Recife, Pernambuco - Brasil

31/10/2011 - Comparativo mensal de preços OUTUBRO/2011

SECRETARIA DE AGRICULTURA E REFORMA AGRÁRIA

 

 

 

 

 

 

CENTRO DE ABASTECIMENTO E LOGÍSTICA DE PERNAMBUCO - CEASA/PE- O.S

 

 

 

COMPARATIVO DOS PREÇOS (MAIS COMUM) EM NÍVEL DE ATACADO 

PRODUTOSUNIDADE      INTERVALO VARIAÇÃOPREÇO MÉDIO
     A    B     B/A
ATACADO30/09/1131/10/11 MENSALHISTÓRICO
  (R$)  (R$)     (%)
1. HORTALIÇAS
AbóboraKg  1,10  1,20    9,09   0,84
Alface  0,18  0,21   16,67   0,28
Alho NacionalCx 10 Kg 46,00 44,58   (3,09) 52,20
Batatinha  Sc 50 Kg 52,62 60,79   15,53  68,00
Batata DoceArroba 15,0015,00    0,00 13,20
Cebola PeraSc 20 Kg 15,2417,21   12,93 20,00
CebolinhaMol. 1kg  1,62 1,68    3,70   1,28
CoentroMol. 5a7kg  4,76  6,00   26,05   9,60
CenouraKg  1,40 1,62   15,71   1,00
ChuchuCento 24,9013,68  (45,06)16,34
Inhame da CostaArroba 26,7133,32   24,75 26,25
PepinoKg  0,68  0,71    4,41  0,64
Pimentão Cento 11,57 10,95  (5,36)15,91
Repolho Kg  1,22  1,29   5,74  0,96
Tomate Cx 25KG 22,62 20,00  (11,58)21,75
VagemKg  2,882,74   (4,86)1,95
VARIAÇÃO EM REAL 228,50230,98   1,09  
2. FRUTAS
Abacaxi Cento100,0096,32   (3,68)90,83
Banana PacovanCento  6,006,00    0,00 7,55
Coco SecoCento157,62149,47  (5,17)70,60
Coco VerdeCento 70,0079,47  13,53 58,81
GoiabaCx 22kg 32,3830,53  (5,71)23,98
Laranja Pera Cento 10,0010,00   0,00 9,54
Limão Taity Cento 15,9027,37  72,14 6,76
Maçã Nacional Cx 18 Kg 45,4848,42   6,46 20,35
Mamão HawaíKg  1,862,00   7,53 0,42
Maracujá Cento 35,0034,74  (0,74)0,89
MelanciaKg  0,500,51   2,00 1,04
Melão EspanholKg  1,101,11   0,91 37,80
Uva ItáliaCx 18 Kg 42,8649,74 16,05 43,02
VARIAÇÃO EM REAL 518,70535,68   3,27 -
3. CEREAIS
Açucar CristalSc 50 Kg 82,1475,34  (8,28)56,00
Açucar CristalFrd 30 Kg 49,8644,49 (10,77)34,00
Arroz Beneficiado TP1Frd 30 Kg 41,6442,37   1,75 45,00
Arroz Branco TP1Frd 30 Kg 43,0844,67   3,69 49,00
Farinha de Mandioca TP2Frd 30 Kg 32,5631,39  (3,59)35,00
Feijão Carioquinha TP1Frd 30 Kg 78,9582,23   4,15 77,00
MamonaSc. 60kg Sinf.Sinf.     -0,00
VARIAÇÃO EM REAL 328,23320,49  (2,36)-
4. CARNES / AVES / LATICÍNIOS
Boi GordoArroba 15Kg100,14101,00   0,86 73,00
Carcaça SuinaKg  5,305,30   0,00 4,00
Caprino/OvinoArroba 15Kg135,00135,00   0,00 111,00
Frango-Resfriado Kg  3,703,70   0,00 3,10
Frango-Congelado Kg  3,553,48  (1,97)2,39
Frango-Vivo Kg  2,472,09  (15,38)2,00
Leite In Natura (Produtor)Litro Sinf.Sinf.     -   -
Leite In Natura (Indústria)Litro  Sinf.Sinf.     -     -
VARIAÇÃO FINANCEIRA EM REAL 250,16250,57   0,16    -
NOTA : Os números entre parênteses representam a queda percentual no comportamento dos preços.
Fonte : SIMA - PE (DISQUE CEASA FONE : 3182-3545  - 08002813966  -  FAX:  3182-3534
Elaboração : Departamento Técnico/Supervisão de Informação e Acompanhamento de Mercado
Acesso a internet : www.ceasape.org.br

5–PONDERAÇÕES TÉCNICAS:  

Grupo I

(Hortaliças/Tubérculos) 

O Segundo semestre caracteriza-se pela oferta maior e preços atrativos para o consumidor – em função do período de safra da grande maioria das  hortícolas,  salvo algum fato específico ou alteração climática significante. A variação financeira positiva em real, 1,09% nas hortaliças,3,27% nas frutas e 0,16% no segmento de carnes e laticínios  ocorridas em outubro com relação a setembro  foram inexpressivas, bem como, a queda dos cereais na ordem de (2,36%) dando uma boa demonstração do equilíbrio do mercado. A tendência é de continuidade de preços atrativos, em nível de consumidor. Vale salientar que os preços praticados na CEASA-PE são muitos inferiores aos de outros pontos comerciais. Consolidando este centro como a melhor opção de compras já que este atua como distribuidor e regulador do mercado. Faremos alguns comentários sobre as oscilações e outros que achamos pertinente.  

Abóbora – apesar de estarmos no período de safra, que ocorre de agosto a dezembro, detectamos  uma retração na oferta do produto oriundo dos estados da .BA e SE, decorrente da falta de chuvas em regiões produtoras da Bahia, provocando aumento de 9,09% no preço em outubro com relação a setembro. Os valores praticados estão ligeiramente fora da faixa média histórica, ou seja, R$ 0,84 o quilo. A expectativa é de queda discreta dos preços  em nível de consumidor, no curto prazo.  

Alface, coentro e cebolinha - por serem culturas com características de cultivo peculiar, ciclo vegetativo curto e muito susceptível as boas condições climáticas, têm oscilações abruptas na oferta e no preço.O aumento relativo de 16,67%,26,05 e 3,70% respectivamente em outubro se comparado com o mês anterior,significa apenas um realinhamento nos valores de comercialização, já que estavam muito abaixo da média histórica. A tendência é de oscilações discretas com preços atrativos  em nível de consumidor.  

Alho nacional – a queda progressiva de (3,09%) no preço em outubro com relação a setembro,decorre especialmente da boa oferta, a expectativa é que a produção nacional em 2011, gire em torno de 10 milhões de caixa com 10 quilos, 20% superior ao ano passado, em função do aumento de 5% na área cultivada no cerrado goiano,e ao clima favorável.Outro fator que concorre para o recuo dos preços,é a importação do produto da china, maior produtor mundial, que tiveram uma boa safra, e com este excesso baixaram muito os preços, ficando inclusive abaixo dos custos de produção do alho nacional. que este ano subiu 7%, por conta da mão de obra escassa.A tendência ainda é de queda dos preços em nível de consumidor, já que estamos no período de safra que ocorre de maio a dezembro. Vale ressaltar que o preço médio histórico gira em torno de R$  5,22 o quilo ou R$ 52,20 a caixa com 10 kg.   

Batatinha – apesar do realinhamento de 15,53% no preço em outubro com relação a setembro, os valores de comercialização continuam abaixo dos níveis médios históricos, ou seja, R$1,36 o quilo ou R$ 68,00 o saco de 50 kg. Este cenário decorre do aumento da oferta, em virtude do período de safra que ocorre de julho a dezembro, sobretudo em agosto, setembro e outubro. A tendência é de elevação discreta dos preços em nível de consumidor, no curto, médio prazo, porém abaixo da média histórica, e assim, atrativo para o consumidor. 

Batata doce roxa – A estabilidade no preço em outubro se comparado a setembro, deixa os valores dentro da  faixa  média histórica, ou seja, R$ 15,00 a arroba de 15 quilos.A tendência é de manutenção dos preços, portanto atrativos em nível de consumidor de julho a novembro, período da segunda safra do produto, quando temos uma melhor oferta principalmente em agosto e setembro. 

Cebola Pera – Apesar do aumento pontual de 12,93%, no preço verificado em outubro, quando comparado com setembro, em virtude de fortes chuvas precipitadas na região sudeste recentemente, Os valores de comercialização ficaram abaixo do valor médio histórico, ou seja, R$ 20,00 o SC de 20 kg. A tendência é de oscilações negativa dos preços, em nível de consumidor, no curto e médio prazo, decorrente da boa oferta do produto, em virtude do período da safra regional,(vale do São Francisco) que ocorre de julho a dezembro, bem como  a antecipação da colheita do alto Paranaíba em Minas Gerais. 

Cenoura – apesar de estarmos em pleno período de safra, que ocorre entre agosto e novembro, a estiagem prolongada, e o controle das águas dos poços, no município de Lapão, na Bahia. Um dos maiores produtores nacional, provocou uma queda acentuada na produção e na oferta, além da qualidade do produto.A tendência é de preços elevados e fora da média histórica, em nível de consumidor,no curto médio prazo, por conta desse cenário adverso acima citado. Os valores  médios históricos, giram em torno de  R$ 1,00 o kg. 

Chuchu – por conta de sua produção ter alta dependência nas boas condições climáticas (sobretudo temperatura), sofre grandes oscilações na oferta e no preço.Com a queda de (45,06), em outubro com relação a setembro, os valores ficaram abaixo da média histórica, ou seja, R$ 16,00 o cento ou R$ 0,55 o kg. A tendência é de queda dos preços para o consumidor no curto, médio prazo, já que estamos em plena safra, que ocorre entre maio e novembro. 

Inhame da costa – O aumento relativo de 24,75, no preço em outubro com relação a setembro, não obstante estarmos no período de safra, que ocorre de agosto a novembro,decorre essencialmente da diminuição da oferta em virtude do movimento migratório para a produção do cará da costa,verificado nos últimos anos, em detrimento do inhame da costa, em função da melhor produtividade do primeiro.A tendência é de elevação dos preços em nível de consumidor no curto,médio prazo, e acima da média histórica, ou seja R$ 27,00 a arroba de 15 kg. ou 1,80 o quilo.  

Pepino – A regularidade da oferta praticamente o ano todo, acarreta uma certa estabilidade nos preços, com oscilações moderadas, o aumento relativo de 4,41% no preço médio de outubro, por conta da queda na oferta, já que no período de agosto a dezembro, estamos na entressafra do produto, com os valores de comercialização ligeiramente acima da média histórica, ou seja, R$ 0,65 o quilo. A tendência é de variações discretas dos preços, no curto, médio prazo, em nível de consumidor.  

Pimentão – A boa oferta decorrente do período de safra, que ocorre de setembro a fevereiro, provoca queda de (5,36%) nos preços em outubro com relação a setembro, e deixa os valores muito abaixo da média histórica, ou seja, R$ 15,00/16,00 o cento ou R$ 1,50 o quilo.A tendência não obstante estarmos no período de safra, é de realinhamento dos preços,  em busca dos valores médios históricos, no curto prazo. 

Repolho – apesar de estarmos em pleno período de safra, que ocorre entre agosto e março, detectamos uma diminuição da oferta, e um aumento relativo de 5,74% no preço em outubro com relação a setembro,  reflexo de queda na produção, decorrente de problemas climáticos, chuvas fora de época, precipitadas no agreste e zona da mata do estado, principais produtores dessa hortaliça.Os valores estão acima da faixa média histórica, ou seja, R$ 1,00 o quilo. a tendência é de recuo  discreto dos preços  no curto prazo, em nível de consumidor.   

Tomate – a queda progressiva de (11,58%) no preço médio em outubro, com relação a setembro, é reflexo do aumento da oferta, em função do período da safra regional, que ocorre de agosto a março, com destaque para setembro, outubro e novembro, estes valores estão dentro da faixa média histórica, ou seja, R$ 0,90 o quilo ou R$ 22 a cx de 25 kg.A tendência ainda é de queda dos preços em nível de consumidor, reflexo do quadro regional, bem como a boa produção do Sudeste do país, Minas Gerais  por exemplo  que teve um aumento na área  e na produtividade da cultura irrigada, aumentando assim a oferta nos entrepostos de comercialização.  

Vagem – Apesar do recuo do preço de (4,86%) em outubro com relação a setembro os valores continuam elevados e fora da faixa média histórica, ou seja, R$ 1,95 o quilo, no entanto, de outubro até fevereiro,a oferta se intensifica em função do período de safra, e os preços recuam em nível de consumidor.

Sugestões de consumo: alho, alface, batatinha, cebola pêra, coentro, chuchu, pepino e tomate.  

Grupo II (Frutas) 

Abacaxi – Embora o preço tenha recuado (4,86%) na média de outubro se comparado com o mês anterior os valores de comercialização continuam ligeiramente acima da média histórica, ou seja, em torno de R$ 90,00 o cento, este cenário é reflexo da retração da oferta do produto, decorrente da queda na produção, por conta dos problemas climáticos(seca) em PE.e na PB, no ano passado, principais fornecedores da fruta neste entreposto. A tendência é de manutenção, e oscilação discreta dos preços em nível de consumidor.  Haja vista, que ainda estamos no período de safra que ocorre de agosto a dezembro.  

Coco seco – Embora o preço tenha oscilado negativamente (5,17%) em outubro,com relação a setembro, os valores de comercialização estão bastante elevados e muito acima da média histórica, ou seja, R$ 70,00 o cento, ou R$ 1,10 o quilo, este cenário decorre da queda muito expressiva na oferta nos últimos anos, em virtude da erradicação de grandes áreas de coqueirais, no vale do São Francisco na Bahia, devido aos preços aviltados praticados neste período,que não justificava os investimentos necessários para se evitar problemas fitossanitários, e obter boa produtividade. Outra variável é o vácuo na produção com a renovação das plantas, pois a produtividade em coqueirais velhos é baixa. Além da concorrência com as indústrias de beneficiamento, estamos no período da entressafra que ocorre entre maio e novembro.A tendência é de preços elevados em nível de consumidor. 

Coco verde – O aumento de 13,53% no preço em outubro, com relação a setembro, decorre da maior demanda, em função do verão, e, da temporada de praias, a expectativa é de aumento gradativo do preço no curto prazo, sobretudo agora com o período de entressafra, que ocorre de novembro a março.Vale salientar que os valores de comercialização estão muito acima da média histórica, ou seja, R$ 0,60 a unidade. 

Goiaba – Apesar da queda de (5,71%) no preço em outubro se comparado com o mês passado, a infestação de nematóides nas goiabeiras no Vale do São Francisco, e em outras regiões produtoras do norte do Estado de São Paulo (Taquaritinga)  reduziu drasticamente a produção, a qualidade e a quantidade da goiaba ofertada na CEASA, com isso o preço está bem acima do valor médio histórico, ou seja, R$ 1,10 o quilo ou R$ 24,00 a caixa com 20 a 22 quilos. Vale salientar que os valores de comercialização estão muito acima da média histórica, ou seja, R$ 1,10 o quilo ou R$ 24,00 a caixa com 20 a 22 quilos.A expectativa é de aumento gradativo dos preços, em nível de consumidor, em função do período da entressafra que ocorre de outubro a dezembro.  

Laranja pera – constatamos um aumento da oferta e da qualidade da laranja, e estabilidade dos preços  em outubro  com relação a setembro, reflexo do período de safra que ocorre de junho a fevereiro.A tendência é de manutenção, e oscilações discretas dos preços, em nível de consumidor, com o aumento da oferta, já que a safra Paulista, maior parque citrícola do mundo tem uma previsão de aumento de mais de cinqüenta milhões de caixas de 40,8 kg, com relação ao ano passado. No entanto a severa infestação de caramujos nos laranjais de Sergipe deverá prejudicar a produção e a oferta, como este Estado, é um importante fornecedor do produto para o nosso entreposto, pode haver aumento dos preços em nível de consumidor, no curto e médio prazo.                      

Vale ressaltar que o preço médio histórico é de R$ 0,47 o kg ou R$ 9,50 o cento.    

Limão taity – a queda expressiva da oferta e da qualidade, decorrente do período de entressafra que ocorre de setembro a dezembro, e a redução de 40% na produção paulista, decorrente dos problemas fitossanitários, com o excesso de chuvas precipitada no primeiro semestre em São Paulo, (que responde por 69% da produção nacional) provocou aumento médio progressivo de 72,14% no preço em outubro com relação a setembro, deixando os valores de comercialização muito acima da média histórica, ou seja, R$ 7,00 o cento ou R$ 1,00 o quilo.A tendência é de aumento ainda maiores dos preços em nível de consumidor no curto, médio prazo. 

Maçã nacional – o aumento progressivo de 6,46% em outubro, se comparado com o mês anterior, decorre principalmente da diminuição da oferta e da qualidade da fruta, em função do período da entressafra que ocorre de outubro a fevereiro.O preço médio histórico, gira em torno de R$ 2,10 o quilo, ou R$ 37,80 a cx com 18 kg. A expectativa é de preços elevados em nível de consumidor no curto e médio prazo. Sobretudo agora com os temporais e chuvas intensas que estão ocorrendo em Santa Catarina, maior produtor nacional da fruta.  

Mamão hawai – O período da entressafra que ocorre de julho a dezembro, provoca uma retração na oferta e aumento de 7,53% no preço em outubro com relação ao mês anterior.  A tendência é de elevação progressiva dos preços em nível de consumidor no curto, médio, prazo.  Vale ressaltar que o preço médio histórico fica em torno de R$ 1,00 o quilo. 

Maracujá – Apesar do recuo de (0,74%) no preço médio de outubro, com relação a setembro, os valores de comercialização ficaram muito acima da média histórica, ou seja, R$ 20,00 o cento ou R$ 1,50 o quilo.Este cenário é decorrente do período da entressafra, que ocorre de agosto a janeiro, com destaque para setembro e outubro.   

Melancia – a estabilidade no preço em outubro, com relação a setembro, decorre do aumento da oferta, reflexo do período da safra regional que ocorre entre outubro e fevereiro. Outra variável que concorreu com esta boa oferta, foi a  produtividade obtida na  safra goiana, em torno de 50 toneladas por hectare, quando a média da região não passa de 35 t. Além do início da colheita da safra paulista com produto de boa qualidade. Este cenário aumenta a distribuição do fruto no centro oeste e no sudeste do país, impactando negativamente os preços em todos os entrepostos. A tendência é de manutenção e queda discreta dos preços em nível de consumidor, no curto, médio prazo. Vale salientar que o preço médio histórico, gira em torno de R$ 0,42 o quilo. 

Melão espanhol – Apesar da estabilidade dos preços  em outubro com relação a setembro, reflexo do aumento da oferta, em função do período de safra que ocorre de setembro a fevereiro, estes valores ainda estão elevados e acima da média histórica, ou seja, R$ 0,90 o quilo.Vale registrar que produtores do RN, esperam uma safra 30% superior a do ano passado, como o estado é um importante exportador e fornecedor do fruto, a expectativa é de aumento gradativo do nível de oferta e redução dos preços para o consumidor no curto, médio prazo.  

Uva Itália O aumento relativo de 16,05% no preço em outubro, quando comparado com o mês anterior, decorre da queda na oferta em função do período de entressafra que ocorre de outubro a abril, e, deixa os valores de comercialização acima da média histórica, ou seja, R$ 2,40 o quilo,ou R$ 43,00 a caixa com 18 kg. A tendência é de preços elevados em nível de consumidor, no curto, médio prazo.    

Sugestões de consumo: Graviola, laranja pêra, banana, melancia e melão.    

Grupo III (Cereais/Oleaginosas).  

Açúcar - A conjunção dos fatores abaixo relacionados, justifica os valores elevados, apesar do recuo de (4,27%) em 12 meses, R$ 75,34 em outubro/11 e R$ 78,56 em outubro/ 10, para saco de 50  kg. A variação mensal foi uma queda de (8,28%) no preço em outubro com relação a setembro.  1º Queda na produção do Brasil nesta safra, na ordem de 10% a 15% por conta de problemas climáticos (estiagem prolongada) em 2010, e excesso de chuvas em 2011, além da falta de investimento no melhoramento dos canaviais. 2º A demanda crescente no mercado global, sobretudo da china, Paquistão, Egito e outros países que vão precisar importar açúcar até o final do ano. 3º Problemas climáticos na Ásia (chuvas devastadoras) comprometendo a oferta de açúcar no curto prazo. A tendência no mercado interno é de queda discreta dos preços em nível de consumidor, no curto prazo.Vale salientar que o preço médio histórico é de R$ 55,00 a saca de 50kg. 

Arroz – Apesar do realinhamento de 1,75% no preço em outubro com relação a setembro, os valores de comercialização estão atrativos para o consumidor e até abaixo da média histórica, ou seja, R$ 45,00 o fardo de 30 kg.Este cenário é decorrente, do aumento da oferta, em função da comercialização da boa safra 2010/2011, no Rio Grande do Sul, estado que responde por 63% da produção nacional.Outra variável significante, é a importação do produto do Mercosul, sobretudo do Uruguai, massacrando ainda mais o nosso produtor que tem uma alta carga tributaria.A tendência é de preços atrativos em nível de consumidor, em função da boa safra nacional de 13.613  milhões de toneladas em 2010/2011. 

Feijão carioquinha – o aumento de 4,15% no preço em outubro com relação a setembro, provocado principalmente pela quebra da safra na Bahia e geadas no Paraná.  No entanto os valores ainda estão atrativos para o consumidor e decorre da conjunção dos fatores abaixo relacionados. 1ª - O aumento real da oferta no campo, já que o produtor estimulado pelos bons preços do 2ª semestre de 2010 aumentou significativamente a área de produção. 2ª – A boa safra do grão em 2010/11, 3.787 milhões de toneladas.   A tendência é de discreta oscilação negativa dos preços em nível de consumidor, no curto prazo,em função dos fundamentos acima citados. Vale ressaltar que o valor médio histórico é na faixa de R$ 85,00 o fardo de 30 kg ou 170,00 o saco de 60 kg. 

Grupo IV (Carnes e Lacticínio). 

Boi gordo – A pouca oferta de animais, reduz significativamente a escala de abate nos frigoríficos, e com a demanda aquecida o resultado é inevitável, aumento progressivo dos preços.Este cenário é provocado pela entressafra, quando as pastagens estão secas e os animais não ganham peso suficiente para o abate.A quantidade de animais oriundos dos confinamentos está muito aquém, do que normalmente é disponibilizado aos abatedouros, por conta do aumento substancial dos grãos (commodities) sobretudo o milho, elementos básicos na composição da ração.A conjunção desses cenários reduz a oferta de animais, acarretando um aumento no patamar dos preços em todo país.A expectativa momentânea é de manutenção e oscilações positivas dos preços.     

Frango – As oscilações negativas no preço em outubro, com relação a setembro, do frango vivo, e do frango congelado, decorre  essencialmente do ajustamento da produção e da demanda. A tendência é de aumento do consumo e dos preços, no curto prazo em nível de consumidor, em função das festividades natalinas.Outro importante fator é o alto custo de produção, já que a base da ração, o milho e a soja, são commodities que estão muito valorizadas no mercado interno e externo.    

Recife, 31 de outubro de 2011  

Marcos Antônio Barros

Chefe do Setor de Informações de Mercado Agrícola  

Fonte : SIMA - PE (DISQUE CEASA FONE : 3182-3545  - 08002813966  -  FAX:  3182-3534
Elaboração : Departamento Técnico/Supervisão de Informação e Acompanhamento de Mercado
Acesso a internet : www.ceasape.org.br

 

Fonte: DETEC