Recife, Pernambuco - Brasil

31/12/2011 - Comparativo mensal dezembro 2011

SECRETARIA DE AGRICULTURA E REFORMA AGRÁRIA

 

 

 

 

 

 

CENTRO DE ABASTECIMENTO E LOGÍSTICA DE PERNAMBUCO - CEASA/PE- O.S

 

 

 

COMPARATIVO DOS PREÇOS (MAIS COMUM) EM NÍVEL DE ATACADO 

PRODUTOS

UNIDADE

INTERVALO

VARIAÇÃO

PREÇO MÉDIO

 

A

B

B/A

 

30/11/11

31/12/11

  MENSAL

HISTÓRICO

  (R$)

  (R$)

(%)

1. HORTALIÇAS
AbóboraKg1,101,4834,55 0,84
Alface0,290,316,90 0,28
Alho NacionalCx 10 Kg40,0037,05(7,38)52,20
Batatinha  Sc 50 Kg65,0069,056,23 68,00
Batata DoceArroba15,9020,5729,37 13,20
Cebola PeraSc 20 Kg21,1520,00(5,44)20,00
CebolinhaMol. 1kg1,601,48(7,50)1,28
CoentroMol. 5a7kg16,2010,05(37,96)9,60
CenouraKg1,441,10(23,61)1,00
ChuchuCento7,7015,71104,03 16,34
Inhame da CostaArroba34,5539,1913,43 26,25
PepinoKg0,610,610,00 0,64
Pimentão Cento16,9513,43(20,77)15,91
Repolho Kg1,251,4616,80 0,96
Tomate Cx 25 Kg19,6022,3313,93 21,75
VagemKg2,032,050,99 1,95
VARIAÇÃO FINANCEIRA EM REAL 245,37255,874,28  - 
2. FRUTAS
Abacaxi Cento87,5098,1012,11 90,83
Banana PacovanCento6,006,000,00 7,55
Coco SecoCento144,00134,29(6,74)70,60
Coco VerdeCento80,0077,14(3,57)58,81
GoiabaCx 20a22kg33,7534,762,99 23,98
Laranja Pera Cento10,0011,7117,10 9,54
Limão Taity Cento22,2513,57(39,01)6,76
Maçã Nacional Cx 18 Kg50,0050,000,00 37,80
Mamão HawaíKg2,432,21(9,05)1,04
Maracujá Cento23,5027,8618,55 20,35
MelanciaKg0,500,49(2,00)0,42
Melão EspanholKg1,001,055,00 0,89
Uva ItáliaCx 18 Kg46,7554,5216,62 43,02
VARIAÇÃO FINANCEIRA EM REAL507,68511,700,79 -
3. CEREAIS
Açucar CristalSc 50 Kg75,9073,52(3,14)56,00
Açucar CristalFrd 30 Kg44,4642,90(3,51)34,00
Arroz Parboizado TP1Frd 30 Kg43,1943,480,67 45,00
Arroz Branco TP1Frd 30 Kg44,5744,22(0,79)49,00
Farinha de Mandioca TP2Frd 30 Kg31,2332,203,11 35,00
Feijão Carioquinha TP1Frd 30 Kg84,9093,4810,11 77,00
MamonaSc. 60kgSinf.Sinf.--
VARIAÇÃO FINANCEIRA EM REAL 324,25329,801,71 -
4. CARNES / AVES / LATICÍNIOS
Boi GordoArroba 15Kg101,75106,714,87 73,00
Carcaça SuinaKg5,656,006,19 4,00
Caprino/OvinoArroba 15Kg135,00177,8631,75 111,00
Frango-Resfriado Kg3,653,906,85 3,10
Frango-Congelado Kg3,423,759,65 2,39
Frango-Vivo Kg2,172,5115,67 2,00
Leite In Natura (Produtor)LitroSinf.Sinf.--
Leite In Natura (Indústria)LitroSinf.Sinf.--
VARIAÇÃO FINANCEIRA EM REAL 251,64300,7319,51 -
NOTA : Os números entre parênteses representam a queda percentual no comportamento dos preços.
Fonte : SIMA - PE (DISQUE CEASA FONE : 3182-3545  - 08002813966  -  FAX:  3182-3534
Elaboração : Departamento Técnico/Supervisão de Informação e Acompanhamento de Mercado
Acesso a internet : www.ceasape.org.br

 

 5–PONDERAÇÕES TÉCNICAS:  Grupo I (Hortaliças/Tubérculos) O Segundo semestre caracteriza-se pela oferta maior e preços atrativos para o consumidor – em função do período de safra da grande maioria das  hortícolas, salvo algum fato específico ou alteração climática significante. 

A variação financeira positiva em real, 4,28% nas hortaliças, 0,79 nas frutas, 1,71% nos cereais,e 19,51 no segmento de carnes e laticínios, ocorridas em dezembro com relação a novembro, é considerada  absolutamente normal, já que a demanda aumenta normalmente em função das festividades natalinas.Vale salientar que quando comparado com dezembro do ano passado os preços das hortaliças recuaram (7,22%), e os cereais (19,24%) já as frutas ficaram com valores praticamente inalterados, a exceção  ficou por conta do segmento de carnes que teve um aumento relativo de 18,37%.

A tendência é de grandes oscilações positivas, em nível de consumidor no curto prazo, sobretudo de produtos oriundos de outros estados, onde as condições climáticas estão adversas.  Vale salientar que os preços praticados na CEASA-PE são muitos inferiores aos de outros pontos comerciais. Consolidando este centro como a melhor opção de compras já que este atua como distribuidor e regulador do mercado. Faremos alguns comentários sobre as oscilações e outros que achamos pertinente.  

Abóbora – O aumento de 34,55% no preço em dezembro com relação a novembro, deixa os valores muito acima da média histórica, ou seja, R$ 0,84 o quilo, e decorre essencialmente da queda na oferta do produto oriundo da Bahia, em virtude da seca que atingiu o estado no ano passado e excesso de chuva no final do ano. Haja vista, que no período de agosto a dezembro a oferta predominante do produto é procedente do estado da Bahia e de Sergipe.Outra variável importante é a proximidade com o período de entressafra que ocorre entre janeiro e julho, com destaque para maio, junho e julho.Portanto a expectativa é de manutenção e elevação dos preços em nível de consumidor, no curto médio prazo.  

Alface, coentro e cebolinha - por serem culturas com características de cultivo peculiar,ciclo vegetativo curto e muito susceptível as boas condições climáticas, têm oscilações abruptas na oferta e no preço.Apesar do aumento relativo no preço de 6,90% no alface, e queda de 37,96%  no coentro, e 7,50% na cebolinha, em dezembro com relação ao mês de novembro os valores estão dentro da faixa média histórica, estas oscilações são  absolutamente normais pra estas culturas,em função das peculiaridades expostas.  A tendência é de oscilações discretas, e preços atrativos  em nível de consumidor.  

Alho nacional – a queda progressiva de (7;38%) no preço em dezembro  com relação a novembro, deixa os valores muito abaixo da faixa média histórica, ou seja, 52,20 a cx com 10 quilo, e decorre especialmente da boa oferta, a produção nacional em 2011, ficou em torno de 10 milhões de caixa com 10 quilos, 20% superior ao ano de 2010, em função do aumento de 5% na área cultivada no cerrado goiano,e ao clima favorável.Outro fator que concorre para o recuo dos preços, é a importação do produto da china, maior produtor mundial, que teve uma boa safra, e com este excesso baixou muito os preços, ficando inclusive abaixo dos custos de produção do alho nacional. que este ano subiu 7%, por conta da mão de obra escassa.A tendência é de manutenção e queda dos preços em nível de consumidor, não obstante estarmos no período da entressafra que ocorre de maio a dezembro.   

Batatinha – apesar do aumento de 6;23%, no preço em dezembro, com relação a novembro, os valores de comercialização continuam dentro dos níveis médios históricos, ou seja, R$ 1,36 o quilo ou R$ 68,00  o saco de 50 kg.Historicamente, a partir de novembro e sobretudo em dezembro a oferta oscila e a qualidade diminui abrindo espaço para aumento dos preços. Este fato ocorre em função das chuvas torrenciais com inundações na região sudeste do país, sobretudo em Minas Gerais, maior produtor nacional, criando dificuldades logísticas com armazenamento e transporte, reflexo das variações climáticas(chuva, temperatura alternada, e ventilação insuficiente) provocando o apodrecimento doproduto ao longo da comercialização.A tendência é de alta dos preços no curto prazo em nível de consumidor, em virtude do período de entressafra que ocorre de janeiro a junho, sobretudo em abril maio e junho. 

Batata doce roxa – O aumento de 29,37% no preço em dezembro com relação a novembro, decorre essencialmente na queda da oferta que temos  constatado ao longo dos últimos anos, em virtude da migração da produção para outras culturas mais rentáveis, (cará são Tomé) por exemplo, não obstante estarmos no primeiro intervalo de safra que ocorre de janeiro a abril.O valor médio histórico gira em torno de R$ 15,00 a arroba de 15 quilos.A tendência é de elevação dos preços no curto prazo em nível de consumidor, em função do cenário exposto. 

Cebola Pera – A queda de (5,44%) no preço em dezembro com relação a novembro, decorre da regularidade na oferta provocada pelo período da safra regional (Vale do São Francisco), que ocorre de julho a dezembro.Os valores de comercialização ficaram rigorosamente dentro da faixa média histórica, ou seja, R$ 20,00 o saco com 20 quilos.A tendência é de aumento dos preços, em nível de consumidor, no curto e médio prazo, em função do deslocamento do produto para outras regiões, principalmente o sudeste do país, que está enfrentando adversidades climáticas severas, Justamente no período da entressafra regional que incide de janeiro a junho, com destaque para março, abril e maio.   

Cenoura – apesar do recuo de (23,61%) no preço em dezembro com relação a novembro os valores continuam  elevados e fora da faixa média histórica, ou seja, R$ 1,00 o kg. Este cenário decorre da estiagem prolongada no ano passado, e do excesso de chuvas atualmente, além do controle das águas de poços no município de Lapão, na Bahia, um dos maiores produtores nacional do produto, esta combinação de fatores provocou uma queda acentuada na produção e na oferta, além da qualidade do produto.A tendência é de preços elevados e fora da média histórica, em nível de consumidor, no curto, médio prazo, por conta desse cenário adverso acima citado, e do período de entressafra que ocorre de dezembro a julho. 

Chuchu – por conta de sua produção ter alta dependência nas boas condições climáticas (sobretudo temperatura), sofre grandes oscilações na oferta e no preço.Apesar do aumento relativo de 104,03% em dezembro com relação a novembro, os valores ficaram dentro da faixa  média histórica, ou seja, R$ 16,00 o cento ou R$ 0,55 o kg. A tendência é de elevação dos preços para o consumidor no curto, médio prazo, em função do período da entressafra, que ocorre de dezembro a abril. 

Inhame da costa – O aumento relativo de 13,43%, no preço em dezembro com relação a novembro, deixa os valores ainda mais distantes da média histórica, ou seja, R$ 27,00 a arroba.Este cenário decorre essencialmente da diminuição da oferta em virtude do movimento migratório para a produção do cará da costa, verificado nos últimos anos, em detrimento do inhame da costa, em função da melhor produtividade do primeiro.A tendência é de elevação dos preços em nível de consumidor no curto, médio prazo, e acima da média histórica, principalmente agora com a entrada do período da primeira entressafra, que ocorre de dezembro a fevereiro. 

Pepino – A regularidade da oferta praticamente o ano todo, acarreta uma certa estabilidade nos preços, com oscilações moderadas ou ausência, como aconteceu em dezembro com relação a novembro, não obstante estarmos no período da entressafra do produto que ocorre entre agosto e dezembro. Os  valores de comercialização estão ligeiramente abaixo da média histórica, ou seja, R$ 0,65 o quilo. A tendência é de variações positivas discretas dos preços, no curto, médio prazo, em nível de consumidor.  

Pimentão – A queda de (20,77%) no preço em dezembro com relação a novembro, é reflexo do aumento da oferta decorrente do período de safra, que ocorre de setembro a fevereiro.Os valores de comercialização estão bastante atrativos em nível de consumidor.  O preço médio histórico gira em torno de R$ 15,00/16,00 o cento ou R$ 1,50 o quilo.A tendência é de aumento dos preços em nível de consumidor, não obstante estarmos no período de safra, em função do deslocamento do produto para outras regiões do país, afetadas por intempéries climáticas.Outra variável que cabe destacar é a expectativa de queda na produção e na oferta, em virtude do controle maior com monitoramento da utilização de agro-químicos no produto por parte da ADAGRO/CEASA-PE, que termina limitando a área e o número produtores.  

Repolho – O aumento relativo de 16,80% nos preços em dezembro quando comparado com o mês anterior deixa os valores muito acima da faixa média histórica, ou seja, R$ 1,00 o kg.Apesar de estarmos em pleno período de safra, que ocorre entre agosto e março, detectamos uma diminuição da oferta, principalmente da oriunda do Espírito Santo, reflexo de queda na produção, decorrente de problemas climáticos, (excesso de chuvas no sudeste do país.) e a falta dela no agreste  do estado, principal produtor dessa hortaliça. a tendência é de aumento discreto dos preços  no curto prazo, em nível de consumidor. 

Tomate – Apesar do aumento relativo de 13,93% no preço médio em dezembro, com relação a novembro, decorrente do aumento pontual da demanda, os valores estão dentro da faixa média histórica, ou seja, R$ 0,90 o quilo ou R$ 22,00 a cx. de 25 kg,  reflexo do aumento da oferta, em função do período da safra regional, que ocorre de agosto a fevereiro.A tendência ainda é de preços atrativos no curto prazo, em nível de consumidor, reflexo do quadro regional, todavia, as severas condições climáticas e logísticas na região sudeste pode precipitar uma escalada altista.  

Vagem – Apesar do realinhamento de 0,99% no preço em dezembro se comparado com o mês anterior,os valores continuam dentro da faixa média histórica, ou seja, em torno de R$ 1,95 o quilo, graças a regularidade da oferta, decorrente do período de safra, que ocorre de outubro a fevereiro.A tendência é de preços atrativos para o consumidor, no curto, médio prazo. . Sugestões de consumo: alho, alface, batatinha, coentro, pepino, vagem e tomate.

Grupo II (Frutas) Abacaxi – O aumento de 12,11% no preço em dezembro com relação a novembro, decorre essencialmente da diminuição da oferta em função da proximidade com o período de entressafra, que ocorre de fevereiro a julho os valores de comercialização estão acima da média histórica, ou seja, em torno de R$ 90,00 o cento.A tendência é de oscilação positiva dos preços em nível de consumidor, em função do cenário apresentado.  

Coco seco – Embora o preço tenha oscilado negativamente (6,74%) em dezembro, com relação a novembro, os valores de comercialização estão bastante elevados e muito acima da média histórica, ou seja, R$ 70,00 o cento, ou R$ 1,10 o quilo, este cenário decorre da queda muito expressiva na oferta nos últimos anos, em virtude da erradicação de grandes áreas de coqueirais, no vale do São Francisco na Bahia, devido aos preços aviltados praticados neste período,que não justificava os investimentos necessários para se evitar problemas fitossanitários, e obter boa produtividade. Outra variável é o vácuo na produção com a renovação das plantas, pois a produtividade em coqueirais velhos é baixa, além da concorrência com as indústrias de beneficiamento do coco. O período de safra ocorre de dezembro a abril, portanto a tendência é de queda gradativa dos preços, em nível de consumidor, porém em patamares elevados em função dos motivos expostos.    

Coco verde – Embora o preço tenha recuado (3,57%) em dezembro, com relação a novembro, os valores de comercialização estão muito acima da média histórica, ou seja, R$ 0,60 a unidade,reflexo  da maior demanda, em função do verão, e, da temporada de praias, a expectativa é de manutenção de preços elevados, sobretudo agora com o período de entressafra, que ocorre de novembro a março.Vale salientar que os valores de comercialização estão muito acima da média histórica, ou seja, R$ 0,60 a unidade.

Goiaba – O período de entressafra que ocorre entre outubro e dezembro, provoca retração na oferta e aumento de 2,99% no preço em dezembro com relação ao mês anterior, outra variável que concorre para este aumento é a infestação de nematóides nas goiabeiras no Vale do São Francisco, e em outras regiões produtoras do norte do Estado de São Paulo (Taquaritinga) que reduziu drasticamente a produção, a qualidade e a quantidade da goiaba ofertada na CEASA.Com isso o preço está bem acima do valor médio histórico, ou seja, R$ 1,10 o quilo ou R$ 24,00 a caixa com 20 a 22 quilos. A expectativa é de queda gradativa dos preços, em nível de consumidor, no curto prazo, em função do período de safra que ocorre de janeiro a setembro. 

Laranja pera – constatamos uma redução na oferta, provocando um  aumento de 17,10% no preço em dezembro com relação a novembro em nível de consumidor,não obstante ainda estarmos  no período de safra que ocorre de junho a fevereiro.A tendência é de elevação dos preços no curto,médio prazo, em função principalmente da seca que assola Sergipe, além da severa infestação de caramujos nos laranjais, prejudicando a produção e a oferta, como este Estado, é um importante fornecedor do produto para o nosso entreposto, seguramente haverá alteração nos valores de comercialização do produto.Vale ressaltar que o preço médio histórico é de R$ 0,47 o kg ou R$ 9,50 o cento.    

Limão taity – Embora o preço tenha recuado (39,01%) em dezembro com relação a novembro, a queda expressiva da oferta e da qualidade, decorrente do período de entressafra que ocorre de setembro a dezembro, deixou os valores de comercialização muito acima da média histórica, ou seja, R$ 7,00 o cento ou R$ 1,00 o quilo.No entanto a tendência é de queda progressiva dos preços, no curto, médio prazo em nível de consumidor, em função do período de safra que ocorre de janeiro a agosto.

Maçã nacional – Apesar da estabilidade no preço em dezembro com relação a novembro os valores de comercialização estão bastante elevados, e decorre principalmente da diminuição da oferta e da qualidade da fruta, em função do período da entressafra que ocorre de outubro a fevereiro.O preço médio histórico, gira em torno de R$ 2,10 o quilo, ou R$ 37,80 a cx com 18 kg. A expectativa é de preços elevados em nível de consumidor no curto e médio prazo. Sobretudo agora com as chuvas intensas de granizo que ocorreram recentemente em Santa Catarina, prejudicando sobremaneira a produção no Estado que é o maior produtor nacional da fruta.

Mamão hawai – Apesar do recuo de (9,05%) no preço em dezembro quando comparado com o mês anterior. O período da entressafra que ocorre de julho a dezembro, provoca uma retração na oferta e deixa os valores de comercialização bem acima da média histórica, ou  seja, R$ 1,00 o quilo.Outra variável que contribuiu para esta elevação, foi a queda na produção provocada por problemas climáticos (estiagem prolongada em outubro e novembro/2011) na Bahia, importante fornecedor do produto para este entreposto, e excesso de chuvas atualmente, inclusive no Espírito Santo, segundo maior produtor, atrás justamente da Bahia primeiro produtor  desta fruta no país.  Portanto a tendência é de preços elevados em nível de consumidor no curto prazo, não obstante a proximidade com o período de safra que ocorre de janeiro a junho. 

Maracujá – O aumento de 18,55% no preço em dezembro com relação a novembro, decorre da diminuição da oferta, em virtude do período de entressafra, que ocorre de agosto a janeiro, e deixa os valores de comercialização acima da média histórica, ou seja, R$ 20,00 o cento ou R$ 1,50 o quilo. Portanto a tendência é de preços elevados em nível de consumidor no curto, médio prazo. 

Melancia – a queda de (2,00%) no preço em dezembro, com relação a novembro, decorre do aumento da oferta, reflexo do período da safra regional que ocorre entre outubro e fevereiro. Outra variável que concorreu com esta boa oferta, foi a  produtividade obtida na  safra goiana, em torno de 50 toneladas por hectare, quando a média da região não passa de 35 t. Além do início da colheita da safra paulista com produto de boa qualidade. Este cenário aumenta a distribuição do fruto no centro oeste e no sudeste do país, impactando negativamente os preços em todos os entrepostos. A tendência é de manutenção e queda discreta dos preços em nível de consumidor, no curto, médio prazo. Vale salientar que o preço médio histórico, gira em torno de R$ 0,42 o quilo.

Melão espanhol – o realinhamento de 5,00%) no preço em dezembro quando comparado com o mês de novembro, deixa os valores ligeiramente acima da média histórica, ou seja, R$ 0,90 o quilo no entanto a tendência é de recuo e estabilidade nos preços no curto prazo, em função da estabilidade na oferta, reflexo  do período de safra que ocorre de setembro a fevereiro. Vale registrar que produtores do RN, estão colhendo uma boa safra, como o estado é um importante exportador e fornecedor do fruto, a expectativa é de uma boa oferta neste entreposto.  

Uva Itália  O período de entressafra que ocorre de outubro a abril, provoca queda na oferta, e aumento relativo no preço de 16,62% em dezembro com relação a novembro.Outra variável importante foi o aumento natural da demanda, em função das festividades natalinas.Os valores de comercialização ficaram acima da média histórica, ou seja, R$ 2,40 o quilo, ou 43,00 a caixa com 18 kg.  A tendência é de recuo dos preços no curto prazo em nível de consumidor, porém em patamares elevados.    Sugestões de consumo:  Laranja Pêra, Limão,Graviola, banana, melancia e melão.

Grupo III (Cereais/Oleaginosas).  Açúcar - A conjunção dos fatores abaixo relacionados, justifica os valores elevados, apesar do recuo de (14,56%) em 12 meses, R$ 86,05 em dezembro/10 e R$ 73,52 em dezembro/11 o saco de 50 kg. A variação mensal foi negativa de (3,14%) no preço em dezembro com relação a novembro.  1º Queda na produção de cana do Brasil nesta safra, por conta de problemas climáticos (estiagem prolongada) em 2010, e excesso de chuvas em 2011,além da falta de investimento no melhoramento dos canaviais. 2º A demanda crescente no mercado global, sobretudo da china, Paquistão, Egito e outros países que vão precisar importar açúcar.  3º Problemas climáticos na Ásia (chuvas devastadoras) comprometendo a oferta de açúcar no curto prazo. A tendência no mercado interno é de queda discreta dos preços em nível de consumidor, no curto prazo reflexo da estimativa de um aumento de 6 milhões de toneladas a mais na produção mundial, em 2012,oriunda principalmente da Austrália e Rússia.Vale salientar que o preço médio histórico é de R$ 55,00 a saca de 50kg. 

Arroz Parboilizado – Apesar do realinhamento de 0,67% no preço em dezembro com relação a novembro,os valores de comercialização estão atrativos para o consumidor e até abaixo da média histórica, ou seja, R$ 45,00 o fardo de 30 kg.Este cenário é decorrente, do aumento da oferta, em função da comercialização da boa safra 2010/2011, no Rio Grande do Sul, estado que responde por 63% da produção nacional.Outra variável significante, é a importação do produto do Mercosul, sobretudo do Uruguai, massacrando ainda mais o nosso produtor que tem uma alta carga tributaria.A tendência é de preços atrativos em nível de consumidor, em função da boa safra nacional de 13.613  milhões de toneladas em 2010/2011. Porém a seca que afeta os estados do sul do país, principalmente o Rio Grande do Sul e o Paraná, prejudicando sobremaneira as lavouras de arroz, feijão, milho e o soja, gerando um ambiente de incerteza na oferta  e comercialização destes produtos.  

Feijão carioquinha – o aumento de 10,11% no preço em dezembro com relação a novembro, provocado principalmente pela quebra na produção e na oferta da Bahia e Sergipe e sobretudo a do Paraná, maior produtor nacional, decorrente da diminuição da área e dos problemas climáticos, seca severa no sul do Brasil principalmente no Rio Grande do Sul e no Paraná. Apesar da boa colheita do grão em 2010/11, 3.787 milhões de toneladas, a tendência é de aumentos progressivos dos preços em nível de consumidor, no curto médio prazo, em função da diminuição da oferta, decorrente do recuo da área e da produção para a safra 2011/2012, reflexo do desestímulo dos produtores pelos valores pagos, acarretando uma natural migração para culturas mais rentáveis, soja e milho por exemplo.  

Grupo IV (Carnes e Lacticínio).    Boi gordo – Embora tenha havido uma melhora pontual no nível de oferta, do boi a pasto, a pouca oferta de animais, reduz significativamente a escala de abate nos frigoríficos, e com a demanda interna aquecida, além da boa performance das exportações de carnes o resultado é inevitável, aumento progressivo dos preços.A quantidade de animais oriundos dos confinamentos está muito aquém, do que normalmente é disponibilizado aos abatedouros, por conta do aumento substancial dos grãos (commodities) sobretudo o milho, elementos básicos na composição da ração.A conjunção desses cenários reduz a oferta de animais, acarretando um aumento no patamar dos preços em todo país.A expectativa momentânea é de manutenção e oscilações discretas dos preços. 

Frango – As oscilações positivas no preço em dezembro, com relação a novembro,decorre  essencialmente do aumento da demanda, em função das festividades natalinas, bem como o bom desempenho das exportações de carne de frango. Outro importante fator, é o alto custo de produção, já que a base da ração, o milho e a soja, são commodities que estão muito valorizadas no mercado interno e externo.A tendência é de elevação discreta dos preços em nível de consumidor, em função do cenário exposto.   Recife, 31 de dezembro de 2011  

Marcos Antônio Barros

Chefe do Setor de Informações de Mercado Agrícola  

Fonte : SIMA - PE (DISQUE CEASA FONE : 3182-3545  - 08002813966  -  FAX:  3182-3534

Elaboração : Departamento Técnico/Supervisão de Informação e Acompanhamento de Mercado
Acesso a internet : www.ceasape.org.br

Fonte: SIMA-DETEC