Recife, Pernambuco - Brasil

30/03/2012 - Comparativo mensal de preços MARÇO/2012

SECRETARIA DE AGRICULTURA E REFORMA AGRÁRIA

 

 

 

 

 

 

CENTRO DE ABASTECIMENTO E LOGÍSTICA DE PERNAMBUCO - CEASA/PE- O.S

 

 

 

COMPARATIVO DOS PREÇOS (MAIS COMUM) EM NÍVEL DE ATACADO 

PRODUTOSUNIDADE          INTERVALO VARIAÇÃO PREÇO MÉDIO
      A   B      B/A
29/02/1230/03/12  MENSALHISTÓRICO
  (R$)  (R$)      (%)
1. HORTALIÇAS
AbóboraKg  1,67  1,54    (7,78)   0,84
Alface  0,50  0,47    (6,00)   0,28
Alho NacionalCx 10 Kg 41,11 43,00     4,60   52,20
Batatinha  Sc 50 Kg 70,28 67,50    (3,96)  68,00
Batata DoceArroba 24,00 25,00     4,17   13,20
Cebola PeraSc 20 Kg 27,56 31,55   14,48   20,00
CebolinhaMol. 1kg  1,64  2,00   21,95    1,28
CoentroMol. 5a7kg 10,33 10,45   1,16    9,60
CenouraKg  1,10  1,02   (7,27)   1,00
ChuchuCento 35,22 13,82  (60,76)  16,34
Inhame da CostaArroba 40,00 40,00    0,00   26,25
PepinoKg  0,78  0,64  (17,95)   0,64
Pimentão Cento 13,78 14,82    7,55   15,91
Repolho Kg  2,01  2,23   10,95    0,96
Tomate Cx 25 Kg 22,28 19,05  (14,50)  21,75
VagemKg  2,78  2,27  (18,35)   1,95
VARIAÇÃO FINANCEIRA EM REAL 295,04275,36   (6,67)     - 
2. FRUTAS
Abacaxi Cento148,89170,00  14,18  90,83
Banana PacovanCento6,00  7,73  28,83    7,55
Coco SecoCento88,89 93,94   5,68  70,60
Coco VerdeCento80,00 80,00   0,00  58,81
GoiabaCx 20a22kg31,94 32,27  1,03  23,98
Laranja Pera Cento12,67 12,73  0,47   9,54
Limão Taity Cento  6,50  6,64   2,15   6,76
Maçã Nacional Cx 18 Kg42,3338,82  (8,29)37,80
Mamão HawaíKg  2,00  2,42  21,00   1,04
Maracujá Cento36,39 33,41  (8,19)20,35
MelanciaKg  0,50  0,76  52,00   0,42
Melão EspanholKg  1,00  1,22  22,00   0,89
Uva ItáliaCx 18 Kg 50,00 50,00   0,00  43,02
VARIAÇÃO FINANCEIRA EM REAL507,11529,94  4,50     -
3. CEREAIS
Açucar CristalSc 50 Kg 69,60 77,01  10,65   56,00
Açucar CristalFrd 30 Kg 40,17 43,57   8,46   34,00
Arroz Parboilizado TP1Frd 30 Kg 44,48 44,52  0,09   45,00
Arroz Branco TP1Frd 30 Kg 44,86 47,39  5,64   49,00
Farinha de Mandioca TP2Frd 30 Kg 35,39 38,88  9,86   35,00
Feijão Carioquinha TP1Frd 30 Kg117,80113,01 (4,07)  77,00
MamonaSc. 60kg Sinf. Sinf.     -    -
VARIAÇÃO FINANCEIRA EM REAL 352,30364,38   3,43     -
4. CARNES / AVES / LATICÍNIOS
Boi GordoArroba 15Kg106,22107,55  1,25  73,00
Carcaça SuinaKg  6,00  5,85  (2,50)  4,00
Caprino/OvinoArroba 15Kg180,00156,82 (12,88)111,00
Frango-Resfriado Kg  3,79  3,75  (1,06)  3,10
Frango-Congelado Kg  3,72  3,67  (1,34)  2,39
Frango-Vivo Kg  2,71  2,90   7,01   2,00
Leite In Natura (Produtor)Litro  Sinf.  Sinf.     -     -
Leite In Natura (Indústria)Litro  Sinf.  Sinf.     -    -
VARIAÇÃO FINANCEIRA EM REAL 302,44280,54  (7,24)     -
NOTA : Os números entre parênteses representam a queda percentual no comportamento dos preços.
Fonte : SIMA - PE (DISQUE CEASA FONE : 3182-3545  - 08002813966  -  FAX:  3182-3534
Elaboração : Departamento Técnico/Supervisão de Informação e Acompanhamento de Mercado
Acesso a internet : www.ceasape.org.br

5–PONDERAÇÕES TÉCNICAS:   

Grupo I (Hortaliças/Tubérculos) 

O comportamento dos preços na CEASA em março com relação a fevereiro, apresentou variações financeira negativa em real de (7,78%) nas hortaliças, e positiva em 4,50% nas frutas e 3,43% nos cereais, o segmento de carnes e laticínios teve uma variação negativa de (7,24%). Vale salientar que quando comparado com março do ano passado os preços das hortaliças recuaram (16,56%), e as frutas (7,84%) os cereais (12,27%) já o segmento de carnes e laticinios    teve um aumento progressivo de 9,93%.  Vale salientar que os preços praticados na CEASA-PE são muitos inferiores aos de outros pontos comerciais. Consolidando este centro como a melhor opção de compras já que este atua como distribuidor e regulador do mercado. Faremos alguns comentários sobre as oscilações e outros que achamos pertinente.   

Abóbora  Apesar da oscilação negativa de (7,78%) no preço em março com relação a fevereiro, os valores continuam muito acima da média histórica, ou seja, R$ 0,90 o quilo, e decorre essencialmente do período da entressafra, que ocorre de fevereiro a julho, com destaque para maio e junho, bem como, a queda na oferta do produto oriundo do Rio Grande do Norte, Haja vista,  que de janeiro a março, a oferta predominante do produto é deste Estado, em virtude de adversidades na produção.Portanto a expectativa é de preços elevados e acima da média histórica em nível de consumidor, no curto, médio prazo.  

Alface, coentro e cebolinha - por serem culturas com características de cultivo peculiar,ciclo vegetativo curto e muito susceptível as boas condições climáticas, têm oscilações abruptas na oferta e no preço.O queda no preço de (6,00%) no alface, o aumento inexpressivo de 1,16% no coentro e 21,95% na cebolinha, em março com relação ao mês de fevereiro, são  absolutamente normais para estas culturas, em função das peculiaridades expostas.  A tendência estar atrelada as condições climáticas, sobretudo ao regime das chuvas, que alteram significativamente a oferta e os preços destes produtos em nível de consumidor.Vale salientar que o período de entressafra em condições normais, ocorre de fevereiro a julho, com destaque para março, abril e maio. 

Alho nacional – Apesar do aumento progressivo de 4,60% no preço em março com relação a fevereiro, os valores continuam muito abaixo da faixa média histórica, ou seja, 57,30 a cx com 10 quilos, e decorre especialmente da boa oferta.A produção nacional em 2011, ficou em torno de 10 milhões de caixa com 10 quilos, 20% superior ao ano de 2010, em função do aumento de 5% da área cultivada no cerrado goiano.Outro fator que concorre para os preços estarem tão baixos, é a importação do produto da china, maior produtor mundial, que teve uma boa safra, e com este excesso baixou muito seus preços, ficando inclusive abaixo dos custos de produção do alho nacional, que subiu 7%, por conta da mão de obra escassa.A tendência é de oscilação positiva discreta dos preços em nível de consumidor, já que os valores estão muito abaixo da média histórica, e o mercado busca fazer esta correção.Além, da proximidade com o período de entressafra, que ocorre entre abril e agosto. 

Batatinha – A queda de (3,96%) no preço em março, com relação a fevereiro, decorre do aumento da oferta, que, históricamente ocorre em fevereiro e março, deixando os valores de comercialização  ligeiramente abaixo dos níveis médios históricos, ou seja, R$ 1,43 o quilo ou R$ 71,50 o saco de 50 kg.A tendência é de oscilação positiva discreta dos preços em nível de consumidor, no curto prazo. O primeiro intervalo, de entressafra, ocorre em abril, maio e junho.     

Batata doce roxa – O aumento progressivo de 4,17%, no preço em março com relação a fevereiro,j decorre essencialmente na queda da oferta que temos constatado ao longo dos últimos anos, em virtude da migração da produção para outras culturas mais rentáveis, (cará são Tomé), por exemplo.O valor médio histórico gira em torno de R$ 15,00 a arroba de 15 quilos.A tendência é de manutenção de preços firmes no curto prazo em nível de consumidor, em função do cenário exposto, e do período de entressafra que ocorre de março a junho.  

Cará São Tomé – A queda progressiva de 12,21% no preço em março com relação a fevereiro, decorre essencialmente do aumento da oferta provocado pelo período de safra, que ocorre entre março e setembro, com  destaque para maio, junho e julho. Outros fatores que concorrem para esta queda nos valores de comercialização: 1º O aumento muito expressivo da produção, a partir de 2010, em função da migração dos produtores de outras cultivares de inhame  para o cará são tomé, em função da sua melhor produtividade. 2º O preço muito atrativo em nível de consumidor, 75% em média abaixo de outras cultivares de inhame, além da boa palatabilidade e dos altos valores nutricionais do produto.   

Cebola Pera – O aumento progressivo de 14,48% no preço em março com relação a fevereiro, reflete a diminuição da oferta, em função do período da entressafra regional, que ocorre de fevereiro a junho.Os valores de comercialização estão bem acima da média histórica, ou seja, R$ 21,00 o saco com 20 quilos.A tendência é de preços firmes em nível de consumidor, no curto e médio prazo, em função do cenário descrito.    

Cenoura – Apesar da queda progressiva de (7,27%) no preço em março, quando comparado com o mês anterior, a expectativa é de diminuição da oferta e da qualidade e aumento dos preços, em nível de consumidor, reflexo do período de entressafra, que ocorre de janeiro a julho, com destaque para março e abril.Outro componente que concorre para alta dos preços, é a seca severa que assola o estado da Bahia, incluindo o município de Lapão, um dos maiores produtores em nível nacional, e importante fornecedor para este entreposto.Os valores ainda estão dentro da faixa média histórica, ou seja, R$ 1,10 o kg. A tendência é de preços elevados e fora da média histórica, em nível de consumidor, no curto, médio prazo, por conta desse cenário acima citado.  

Chuchu – por conta de sua produção ter alta dependência nas boas condições climáticas (sobretudo temperatura), sofre grandes oscilações na oferta e no preço.Com a queda relativa de (60,76%), no preço em março com relação a fevereiro, os valores ficaram abaixo da faixa  média histórica, ou seja, R$ 18,00 o cento ou R$ 0,60 o kg. A tendência é de elevação discreta dos preços para o consumidor no curto, médio prazo, em função do período da entressafra, que ocorre de janeiro a maio. 

Inhame da costa – Apesar da estabilidade no preço em março, com relação a fevereiro, os valores continuam distantes da média histórica, ou seja, R$ 29,00 a arroba.Este cenário decorre essencialmente da diminuição da oferta em virtude do movimento migratório para a produção do cará da costa, verificado nos últimos anos, em detrimento do inhame da costa, em função da melhor produtividade do primeiro.A tendência é de recuo pontual dos preços em abril, por conta da comercialização do inhame irrigado produzido no município de Bonito, no entanto os preços continuam elevados em nível de consumidor no curto, médio prazo, e acima da média histórica, já que estamos no período de entressafra, que ocorre de dezembro a julho. 

Pepino – Embora tenha recuado (17,95%) no preço em março, se comparado com o mês anterior, reflexo de queda na demanda, a tendência é altista em nível de consumidor no curto prazo, em virtude da diminuição da oferta, decorrente do período de entressafra que ocorre entre fevereiro e maio. Os valores de comercialização ficaram até abaixo da média histórica, ou seja, R$ 0,68 o quilo. A tendência é de variações positivas dos preços, no curto, médio prazo, em nível de consumidor.  

Pimentão – O aumento de 7,55% no preço em março quando comparado com o mês de fevereiro, é reflexo da diminuição da oferta, decorrente do período de entressafra que ocorre entre março e junho , com destaque para abril e maio.Portanto a tendência é altista no curto e médio em nível de consumidor.  Vale salientar que o preço médio histórico gira em torno de R$ 15,00/16,00 o cento ou R$ 1,50 o quilo.  

Repolho – O aumento progressivo de 10,95% no preço em março, com relação a fevereiro, deixa os valores muito acima da faixa média histórica, ou seja, R$ 1,00 o kg.Apesar de estarmos em pleno período de safra, que ocorre entre agosto e março, detectamos uma diminuição da oferta, principalmente do sudeste do país, oriunda do reflexo de queda na produção, decorrente de problemas climáticos, (excesso de chuvas) e a irregularidade dela no agreste do estado, principal região produtora dessa hortaliça. A tendência é que haja redução dos preços, em nível de consumidor, no curto prazo, Já que os valores estão muito fora da realidade histórica.   

Tomate – A queda de (14,50%) no preço em março, com relação ao mês anterior, decorre essencialmente da boa oferta do produto, em virtude das boas condições para o cultivo irrigado no agreste e sertão do estado.Os valores de comercialização estão abaixo da média histórica, ou seja, R$ 1,00 o quilo ou 25,00 a cx de 25 kg. A tendência ainda é de preços atrativos no curto prazo, em nível de consumidor, reflexo do quadro regional e nacional onde tivemos uma grande produção no sudeste principalmente em São Paulo, provocando queda generalizada dos preços.   

Vagem – A oscilação negativa de (18,35%) no preço em março, se comparado a fevereiro, é um realinhamento dos preços já que os valores estavam fora da média histórica, ou seja, em torno de R$ 2,20 o quilo.No entanto vale registrar que o período de entressafra, ocorre de março a junho, com destaque para março, abril e maio.A tendência é de preços estabilizados  em nível de consumidor, no curto prazo, haja vista, o equilíbrio da oferta,decorrente das boas condições para o cultivo.(quando o normal seria o contrário, com excesso de chuvas no agreste).  . Sugestões de consumo: alho, batatinha, cará são tomé, coentro, pepino, pimentão, tomate e vagem.

  Grupo II (Frutas) 

Abacaxi – O aumento progressivo de 14,18% no preço em março com relação a fevereiro,decorre essencialmente da diminuição da oferta em função do período de entressafra, que ocorre de fevereiro a junho, além do agravamento da seca no nordeste, região que se destaca como produtora.Os  valores de comercialização estão muito acima da média histórica, ou seja, em torno de R$ 97,00 o cento.A tendência é de preços elevados em nível de consumidor, em função do cenário apresentado.     

Banana Pacovan – O aumento relativo de 28,83% no preço em março, com relação a fevereiro, é reflexo da queda na oferta do produto, decorrente do período da entressafra que ocorre entre março e agosto, com destaque para abril, maio e junho.Outro fator que concorre com a diminuição da oferta, é a seca severa que assola estados nordestinos, prejudicando a produção.Vale salientar que o preço médio histórico se situa em torno de R$ 7,00 o cento, ou R$ 0,50 o quilo.A tendência é de valores firmes, em nível de consumidor, no curto médio prazo. 

Coco seco – Com o aumento relativo de 5,68% no preço em março, com relação a fevereiro, os valores de comercialização ficaram bastante elevados e acima da média histórica, ou seja, R$ 84,00 o cento, ou R$ 1,30 o quilo.Este cenário decorre da queda muito expressiva na oferta nos últimos anos, em virtude da barreira comercial que limita a importação do produto, desde 2002, vale registrar que esta proibição se expira em 31/08/2012, abrindo espaço para grandes exportadores ,como Indonésia e Vietnam.Outra variável altista foi a erradicação de grandes áreas de coqueirais, no vale do São Francisco na Bahia maior produtor nacional, devido aos preços aviltados praticados neste período, que não justificava os investimentos necessários para se evitar problemas fitossanitários, e obter boa produtividade. Outro fator importante para este cenário é o vácuo na produção com a renovação das plantas, pois a produtividade em coqueirais velhos é baixa, além da concorrência com as indústrias de beneficiamento do coco. O período de safra ocorre de janeiro a maio, no entanto em função do cenário exposto a tendência é de preços elevados em nível de consumidor.  

Coco verde – A estabilidade no preço em março, com relação a fevereiro, reflete o equilíbrio entre oferta e demanda, em função do prolongamento do verão, e, temporada de praias, deixando os valores de comercialização  acima da média histórica, ou seja, R$ 0,68 a unidade.A expectativa é de manutenção de preços elevados, já que estamos no período da entressafra, que ocorre de novembro a abril. 

Goiaba – Apesar da oscilação positiva de 1,03% no preço em março, com relação ao mês anterior, os valores de comercialização continuam ligeiramente acima do valor médio histórico, ou seja, R$ 1,20 o quilo ou R$ 24,00 a caixa com 20 a 22 quilos. Este cenário altista decorre da infestação de nematóides nas goiabeiras no Vale do São Francisco, e em outras regiões produtoras do norte do Estado de São Paulo (Taquaritinga) que reduziu drasticamente a produção, a qualidade, e a quantidade da goiaba ofertada na CEASA. Apesar de estarmos no período de safra que ocorre de janeiro a abril.A expectativa é de recuo discreto dos preços, em nível de consumidor, no curto prazo, em função do cenário exposto. 

Laranja pera – O mercado de laranja está muito instável, e indefinido, constatamos uma redução na oferta, e, na demanda, provocando uma oscilação positiva de 0,47% no preço em março, quando comparado com o mês anterior.  Este cenário decorre principalmente do período de entressafra, que ocorre de março a maio, além da seca severa que incide em Sergipe e Bahia, principais fornecedores desta fruta neste entreposto,e da infestação de caramujos nos laranjais de Sergipe ocorrida no ano passado, prejudicando a produção. A tendência é de aumento dos preços no curto prazo em nível de consumidor. O preço médio histórico gira em torno de R$ 12,00 o cento, ou R$ 0,60 o quilo.Outra variável que pode provocar grandes oscilações na oferta e no preço no mercado interno, é o contencioso internacional com o suco de laranja destinado aos EUA, que teve sua entrada proibida por conta do fungicida carbendazim, utilizado nos laranjais do parque citrícula de São Paulo, provocando uma super oferta, e grandes perdas aos produtores.   

Limão taity – Apesar da oscilação positiva de 2,15% no preço em março, com relação a fevereiro, os valores continuam abaixo da média histórica, ou seja, R$ 7,80 o cento, ou R$ 1,15 o quilo.O período de safra ocorre de janeiro a agosto, no entanto, a seca que assola sobretudo o nordeste, provoca redução na produção, e aumentos discreto dos preços em nível  de consumidor. A tendência é que haja, um realinhamento dos preços no curto prazo, em busca dos valores históricos.  

Maçã nacional – A queda no preço de (8,29%) em março, com relação a fevereiro, decorre principalmente do Aumento da oferta, e da qualidade da fruta, em função do período de safra que ocorre de fevereiro a julho, com destaque para março, abril e maio.O preço médio histórico, gira em torno de R$ 2,20 o quilo, ou R$ 40,00 a cx com 18 kg. A expectativa é de recuo discreto e manutenção dos preços, em nível de consumidor, já que os valores de comercialização estão abaixo da faixa média histórica, em função do início da colheita da boa safra do Rio Grande do Sul.

Mamão hawai – Embora estejamos em pleno período de safra, que ocorre de janeiro a junho, constatamos uma diminuição na qualidade e na oferta, e um aumento de 21,00% no preço em março com relação a fevereiro, em virtude da seca que afeta os estados produtores, Bahia e Paraíba, importantes fornecedores desta fruta, para o nosso entreposto.Os valores de comercialização estão bem acima da média histórica, ou seja, R$ 1,20 o quilo.   Portanto a tendência ainda é de preços elevados e acima da média histórica, em nível de consumidor no curto prazo.  

Maracujá  Apesar do recuo de (8,19%) no preço em março, se comparado com o mês anterior, os valores de comercialização continuam muito acima da média histórica, ou seja, em torno de R$ 24,00 o cento ou R$ 1,80 o quilo.Este cenário decorre da diminuição da área de produção, em virtude da migração de produtores para outras culturas mais rentáveis, em função da gangorra dos preços nos últimos anos, e o elevado custo de produção, como energia para os pólos irrigados, além do investimento necessário com estacas,  arame, e despesas de custeio com fertilizantes e defensivos agrícolas.No entanto a expectativa é que estes valores diminuam no curto médio prazo em nível de consumidor,  já que estamos no período de safra que ocorre de janeiro a julho, e os preços praticados no mercado estão muito elevados. 

Melancia – O aumento expressivo de 52% no preço em março, com relação a fevereiro, decorre essencialmente da diminuição da oferta e da qualidade do fruto, reflexo da seca, que aflige a região nordestina, gerando déficit hídrico na planta, impedindo seu desenvolvimento vegetativo, além das altas temperaturas que provoca o aborto da floração e queda do fruto. Outro fator importante neste cenário é o início da entressafra que ocorre de março a agosto, com destaque para maio, junho e julho.A tendência é de recuo dos preços, porém em patamares elevados, e acima dos níveis médios históricos, em nível de consumidor no curto, médio prazo.Vale ressaltar que o preço médio histórico gira em torno de R$ 0,45 o quilo. 

Melão espanhol – O aumento de 22% no preço em março, se comparado a fevereiro, decorre principalmente da queda na oferta, reflexo do período de entressafra, que ocorre de março a agosto, e deixa os valores de comercialização acima da média histórica, ou seja, R$ 1,00 o quilo.A tendência é de preços elevados, em nível de consumidor, em função do cenário descrito.   

Uva Itália -  Apesar da estabilidade no preço em março, com relação a fevereiro, os valores de comercialização estão ligeiramente acima da média histórica, ou seja, R$ 2,48 o quilo, ou 45,00 a caixa com 18 kg, em função do período de entressafra que ocorre de outubro a abril.A tendência é de alta dos preços no curto prazo em nível de consumidor, em patamares ainda acima da média histórica.   

Sugestões de consumo:   Limão, maçã,Graviola, banana. 

Grupo III (Cereais/Oleaginosas).  

Açúcar - A conjunção dos fatores abaixo relacionados, justifica os valores elevados, apesar do recuo de (10,68%) em 12 meses, R$ 48,78 em março/11 e R$ 43,57, em março/12 o fardo de 30 kg. A variação mensal foi positiva  8,46% no preço em março/12 com  relação a fevereiro. O valor médio histórico é de R$ 35,00 o fardo de 30 quilos. 

1º Queda na produção de cana do Brasil na safra 2011/12  por conta de problemas climáticos, além da falta de investimento em novas plantas, e,  no melhoramento dos canaviais. 

2º A entressafra nacional que deve continuar até meados de abril. 

3º O aumento expressivo no consumo de etanol, por conta do aumento na produção de veículo fuel-flex. Portanto a tendência no mercado interno é de aumento  discretos dos preços em nível de consumidor, no curto prazo reflexo do cenário acima descrito, não obstante, no mercado externo a commodity ter recuado progressivamente, em função da  estimativa de um aumento de 6 milhões de toneladas a mais na produção mundial, em 2012,oriunda principalmente da Índia, Austrália, Rússia e Europa.   

Arroz Parboilizado – A discreta oscilação positiva de 0,09% no preço em março, quando comparado com o mês anterior, é reflexo das medidas governamentais adotadas, com o objetivo de escoar os estoques, e equilibrar oferta e demanda, principalmente agora com o início da colheita da safra 2011/12.A iniciativa de grupos privados de transformar grãos de 3ª e 4ª (quebrados) em etanol, vai contribuir com o escoamento da produção.Os valores de comercialização estão atrativos para o consumidor e ligeiramente abaixo da faixa  média histórica, ou seja, R$ 46,00 o fardo de 30 kg.Outra variável importante, é a importação do produto do Mercosul, sobretudo do Uruguai, massacrando ainda mais o nosso produtor que tem uma alta carga tributária.A tendência é de preços atrativos em nível de consumidor. Porém a seca que afetou os estados do sul do país, principalmente o Rio Grande do Sul e o Paraná, prejudicando sobremaneira as lavouras de arroz, feijão, milho e o soja, gera um ambiente de incerteza na oferta  e comercialização destes produtos.  

Feijão carioquinha – Embora o preço tenha oscilado negativamente (4,07%) em março, com relação a fevereiro, os valores continuam muito elevados e fora da faixa média histórica, ou seja, R$ 88,00 o fardo de 30 quilos.Este cenário foi provocado principalmente pela quebra na produção, da 1ª e 2ª safra estimada  em torno de 119.000 toneladas, decorrente principalmente da diminuição da área plantada, na primeira e segunda safra, e dos problemas climáticos, seca  no sul do Brasil principalmente no Rio Grande do Sul e no Paraná, este último maior produtor nacional. Apesar da boa colheita do grão em 2010/11, 3.788 a previsão de abril da conab  é de 3.669 milhões de toneladas, em 2011/12 queda em torno de 3,2%, reflexo do desestimulo dos produtores pelos valores pagos nos últimos anos, acarretando uma natural migração para culturas mais rentáveis, como soja e milho.Outra variável importante neste ambiente de alta é a seca severa e configurada que assola quase todo nordeste, sobretudo a Bahia, notadamente a importante região produtora de feijão de Irecê, onde as perdas ficaram em torno de 80%.Portanto a tendência é de preços elevados em nível de consumidor, no curto médio prazo.         

Grupo IV (Carnes e Lacticínio).  

Boi gordo – Embora tenha havido uma melhora pontual no nível de oferta do boi a pasto, houve um realinhamento positivo de 1,25% no preço da arroba em março com relação a fevereiro, a demanda interna aquecida, além da boa performance das exportações de carnes o resultado é inevitável, preços elevados em nível de consumidor.A quantidade de animais oriundos dos confinamentos está muito aquém, do que normalmente é disponibilizado aos abatedouros, por conta do aumento substancial dos grãos (commodities) sobretudo o milho e o soja elementos básicos na composição da ração.A expectativa momentânea é de manutenção e oscilações discretas dos preços.  

Frango – As oscilações no preço em março, com relação a fevereiro, deixaram os valores de comercialização acima da média histórica, e, decorre essencialmente do aumento nos custos de produção, já que a base da ração, o milho e o soja, são commodities que estão muito valorizadas no mercado interno e externo.A tendência é de oscilações negativas, porém  elevadas em nível de consumidor, em função do cenário exposto.  

Recife, 31 de março de 2012  

Marcos Antônio Barros

Chefe do Setor de Informações de Mercado Agrícola

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: DETEC