Recife, Pernambuco - Brasil

31/01/2012 - Comparativo mensal Janeiro/2012

SECRETARIA DE AGRICULTURA E REFORMA AGRÁRIA
CENTRO DE ABASTECIMENTO E LOGÍSTICA DE PERNAMBUCO - CEASA/PE- O.S
COMPARATIVO DOS PREÇOS (MAIS COMUM) EM NÍVEL DE ATACADO 
PRODUTOS   UNIDADE      INTERVALO VARIAÇÃOPREÇO MÉDIO
     A     B      B/A
31/12/1131/01/12  MENSALHISTÓRICO
  (R$)  (R$)      (%)
1. HORTALIÇAS
AbóboraKg  1,48  1,51    2,03 0,84
Alface  0,31  0,33   6,45 0,28
Alho NacionalCx 10 Kg 37,05 36,73  (0,86)52,20
Batatinha  Sc 50 Kg 69,05 77,05  11,59 68,00
Batata DoceArroba 20,57 22,55   9,63 13,20
Cebola PeraSc 20 Kg 20,00 23,05  15,25 20,00
CebolinhaMol. 1kg  1,48  1,36  (8,11)1,28
CoentroMol. 5a7kg 10,05  7,82 (22,19)9,60
CenouraKg  1,10  1,26  14,55 1,00
ChuchuCento 15,71 25,00  59,13 16,34
Inhame da CostaArroba 39,19 40,09   2,30 26,25
PepinoKg   0,61  0,74  21,31 0,64
Pimentão Cento 13,43 26,82  99,70 15,91
Repolho Kg  1,46  1,91  30,82 0,96
Tomate Cx 25 Kg 22,33 21,18  (5,15)21,75
VagemKg  2,05  2,34  14,15 1,95
VARIAÇÃO FINANCEIRA EM REAL 255,87289,74  13,24  - 
2. FRUTAS
Abacaxi Cento 98,10117,73  20,01 90,83
Banana PacovanCento  6,00  6,00   0,00 7,55
Coco SecoCento134,29113,64 (15,38)70,60
Coco VerdeCento 77,14 79,09   2,53 58,81
GoiabaCx 20a22kg 34,76 33,64  (3,22)23,98
Laranja Pera Cento 11,71 15,14  29,29 9,54
Limão Taity Cento 13,57  8,55 (36,99)6,76
Maçã Nacional Cx 18 Kg 50,00 48,91  (2,18)37,80
Mamão HawaíKg  2,21  2,00  (9,50)1,04
Maracujá Cento 27,86 27,50  (1,29)20,35
MelanciaKg  0,49  0,47  (4,08)0,42
Melão EspanholKg  1,05  1,05   0,00 0,89
Uva ItáliaCx 18 Kg54,5252,27  (4,13)43,02
VARIAÇÃO FINANCEIRA EM REAL511,70505,99  (1,12)  -
3. CEREAIS
Açucar CristalSc 50 Kg 73,52 71,98  (2,09)56,00
Açucar CristalFrd 30 Kg 42,90 40,86  (4,76)34,00
Arroz Parboizado TP1Frd 30 Kg 43,48 43,45  (0,07)45,00
Arroz Branco TP1Frd 30 Kg 44,22 44,64   0,95 49,00
Farinha de Mandioca TP2Frd 30 Kg 32,20 35,80  11,18 35,00
Feijão Carioquinha TP1Frd 30 Kg 93,48119,55  27,89 77,00
MamonaSc. 60kg Sinf. Sinf.     -  -
VARIAÇÃO FINANCEIRA EM REAL 329,80356,28   8,03   -
4. CARNES / AVES / LATICÍNIOS
Boi GordoArroba 15Kg106,71108,00   1,21 73,00
Carcaça SuinaKg  6,00  6,00   0,00 4,00
Caprino/OvinoArroba 15Kg177,86180,00   1,20 111,00
Frango-Resfriado Kg  3,90  4,00   2,56 3,10
Frango-Congelado Kg  3,75  3,90   4,00 2,39
Frango-Vivo Kg  2,51  2,58   2,79 2,00
Leite In Natura (Produtor)Litro Sinf. Sinf.     -  -
Leite In Natura (Indústria)Litro Sinf. Sinf.     -  -
VARIAÇÃO FINANCEIRA EM REAL 300,73304,48   1,25 -
NOTA : Os números entre parênteses representam a queda percentual no comportamento dos preços.
Fonte : SIMA - PE (DISQUE CEASA FONE : 3182-3545  - 08002813966  -  FAX:  3182-3534
Elaboração : Departamento Técnico/Supervisão de Informação e Acompanhamento de Mercado
Acesso a internet : www.ceasape.org.br

 

5–PONDERAÇÕES TÉCNICAS:  

Grupo I (Hortaliças/Tubérculos)

O comportamento dos preços na CEASA em janeiro com relação a dezembro, apresentou  variações financeira positiva em real de 13,24% nas hortaliças, 8,03% nos cereais 1,25% no segmento de carnes e laticínios e negativa de (1,12%) nas frutas.Vale salientar que quando comparado com janeiro do ano passado os preços das hortaliças recuaram (9,63%), as frutas ficaram com valores praticamente inalterados (0,37%) já os cereais aumentaram 4,97%, e o segmento de carnes teve um aumento relativo de 12,91%.

A tendência é de oscilações positivas, em nível de consumidor no curto prazo, sobretudo de produtos oriundos de outros estados, onde as condições climáticas estão adversas.  Vale salientar que os preços praticados na CEASA-PE são muitos inferiores aos de outros pontos comerciais. Consolidando este centro como a melhor opção de compras já que este atua como distribuidor e regulador do mercado. Faremos alguns comentários sobre as oscilações e outros que achamos pertinente.  

Abóbora – O aumento de 2,03% no preço em janeiro com relação a dezembro, deixa  os valores muito acima da média histórica, ou seja, R$ 0,84 o quilo, e decorre essencialmente do período da entressafra, que ocorre de janeiro a julho, com destaque para maio e junho, bem como, a queda na oferta do produto oriundo do Rio Grande do Norte, Haja vista,  que de janeiro a março, a oferta predominante do produto é deste Estado, em virtude de adversidades na produção.Portanto a expectativa é de manutenção e elevação dos preços em nível de consumidor, no curto, médio prazo.  

Alface, coentro e cebolinha - por serem culturas com características de cultivo peculiar,ciclo vegetativo curto e muito susceptível as boas condições climáticas, têm oscilações abruptas na oferta e no preço.

Apesar do aumento relativo no preço de 6,45% no alface, e queda de 22,19% no coentro, e 8,11% na cebolinha, em janeiro com relação ao mês de dezembro, estas oscilações são  absolutamente normais para estas culturas,em função das peculiaridades expostas.  A tendência é de aumento progressivo dos preços em nível de consumidor, em função do período de entressafra que ocorre de fevereiro a julho, com destaque para março, abril e maio. 

Alho nacional – a queda progressiva de (0,86%) no preço em janeiro com relação a dezembro, deixa os valores muito abaixo da faixa média histórica, ou seja, 52,20 a cx com 10 quilos, e decorre especialmente da boa oferta.A produção nacional em 2011, ficou em torno de 10 milhões de caixa com 10 quilos, 20% superior ao ano de 2010, em função do aumento de 5% da área cultivada no cerrado goiano, e ao clima favorável.Outro fator que concorre para o recuo dos preços, é a importação do produto da china, maior produtor mundial, que teve uma boa safra, e com este excesso baixou muito os preços, ficando inclusive abaixo dos custos de produção do alho nacional, que  subiu 7%, por conta da mão de obra escassa.A tendência é de estabilidade e oscilação positiva discreta dos preços em nível de consumidor, já que  estamos no período de safra que ocorre de janeiro a abril.  

Batatinha – O aumento de 11,59%, no preço em janeiro, com relação a dezembro, decorre do período de entressafra que ocorre de janeiro a junho, sobretudo em abril e maio, os valores de comercialização estão ligeiramente acima dos níveis médios históricos, ou seja, R$ 1,36 o quilo ou R$ 68,00 o saco de 50 kg.A tendência é de aumento gradativo em nível de consumidor, em função da queda na oferta, e perda da qualidade, que diminui abrindo espaço para aumento dos preços. Este fato ocorre em função das chuvas torrenciais com inundações na região sudeste do país, sobretudo em Minas Gerais, maior produtor nacional, criando dificuldades logísticas com armazenamento e transporte, reflexo das variações climáticas (chuva, temperatura alternada, e ventilação insuficiente) provocando o apodrecimento do produto ao longo da comercialização. 

Batata doce roxa – O aumento de 9,63% no preço em janeiro com relação a dezembro, decorre essencialmente na queda da oferta que temos constatado ao longo dos últimos anos, em virtude da migração da produção para outras culturas mais rentáveis, (cará são Tomé), por exemplo, não obstante estarmos no primeiro intervalo de safra que ocorre de janeiro a abril.O valor médio histórico gira em torno de R$ 15,00 a arroba de 15 quilos.A tendência é de elevação dos preços no curto prazo em nível de consumidor, em função do cenário exposto. 

Cebola Pera – O aumento de 15,25%) no preço em janeiro com relação a dezembro, reflete a diminuição da oferta, em função do período da entressafra regional, que ocorre  de janeiro a junho, com destaque para março,abril e maio.Os valores de comercialização ficaram ligeiramente acima da média histórica, ou seja, R$ 20,00 o saco com 20 quilos.A tendência é de aumento dos preços, em nível de consumidor, no curto e médio prazo, em função do cenário descrito, bem como o deslocamento do produto para outras regiões, principalmente o sudeste do país, que está enfrentando adversidades climáticas severas.     

Cenoura – A oscilação positiva de 14,55% no preço em janeiro, quando comparado com o mês anterior, é decorrente da diminuição da oferta provocada pela proximidade do período da entressafra que ocorre de março a julho.Os valores continuam  elevados e fora da faixa média histórica, ou seja, R$ 1,00 o kg. A tendência é de preços elevados e fora da média histórica, em nível de consumidor, no curto, médio prazo, por conta desse cenário adverso acima citado.   

Chuchu – por conta de sua produção ter alta dependência nas boas condições climáticas (sobretudo temperatura), sofre grandes oscilações na oferta e no preço.Com o aumento relativo de 59,13%  em janeiro com relação a dezembro,novembro, os valores ficaram acima da faixa  média histórica, ou seja, R$ 16,00 o cento ou R$ 0,55 o kg. A tendência é de elevação dos preços para o consumidor no curto, médio prazo, em função do período da entressafra, que ocorre de dezembro a abril. 

Inhame da costa – O aumento relativo de 2,30%, no preço em janeiro com relação a dezembro, deixa os valores ainda mais distantes da média histórica, ou seja, R$ 27,00 a arroba.Este cenário decorre essencialmente da diminuição da oferta em virtude do movimento migratório para a produção do cará da costa, verificado nos últimos anos, em detrimento do inhame da costa, em função da melhor produtividade do primeiro.A tendência é de estabilidade, embora com preços elevados em nível de consumidor no curto, médio prazo, e acima da média histórica, principalmente agora com a entrada do período da primeira entressafra, que ocorre de dezembro a fevereiro. 

Pepino – A redução da oferta, provocada pela proximidade do primeiro intervalo de entressafra, que ocorre de fevereiro a abril, provoca um aumento de 21,31% no preço em janeiro com relação a dezembro. Os valores de comercialização estão acima da média histórica, ou seja, R$ 0,65 o quilo. A tendência é de variações positivas dos preços, no curto, médio prazo, em nível de consumidor.  

Pimentão – O aumento pontual de 99,70% no preço em janeiro com relação a dezembro, reflete uma oscilação expressiva no nível da oferta, em função do deslocamento do produto para outras regiões do país, afetadas por intempéries climáticas.A tendência é acomodação dos preços em nível de consumidor no curto prazo, já que os valores ficaram muito fora da faixa média histórica. Vale salientar que o preço médio histórico gira em torno de R$ 15,00/16,00 o cento ou R$ 1,50 o quilo.  

Repolho – O aumento relativo de 30,82% nos preços em janeiro, com relação a dezembro, deixa os valores muito acima da faixa média histórica, ou seja, R$ 1,00 o kg.Apesar de estarmos em pleno período de safra, que ocorre entre agosto e março, detectamos uma diminuição da oferta, principalmente da oriunda do Espírito Santo, reflexo de queda na produção, decorrente de problemas climáticos, (excesso de chuvas no sudeste do país.) e a falta dela no agreste  do estado, principal produtor dessa hortaliça. a tendência é de aumento discreto dos preços  no curto prazo, em nível de consumidor.   

Tomate – A queda de (5,15%) no preço médio em janeiro, com relação a dezembro, decorre essencialmente do aumento da oferta em função do período da safra regional, que ocorre de agosto a fevereiro.Os valores estão dentro da faixa média histórica, ou seja, R$ 0,90 o quilo ou R$ 22,00 a cx. de 25 kg,  A tendência ainda é de preços atrativos no curto prazo, em nível de consumidor, reflexo do quadro regional, todavia, as severas condições climáticas e logísticas na região sudeste pode precipitar uma escalada altista.  

Vagem – O aumento relativo de 14,15% no preço em janeiro com relação a dezembro, decorre da queda na oferta e na qualidade do produto, provocada pela proximidade com o período de entressafra, que ocorre de março a setembro, com destaque para março, abril e maio,os valores estão acima da faixa média histórica, ou seja, em torno de R$ 1,95 o quilo.A tendência é de preços ainda mais elevados em nível de consumidor, no curto, médio prazo. .

Sugestões de consumo: alho, alface, batatinha, coentro, pepino, e tomate.  

Grupo II (Frutas) 

Abacaxi – O aumento de 14,15% no preço em janeiro com relação a dezembro, decorre essencialmente da diminuição da oferta em função da proximidade com o período de entressafra, que ocorre de fevereiro a julho os valores de comercialização estão acima da média histórica, ou seja, em torno de R$ 90,00 o cento.A tendência é de aumento gradativo dos preços em nível de consumidor, em função do cenário apresentado.  

Coco seco – Embora o preço tenha oscilado negativamente (15,38%) em janeiro, com relação a dezembro, os valores de comercialização estão bastante elevados e muito acima da média histórica, ou seja, R$ 70,00 o cento, ou R$ 1,10 o quilo, este cenário decorre da queda muito expressiva na oferta nos últimos anos, em virtude da barreira comercial que limita a importação do produto, desde 2002, vale registrar que esta proibição se expira em 31/08/2012, abrindo espaço para grandes exportadores ,como Indonésia e Vietnam.Outra variável altista foi a erradicação de grandes áreas de coqueirais, no vale do São Francisco na Bahia maior produtor nacional, devido aos preços aviltados praticados neste período,que não justificava os investimentos necessários para se evitar problemas fitossanitários, e obter boa produtividade. Outro fator importante para este cenário é o vácuo na produção com a renovação das plantas, pois a produtividade em coqueirais velhos é baixa, além da concorrência com as indústrias de beneficiamento do coco. O período de safra ocorre de dezembro a abril, portanto a tendência é de queda gradativa dos preços, em nível de consumidor, porém em patamares elevados em função dos motivos expostos.    

Coco verde – O aumento relativo de 2,53% no preço em janeiro com relação a dezembro, reflete o aquecimento da demanda, em função do verão, e, temporada de praias, deixando os valores de comercialização  acima da média histórica, ou seja, R$ 0,60 a unidade. a expectativa é de manutenção de preços elevados. 

Goiaba – O período de safra que ocorre entre janeiro e maio, provoca  aumento na oferta e queda de (3,22%) no preço em janeiro com relação ao mês anterior, embora os valores de comercialização continuem acima do valor médio histórico, ou seja, R$ 1,10 o quilo ou R$ 24,00 a caixa com 20 a 22 quilos. Este cenário decorre da infestação de nematóides nas goiabeiras no Vale do São Francisco, e em outras regiões produtoras do norte do Estado de São Paulo (Taquaritinga) que reduziu drasticamente a produção, a qualidade, e a quantidade da goiaba ofertada na CEASA.A expectativa é de aumento discreto dos preços, em nível de consumidor, no curto prazo, em função do cenário exposto. 

Laranja pera – constatamos uma redução na oferta, provocando um  aumento de 29,29% no preço em janeiro com relação a dezembro em nível de consumidor,não obstante ainda estarmos  no período de safra que ocorre de junho a fevereiro.Este cenário decorre principalmente pela seca que assola Sergipe, além da severa infestação de caramujos nos laranjais, ocorrida no ano passado, prejudicando a produção e a oferta, e consequentemente o preço do produto.A tendência é de recuo dos preços no curto prazo em nível de consumidor,haja vista, que os valores ainda estão acima da média histórica, ou seja , R$ 0,47 o kg ou R$ 9,50 o cento.Outra variável que tem que ser levada em consideração, é o contencioso internacional com o suco de laranja destinado aos EUA, que teve sua entrada proibida por conta do uso do fungicida carbendazim, nos laranjais do parque citrícula de São Paulo.    

Limão taity – O aumento da oferta, decorrente do período de safra, que ocorre de janeiro a agosto, provoca recuo de 36,99% no preço em janeiro, com relação a dezembro.Os valores de comercialização estão dentro da faixa média histórica, ou seja, R$ 7,00 o cento ou R$ 1,00 o quilo.A tendência é de queda progressiva dos preços, no curto, médio prazo em nível de consumidor.  

Maçã nacional – Apesar da queda no preço em janeiro com relação a dezembro os valores de comercialização estão elevados, e decorre principalmente da diminuição da oferta e da qualidade da fruta, em função do período da entressafra que ocorre de outubro a fevereiro.O preço médio histórico, gira em torno de R$ 2,10 o quilo, ou R$ 37,80 a cx com 18 kg. A expectativa é de recuo dos preços, em função da proximidade com o período de safra, que ocorre de março a setembro, com destaque para março, abril e maio.Outro fator baixista é a qualidade da fruta, afetada pelas chuvas intensas de granizo, que ocorreram recentemente em Santa Catarina, prejudicando sobremaneira a produção no Estado que é o maior produtor nacional.   

Mamão hawai – Apesar do recuo de (9,50%) no preço em janeiro, quando comparado com dezembro, os valores de comercialização estão bem acima da média histórica, ou  seja, R$ 1,00 o quilo, e decorre principalmente da queda na produção provocada por problemas climáticos (estiagem prolongada em outubro e novembro/2011) na Bahia, importante fornecedor do produto para este entreposto, e excesso de chuvas atualmente, inclusive no Espírito Santo, segundo maior produtor, atrás justamente da Bahia primeiro produtor  desta fruta no país.  Portanto a tendência ainda é de preços elevados e acima da média histórica, em nível de consumidor no curto prazo, não obstante estarmos no período de safra que ocorre de janeiro a junho.   

Maracujá – Apesar da oscilação negativa de (1,29%), em janeiro com relação a dezembro, a expectativa é de preços elevados em nível de consumidor, e decorre da diminuição da produção e oferta, em virtude da intensa estiagem com o atraso da estação chuvosa.Os valores de comercialização continuam acima da média histórica, ou seja, R$ 20,00 o cento ou R$ 1,50 o quilo. Portanto a tendência é de preços elevados em nível de consumidor no curto, médio prazo, não obstante estarmos  no primeiro intervalo de safra que ocorre de janeiro a março. 

Melancia – a queda de (4,08%) no preço em janeiro, com relação a dezembro, decorre do aumento da oferta, reflexo do período da safra regional que ocorre entre outubro e fevereiro. Outra variável que concorreu com esta boa oferta, foi a  produtividade obtida na  safra goiana, em torno de 50 toneladas por hectare, quando a média da região não passa de 35 t. Além do início da colheita da safra paulista com produto de boa qualidade. Este cenário aumenta a distribuição do fruto no centro oeste e no sudeste do país, impactando negativamente os preços em todos os entrepostos. No entanto, a tendência agora, é de elevação dos preços em nível de consumidor, no curto, médio prazo, tendo em vista, o período de entressafra que ocorre de março a setembro.Vale salientar que o preço médio histórico, gira em torno de R$ 0,45 o quilo. 

Melão espanhol – A estabilidade no preço em janeiro, quando comparado com o mês de dezembro, deixa os valores ligeiramente acima da média histórica, ou seja, R$ 0,90 o quilo, no entanto a tendência é de recuo e estabilidade nos preços no curto prazo, em função da estabilidade na oferta, reflexo  do período de safra que ocorre de setembro a fevereiro. Vale registrar que produtores do RN, estão colhendo uma boa safra, como o estado é um importante exportador e fornecedor do fruto, a expectativa é de uma boa oferta neste entreposto.  

Uva Itália Apesar da queda de (4,13%) em janeiro, com relação a dezembro, os valores de comercialização estão ligeiramente acima da média histórica, em função do período de entressafra que ocorre de outubro a abril.Os valores de comercialização ficaram acima da média histórica, ou seja, R$ 2,40 o quilo, ou 43,00 a caixa com 18 kg.  A tendência é de recuo dos preços no curto prazo em nível de consumidor, porém em patamares ainda acima da média histórica.   

Sugestões de consumo:  Laranja Pêra, Limão,Graviola, banana, melancia e melão.

Grupo III (Cereais/Oleaginosas).

Açúcar - A conjunção dos fatores abaixo relacionados, justifica os valores elevados, apesar do recuo de (19,05%) em 12 meses, R$ 88,92 em janeiro/11 e R$ 71,98 em janeiro/12 o saco de 50 kg. A variação mensal foi negativa de (2,09%) no preço em janeiro com relação a dezembro.  

1º Queda na produção de cana do Brasil nesta safra, por conta de problemas climáticos (estiagem prolongada) em 2010, e excesso de chuvas em 2011,além da falta de investimento no melhoramento dos canaviais.

2º Problemas climáticos na Ásia (chuvas devastadoras) comprometendo a oferta de açúcar no curto prazo.A tendência no mercado interno é de queda discreta dos preços em nível de consumidor, no curto prazo reflexo da estimativa de um aumento de 6 milhões de toneladas a mais na produção mundial, em 2012,oriunda principalmente da Austrália e Rússia.Vale salientar que o preço médio histórico é de R$ 55,00 a saca de 50kg. 

Arroz Parboilizado – A oscilação negativa de (0,07%) no preço em janeiro, com relação a dezembro, deixa os valores de comercialização bem atrativos para o consumidor e até abaixo da média histórica, ou seja, R$ 45,00 o fardo de 30 kg.Este cenário é decorrente, do aumento da oferta, em função da comercialização da boa safra 2010/2011, no Rio Grande do Sul,(13.613 milhões de toneladas) estado que responde por 63% da produção nacional.Outra variável significante, é a importação do produto do Mercosul, sobretudo do Uruguai, massacrando ainda mais o nosso produtor que tem uma alta carga tributaria.A tendência é de preços atrativos em nível de consumidor. Porém a seca que afeta os estados do sul do país, principalmente o Rio Grande do Sul e o Paraná, prejudicando sobremaneira as lavouras de arroz, feijão, milho e o soja, gera um ambiente de incerteza na oferta  e comercialização destes produtos.  

Feijão carioquinha – o aumento progressivo de 27,89% no preço em janeiro com relação a dezembro, provocado principalmente pela quebra na produção, sobretudo do Paraná, maior produtor nacional, decorrente da diminuição da área e dos problemas climáticos, seca  no sul do Brasil principalmente no Rio Grande do Sul e no Paraná. Apesar da boa colheita do grão em 2010/11, 3.787 milhões de toneladas, a tendência é de preços elevados em nível de consumidor, no curto médio prazo, em função da diminuição da oferta, decorrente do recuo da área e da produção para a safra 2011/2012, reflexo do desestímulo dos produtores pelos valores pagos, acarretando uma natural migração para culturas mais rentáveis, soja e milho por exemplo.    

Grupo IV (Carnes e Lacticínio).

Boi gordo – Embora tenha havido uma melhora pontual no nível de oferta, do boi a pasto, a pouca oferta de animais, reduz significativamente a escala de abate nos frigoríficos, e com a demanda interna aquecida, além da boa performance das exportações de carnes o resultado é inevitável, preços elevados em nível de consumidor.A quantidade de animais oriundos dos confinamentos está muito aquém, do que normalmente é disponibilizado aos abatedouros, por conta do aumento substancial dos grãos (commodities) sobretudo o milho e o soja elementos básicos na composição da ração.A expectativa momentânea é de manutenção e oscilações discretas dos preços.  

Frango – As oscilações positivas no preço em janeiro,com relação a dezembro,decorre  essencialmente do aumento nos custos de produção, já que a base da ração, o milho e o soja, são commodities que estão muito valorizadas no mercado interno e externo.A tendência é de preços elevados em nível de consumidor, em função do cenário exposto.   

Recife, 31 de janeiro de 2012  

Marcos Antônio Barros

Chefe do Setor de Informações de Mercado Agrícola  

Fonte : SIMA - PE (DISQUE CEASA FONE : 3182-3545  - 08002813966  -  FAX:  3182-3534
Elaboração : Departamento Técnico/Supervisão de Informação e Acompanhamento de Mercado
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  Fonte: DETEC