Recife, Pernambuco - Brasil

29/02/2012 - Comparativo mensal FEVEREIRO/2012

SECRETARIA DE AGRICULTURA E REFORMA AGRÁRIA

 

 

 

 

 

 

CENTRO DE ABASTECIMENTO E LOGÍSTICA DE PERNAMBUCO - CEASA/PE- O.S

 

 

 

COMPARATIVO DOS PREÇOS (MAIS COMUM) EM NÍVEL DE ATACADO 

 

PRODUTOS   UNIDADE         INTERVALO VARIAÇÃOPREÇO MÉDIO
     A   B      B/A
31/01/1229/02/12  MENSALHISTÓRICO
  (R$)  (R$)      (%)
1. HORTALIÇAS
AbóboraKg  1,51  1,67    10,60   0,84
Alface  0,33  0,50    51,52   0,28
Alho NacionalCx 10 Kg 36,73 41,11    11,92  52,20
Batatinha  Sc 50 Kg 77,05 70,28    (8,79) 68,00
Batata DoceArroba 22,55 24,00     6,43  13,20
Cebola PeraSc 20 Kg 23,05 27,56    19,57  20,00
CebolinhaMol. 1kg 1,36  1,64    20,59   1,28
CoentroMol. 5a7kg 7,82 10,33    32,10   9,60
CenouraKg 1,26  1,10   (12,70)  1,00
ChuchuCento25,0035,22    40,88  16,34
Inhame da CostaArroba40,09 40,00    (0,22) 26,25
PepinoKg 0,74  0,78     5,41   0,64
Pimentão Cento26,82 13,78   (48,62) 15,91
Repolho Kg1,91  2,01     5,24   0,96
Tomate Cx 25 Kg21,18 22,28     5,19 21,75
VagemKg 2,34  2,78    18,80   1,95
VARIAÇÃO FINANCEIRA EM REAL 289,74295,04     1,83     - 
2. FRUTAS
Abacaxi Cento117,73148,89    26,47 90,83
Banana PacovanCento  6,00  6,00     0,00  7,55
Coco SecoCento113,64 88,89   (21,78) 70,60
Coco VerdeCento 79,09 80,00     1,15  58,81
GoiabaCx 20a22kg 33,64 31,94    (5,05) 23,98
Laranja Pera Cento 15,14 12,67   (16,31)  9,54
Limão Taity Cento  8,55  6,50   (23,98)  6,76
Maçã Nacional Cx 18 Kg 48,91 42,33   (13,45) 37,80
Mamão HawaíKg  2,00  2,00    0,00   1,04
Maracujá Cento 27,50 36,39   32,33    20,35
MelanciaKg  0,47  0,50    6,38   0,42
Melão EspanholKg  1,05  1,00   (4,76)  0,89
Uva ItáliaCx 18 Kg 52,27 50,00   (4,34) 43,02
VARIAÇÃO FINANCEIRA EM REAL505,99507,11   0,22     -
3. CEREAIS
Açucar CristalSc 50 Kg 71,98 69,60  (3,31)  56,00
Açucar CristalFrd 30 Kg 40,86 40,17  (1,69)  34,00
Arroz Parboilizado TP1Frd 30 Kg 43,45 44,48    2,37   45,00
Arroz Branco TP1Frd 30 Kg 44,64 44,86    0,49   49,00
Farinha de Mandioca TP2Frd 30 Kg 35,8035,39   (1,15) 35,00
Feijão Carioquinha TP1Frd 30 Kg119,55117,80   (1,46) 77,00
MamonaSc. 60kg Sinf. Sinf.      -     -
VARIAÇÃO FINANCEIRA EM REAL 356,28352,30   (1,12)     -
4. CARNES / AVES / LATICÍNIOS
Boi GordoArroba 15Kg108,00106,22   (1,65) 73,00
Carcaça SuinaKg  6,00   6,00    0,00   4,00
Caprino/OvinoArroba 15Kg180,00180,00    0,00 111,00
Frango-Resfriado Kg  4,00  3,79   (5,25)  3,10
Frango-Congelado Kg  3,90  3,72   (4,62)  2,39
Frango-Vivo Kg  2,58  2,71    5,04   2,00
Leite In Natura (Produtor)Litro Sinf. Sinf.      -    -
Leite In Natura (Indústria)Litro Sinf. Sinf.      -    -
VARIAÇÃO FINANCEIRA EM REAL 304,48302,44   (0,67)    -
NOTA : Os números entre parênteses representam a queda percentual no comportamento dos preços.
Fonte : SIMA - PE (DISQUE CEASA FONE : 3182-3545  - 08002813966  -  FAX:  3182-3534
Elaboração : Departamento Técnico/Supervisão de Informação e Acompanhamento de Mercado
Acesso a internet : www.ceasape.org.br

 5–PONDERAÇÕES TÉCNICAS:   Grupo I Tubérculos) 

O comportamento dos preços na CEASA em Fevereiro com relação a janeiro, apresentou  variações financeira positiva em real de apenas 1,83% nas hortaliças, 0,22% nas frutas, e negativa nos cereais (1,12%), bem como, no segmento de carnes e laticínios ( 0,67%).Vale salientar que quando comparado com fevereiro do ano passado os preços das hortaliças recuaram (6,48%), as frutas ficaram com valores ligeiramente aumentados 3,16%, já os cereais recuaram (13,81%),  e o segmento de carnes teve um aumento relativo de 12,91%. A tendência é de oscilações positivas, em nível de consumidor no curto prazo, sobretudo de produtos oriundos de outros estados, onde as condições climáticas estão adversas.  Vale salientar que os preços praticados na CEASA-PE são muitos inferiores aos de outros pontos comerciais. Consolidando este centro como a melhor opção de compras já que este atua como distribuidor e regulador do mercado. Faremos alguns comentários sobre as oscilações e outros que achamos pertinente.   

Abóbora – O aumento de 10,60% no preço em fevereiro com relação a janeiro, deixa  os valores muito acima da média histórica, ou seja, R$ 0,90 o quilo, e decorre essencialmente do período da entressafra, que ocorre de fevereiro a julho, com destaque para maio e junho, bem como, a queda na oferta do produto oriundo do Rio Grande do Norte, Haja vista,  que de janeiro a março, a oferta predominante do produto é deste Estado, em virtude de adversidades na produção.Portanto a expectativa é de preços elevados e acima da média histórica em nível de consumidor, no curto, médio prazo.  

Alface, coentro e cebolinha - por serem culturas com características de cultivo peculiar,ciclo vegetativo curto e muito susceptível as boas condições climáticas, têm oscilações abruptas na oferta e no preço.

O aumento relativo no preço de 51,52% no alface, 32,10% no coentro e 20,59% na cebolinha, em fevereiro com relação ao mês de janeiro, são  absolutamente normais para estas culturas, em função das peculiaridades expostas.  A tendência é de aumento progressivo dos preços em nível de consumidor, em função do período de entressafra que ocorre de fevereiro a julho, com destaque para março, abril e maio. 

Alho nacional – Apesar do aumento de 11,92% no preço em fevereiro com relação a janeiro, os valores continuam muito abaixo da faixa média histórica, ou seja, 57,30 a cx com 10 quilos, e decorre especialmente da boa oferta.A produção nacional em 2011, ficou em torno de 10 milhões de caixa com 10 quilos, 20% superior ao ano de 2010, em função do aumento de 5% da área cultivada no cerrado goiano.Outro fator que concorre para os preços estarem tão baixos, é a importação do produto da china, maior produtor mundial, que teve uma boa safra, e com este excesso baixou muito os preços, ficando inclusive abaixo dos custos de produção do alho nacional, que subiu 7%, por conta da mão de obra escassa.A tendência é de oscilação positiva discreta dos preços em nível de consumidor, já que os valores estão muito abaixo da média histórica. Embora ainda estejamos no período de safra que ocorre de setembro a março. 

Batatinha – A queda de (8,79%) no preço em fevereiro, com relação a janeiro, decorre do aumento da oferta, que, históricamente ocorre em fevereiro e março, deixando os valores de comercialização  ligeiramente abaixo dos níveis médios históricos, ou seja, R$ 1,43 o quilo ou R$ 71,50 o saco de 50 kg.A tendência é de oscilação negativa discreta dos preços em nível de consumidor, no curto prazo. O primeiro intervalo, de entressafra, ocorre em abril, maio e junho.     

Batata doce roxa – O aumento progressivo de 6,43%, no preço em fevereiro com relação a janeiro, decorre essencialmente na queda da oferta que temos constatado ao longo dos últimos anos, em virtude da migração da produção para outras culturas mais rentáveis, (cará são Tomé), por exemplo.O valor médio histórico gira em torno de R$ 15,00 a arroba de 15 quilos.A tendência é de elevação dos preços no curto prazo em nível de consumidor, em função do cenário exposto, e da proximidade com o período de entressafra que ocorre de março a junho.  

Cebola Pera – O aumento progressivo de 19,57% no preço em fevereiro com relação a janeiro, reflete a diminuição da oferta, em função do período da entressafra regional, que ocorre  de fevereiro a junho.Os valores de comercialização ficaram ligeiramente acima da média histórica, ou seja, R$ 21,00 o saco com 20 quilos.A tendência é de aumento dos preços, em nível de consumidor, no curto e médio prazo, em função do cenário descrito.    

Cenoura – Apesar da queda de (12,70%) no preço em fevereiro, quando comparado com o mês anterior, a expectativa é de diminuição da oferta e da qualidade e aumento dos preços, em nível de consumidor, reflexo do período de entressafra, que ocorre de janeiro a julho, com destaque para março e abril.Os valores estão dentro da faixa média histórica, ou seja, R$ 1,10 o kg. A tendência é de preços elevados e fora da média histórica, em nível de consumidor, no curto, médio prazo, por conta desse cenário acima citado.

Chuchu – por conta de sua produção ter alta dependência nas boas condições climáticas (sobretudo temperatura), sofre grandes oscilações na oferta e no preço.Com o aumento relativo de 40,88%, em fevereiro com relação a janeiro, os valores ficaram acima da faixa  média histórica, ou seja, R$ 18,00 o cento ou R$ 0,60 o kg. A tendência é de elevação dos preços para o consumidor no curto, médio prazo, em função do período da entressafra, que ocorre de janeiro a maio. 

Inhame da costa – Apesar da discreta oscilação negativa de (0,22%), no preço em fevereiro com relação a janeiro, os valores continuam distantes da média histórica, ou seja, R$ 29,00 a arroba.Este cenário decorre essencialmente da diminuição da oferta em virtude do movimento migratório para a produção do cará da costa, verificado nos últimos anos, em detrimento do inhame da costa, em função da melhor produtividade do primeiro.A tendência é de estabilidade, embora com preços elevados em nível de consumidor no curto, médio prazo, e acima da média histórica, já que estamos no período da primeira entressafra, que ocorre de dezembro a março. 

Pepino – A redução da oferta, provocada pelo período de entressafra, que ocorre de fevereiro a maio, provoca um aumento de 5,41% no preço em fevereiro com relação a janeiro. Os valores de comercialização estão acima da média histórica, ou seja, R$ 0,68 o quilo. A tendência é de variações positivas dos preços, no curto, médio prazo, em nível de consumidor.  

 

Pimentão – A queda expressiva de (48,62%) no preço em fevereiro quando comparado com o mês anterior, decorreu da acomodação dos valores, já que houve um aumento pontual expressivo em janeiro. A tendência é de preços atrativos em nível de consumidor no curto prazo, haja vista, as boas condições climáticas para produção, não obstante, estarmos entrando no período de entressafra, que ocorre de março a junho. Vale salientar que o preço médio histórico gira em torno de R$ 15,00/16,00 o cento ou R$ 1,50 o quilo.       

Repolho – O aumento progressivo de 5,24% no preço em fevereiro, com relação a janeiro, deixa os valores muito acima da faixa média histórica, ou seja, R$ 1,00 o kg.Apesar de estarmos em pleno período de safra, que ocorre entre agosto e março, detectamos uma diminuição da oferta, principalmente da oriunda do Espírito Santo, reflexo de queda na produção, decorrente de problemas climáticos, (excesso de chuvas no sudeste do país.) e a falta dela no agreste  do estado, principal produtor dessa hortaliça. A tendência é de preços elevados no curto prazo, em nível de consumidor.   

Tomate – Embora o preço tenha oscilado 5,19% positivamente, em fevereiro, com relação a janeiro, os valores de comercialização estão abaixo da média histórica, ou seja, R$ 1,00 o quilo ou 25,00 a cx de 25 kg. Este cenário decorre essencialmente do aumento da oferta em função do período da safra regional, que ocorre de agosto a fevereiro. A tendência ainda é de preços atrativos no curto prazo, em nível de consumidor, reflexo do quadro regional e nacional onde tivemos uma grande produção no sudeste principalmente em São Paulo, provocando queda generalizada dos preços.   

Vagem – O aumento progressivo de 18,80%, no preço em fevereiro quando confrontado com janeiro, decorre da queda na oferta e na qualidade do produto, provocada pela proximidade com o período de entressafra, que ocorre de março a junho, com destaque para março, abril e maio, os valores estão acima da faixa média histórica, ou seja, em torno de R$ 2,20 o quilo.A tendência é de preços ainda mais elevados em nível de consumidor, no curto, médio prazo. .

Sugestões de consumo: alho, batatinha, coentro, pepino, e tomate.

Grupo II (Frutas) 

Abacaxi – O aumento progressivo de 26,47% no preço em fevereiro com relação a janeiro, decorre essencialmente da diminuição da oferta em função do período de entressafra, que ocorre de fevereiro a junho, os valores de comercialização estão acima da média histórica, ou seja, em torno de R$ 97,00 o cento.A tendência é de aumento gradativo dos preços em nível de consumidor, em função do cenário apresentado.  

Coco seco – Embora o preço tenha oscilado negativamente (21,78%) em fevereiro, com relação a janeiro, os valores de comercialização estão bastante elevados e muito acima da média histórica, ou seja, R$ 84,00 o cento, ou R$ 1,30 o quilo, este cenário decorre da queda muito expressiva na oferta nos últimos anos, em virtude da barreira comercial que limita a importação do produto, desde 2002, vale registrar que esta proibição se expira em 31/08/2012, abrindo espaço para grandes exportadores ,como Indonésia e Vietnam.Outra variável altista foi a erradicação de grandes áreas de coqueirais, no vale do São Francisco na Bahia maior produtor nacional, devido aos preços aviltados praticados neste período, que não justificava os investimentos necessários para se evitar problemas fitossanitários, e obter boa produtividade. Outro fator importante para este cenário é o vácuo na produção com a renovação das plantas, pois a produtividade em coqueirais velhos é baixa, além da concorrência com as indústrias de beneficiamento do coco. O período de safra ocorre de janeiro a maio, no entanto em função do cenário exposto a tendência é de preços elevados em nível de consumidor.          

Coco verde – O aumento relativo de 1,15% no preço em fevereiro com relação a janeiro, reflete o aquecimento da demanda, em função do verão, e, temporada de praias, deixando os valores de comercialização  acima da média histórica, ou seja, R$ 0,68 a unidade.A expectativa é de manutenção de preços elevados, já que estamos no período da entressafra, que ocorre de novembro a abril. 

Goiaba – O período de safra que ocorre entre janeiro e abril, provoca  aumento na oferta e queda de (5,05%) no preço em fevereiro com relação ao mês anterior, embora os valores de comercialização continuem acima do valor médio histórico, ou seja, R$ 1,20 o quilo ou R$ 24,00 a caixa com 20 a 22 quilos. Este cenário altista decorre da infestação de nematóides nas goiabeiras no Vale do São Francisco, e em outras regiões produtoras do norte do Estado de São Paulo (Taquaritinga) que reduziu drasticamente a produção, a qualidade, e a quantidade da goiaba ofertada na CEASA.A expectativa é de aumento discreto dos preços, em nível de consumidor, no curto prazo, em função do cenário exposto. 

Laranja pera – O mercado de laranja estar muito instável, e indefinido, constatamos uma redução na oferta, e, na demanda, provocando uma oscilação negativa de (2,91%) no preço em fevereiro, quando comparado com o mês anterior.  Este cenário decorre principalmente do período de entressafra, que ocorre de março a maio, além da severa infestação de caramujos nos laranjais de Sergipe ocorrida no ano passado, prejudicando a produção. A tendência é de aumento dos preços no curto prazo em nível de consumidor. O preço médio histórico gira em torno de R$ 12,00 o cento, ou R$ 0,60 o quilo.Outra variável que pode provocar grandes oscilações na oferta e no preço no mercado interno, é o contencioso internacional com o suco de laranja destinado aos EUA, que teve sua entrada proibida por conta do fungicida carbendazim, utilizado nos laranjais do parque citrícula de São Paulo, provocando uma super oferta, e grandes perdas aos produtores.    

Limão taity – O aumento da oferta, decorrente do período de safra, que ocorre de janeiro a agosto, provoca recuo gradativo de 23,98% no preço em fevereiro, com relação a janeiro.Os valores de comercialização estão abaixo da faixa média histórica, ou seja, R$ 7,80 o cento ou R$ 1,15 o quilo.A tendência é de preços atrativos no curto, médio prazo em nível de consumidor.  

Maçã nacional – A queda no preço de (13,45%) em fevereiro com relação a janeiro, decorre principalmente do Aumento da oferta, e da qualidade da fruta, em função do período de safra que ocorre de fevereiro a julho, com destaque para março, abril e maio.O preço médio histórico, gira em torno de R$ 2,20 o quilo, ou R$ 40,00 a cx com 18 kg. A expectativa é de recuo dos preços, em função do início da colheita da boa safra do Rio Grande do Sul.

Mamão hawai – Apesar da estabilidade no preço em fevereiro, quando comparado com janeiro, os valores de comercialização estão bem acima da média histórica, ou seja, R$ 1,20 o quilo, e decorre principalmente da queda na produção provocada por problemas climáticos (estiagem prolongada em outubro e novembro/2011) na Bahia, importante fornecedor do produto para este entreposto, e excesso de chuvas atualmente no Espírito Santo, segundo maior produtor, atrás justamente da Bahia primeiro produtor  desta fruta no país.  Portanto a tendência ainda é de preços elevados e acima da média histórica, em nível de consumidor no curto prazo, não obstante estarmos no período de safra que ocorre de janeiro a junho.  

Maracujá  O aumento de 32,33% no preço em fevereiro  com relação a janeiro,  decorre da diminuição da área de produção, em virtude da migração de produtores para outras culturas mais rentáveis, em função da gangorra dos preços nos últimos anos, e o elevado custo de produção, como energia para os pólos irrigados, além do investimento necessário com estacas,  arame, e despesas de custeio com fertilizantes e defensivos agrícolas.Os valores de comercialização continuam muito acima da média histórica, ou seja, em torno de R$ 24,00 o cento ou R$ 1,80  o quilo. Portanto a tendência é de preços elevados em nível de consumidor no curto, médio prazo, não obstante estarmos no primeiro intervalo de safra que ocorre de janeiro a março.

Melancia – O aumento de 6,38% no preço em fevereiro, com relação a janeiro, decorre da diminuição da oferta, reflexo da proximidade com o período de entressafra que ocorre de março a agosto, com destaque para maio, junho e julho.A tendência é de preços elevados em nível de consumidor no curto, médio prazo.Vale ressaltar que o preço médio histórico gira em torno de R$ 0,45 o quilo.

Melão espanhol – A Queda de (4,76%) no preço em fevereiro, quando comparado com o mês de janeiro, deixa os valores dentro da média histórica, ou seja, R$ 1,00 o quilo. No entanto a tendência é de aumento discreto dos preços em nível de consumidor,em função do período de entressafra que ocorre de março a agosto.  

Uva Itália Apesar da queda de (4,34%) em fevereiro, com relação a janeiro, os valores de comercialização estão ligeiramente acima da média histórica, em função do período de entressafra que ocorre de outubro a abril.Os valores de comercialização ficaram acima da média histórica, ou seja, R$ 2,48 o quilo, ou 45,00 a caixa com 18 kg.  A tendência é de estabilidade, com viés de alta dos preços no curto prazo em nível de consumidor, em patamares ainda acima da média histórica.   

Sugestões de consumo:   Limão,Graviola, banana, melancia e melão.

Grupo III (Cereais/Oleaginosas).

Açúcar - A conjunção dos fatores abaixo relacionados, justifica os valores elevados, apesar do recuo de (18,60%) em 12 meses, R$ 49,35 em fevereiro/11 e R$ 40,17 em fevereiro/12 o fardo de 30 kg. A variação mensal foi negativa de (1,69%) no preço em fevereiro/12. com  relação a janeiro/12. 

1º Queda na produção de cana do Brasil na safra 2011/12  por conta de problemas climáticos (estiagem prolongada) no final de 2010, e excesso de chuvas no início de 2011, além da falta de investimento em novas plantas, e,  no melhoramento dos canaviais 

2º A entressafra nacional que deve continuar até meados de abril. 

3º O aumento expressivo no consumo de etanol, por conta do aumento na produção de veículo fuel-flex. Portanto a tendência no mercado interno é de aumento  discretos dos preços em nível de consumidor, no curto prazo reflexo do cenário acima descrito, não obstante, no mercado externo a commodity ter recuado progressivamente, em função da  estimativa de um aumento de 6 milhões de toneladas a mais na produção mundial, em 2012,oriunda principalmente da Austrália, Rússia e Europa. Vale salientar que o preço médio histórico é de R$ 35,00 o fardo de 30 quilos.   

Arroz Parboilizado – A oscilação positiva de 2,37% no preço em fevereiro, quando comparado com o mês anterior, é reflexo das medidas governamentais adotadas, como o PEP, com o objetivo de escoar os estoques, e equilibrar oferta e demanda, principalmente agora com o início da colheita da safra 2011/12.

A iniciativa de grupos privados de transformar grãos de 3ª e 4ª (quebrados) em etanol, vai contribuir com o escoamento da produção.Os valores de comercialização estão atrativos para o consumidor e dentro da faixa  média histórica, ou seja, R$ 46,00 o fardo de 30 kg.Outra variável importante, é a importação do produto do Mercosul, sobretudo do Uruguai, massacrando ainda mais o nosso produtor que tem uma alta carga tributária.A tendência é de preços atrativos em nível de consumidor. Porém a seca que afetou os estados do sul do país, principalmente o Rio Grande do Sul e o Paraná, prejudicando sobremaneira as lavouras de arroz, feijão, milho e o soja, gera um ambiente de incerteza na oferta  e comercialização destes produtos.  

Feijão carioquinha – Embora o preço tenha oscilado negativamente (1,46%) em fevereiro com relação a janeiro, os valores continuam muito elevados e fora da faixa média histórica, ou seja, R$ 88,00 o fardo de 30 quilos.Este cenário foi provocado principalmente pela quebra na produção, em torno de 215.000 t. decorrente principalmente da diminuição da área plantada, na primeira e segunda safra, e dos problemas climáticos, seca  no sul do Brasil principalmente no Rio Grande do Sul e no Paraná, este último maior produtor nacional. Apesar da boa colheita do grão em 2010/11, 3.788 a previsão de  março da conab  é de 3.573 milhões de toneladas, em 2011/12 queda em torno de 6%, reflexo do desestimulo dos produtores pelos valores pagos nos últimos anos. acarretando uma natural migração para culturas mais rentáveis, como soja e milho.Portanto a tendência é de preços elevados em nível de consumidor, no curto médio prazo. 

Grupo IV (Carnes e Lacticínio).  

Boi gordo – Embora tenha havido uma melhora pontual no nível de oferta do boi a pasto, e uma discreta redução no preço da arroba (1,65%) em fevereiro, se comparado com o mês passado, a demanda interna aquecida, além da boa performance das exportações de carnes o resultado é inevitável, preços elevados em nível de consumidor.A quantidade de animais oriundos dos confinamentos está muito aquém, do que normalmente é disponibilizado aos abatedouros, por conta do aumento substancial dos grãos (commodities) sobretudo o milho e o soja elementos básicos na composição da ração.A expectativa momentânea é de manutenção e oscilações discretas dos preços.  

Frango – As oscilações no preço em fevereiro,com relação a janeiro, deixaram os valores de comercialização acima da média histórica, e, decorre  essencialmente do aumento nos custos de produção, já que a base da ração, o milho e o soja, são commodities que estão muito valorizadas no mercado interno e externo.A tendência é de preços ainda mais  elevados em nível de consumidor, em função do cenário exposto.  

Recife, 29 de fevereiro de 2012  

Marcos Antônio Barros

Chefe do Setor de Informações de Mercado Agrícola 

Fonte : SIMA - PE (DISQUE CEASA FONE : 3182-3545  - 08002813966  -  FAX:  3182-3534
Elaboração : Departamento Técnico/Supervisão de Informação e Acompanhamento de Mercado
Acesso a internet : www.ceasape.org.br

 

Fonte: DETEC