste inicio de safra, por conta de problemas climáticos (estiagem prolongada) em 2010, e excesso de chuvas em 2011. 

2º A queda dos estoques globais.  

3 º As altas cotações do produto no mercado internacional. Vale salientar que o preço médio histórico é de R$ 55,00 a saca de 50kg. 

Arroz – A queda no preço de (0,26%)  no preço em agosto com relação a julho, é decorrente do aumento da oferta em função da comercialização da boa safra 2010/2011,no Rio Grande do Sul,estado que responde por 63% da produção nacional.Outra variável significante, é a importação do produto do Mercosul, sobretudo do Uruguai, massacrando ainda mais o nosso produtor que tem uma alta carga tributaria.A tendência é de preços atrativos em nível de consumidor, já que o IRGA prevê uma produção de 8.8 milhões de toneladas em 2010/2011, contra 6.8 milhões em 2009/2010. 

Feijão carioquinha – Apesar do reajuste de 3,74% no preço em agosto com relação a julho, provocado principalmente pela quebra da safra na Bahia e geadas no Paraná, os valores estão atrativos para o consumidor e decorre da conjunção dos fatores abaixo relacionados. 

1ª - O aumento real da oferta no campo, já que o produtor estimulado pelos bons preços do 2ª semestre de 2010 aumentou significativamente a área de produção. 

2ª – A boa safra de grãos  do Nordeste superior a 30% com relação ao ano passado.  

A tendência é de discreta oscilação positiva dos preços em nível de consumido,haja vista, o vácuo na produção, já que a fase atual é de preparo da terra para o plantio da primeira safra.Vale ressaltar que o valor médio histórico é na faixa de R$ 85,00 o fardo de 30 kg ou 170,00 o saco de 60 kg.  

Grupo IV (Carnes e Lacticínio). 

Boi gordo – Mudança no ciclo produtivo, decorrente do abate de matrizes e redução de investimento provocado pelos preços baixos pagos ao produtor nos últimos anos, reduziu a oferta de animais, acarretando um aumento no patamar dos preços em todo Pais.O aumento substancial dos grãos elevou o custo do boi em confinamento.A expectativa momentânea é de elevação dos preços,reflexo do vácuo na oferta de animais de pasto que entraram na entressafra e o boi de confinamento. 

Frango – O aumento de 18,90% no preço em agosto com relação a julho, do frango vivo, decorre do ajustamento da produção e demanda, aumento do consumo interno e incremento das exportações do frango congelado. A tendência é de aumento ainda maiores, em nível de consumidor, no curto prazo, em função dos altos custos de produção, já que a base da ração, o milho e a soja, são commodities que estão muito valorizadas no mercado interno e externo.    

Recife, 31 de agosto de 2011  

Marcos Antônio Barros

Chefe do Setor de Informações de Mercado Agrícola  

Fonte : SIMA - PE (DISQUE CEASA FONE : 3182-3545  - 08002813966  -  FAX:  3182-3534
Elaboração : Departamento Técnico/Supervisão de Informação e Acompanhamento de Mercado
Acesso a internet : www.ceasape.org.br
Fonte: DETEC