Recife, Pernambuco - Brasil

30/06/2012 - Comparativo mensal JUNHO/2012

SECRETARIA DE AGRICULTURA E REFORMA AGRÁRIA

 

 

 

 

 

 

CENTRO DE ABASTECIMENTO E LOGÍSTICA DE PERNAMBUCO - CEASA/PE- O.S

 

 

 

COMPARATIVO DOS PREÇOS (MAIS COMUM) EM NÍVEL DE ATACADO 

 

PRODUTOS  UNIDADE       INTERVALO  VARIAÇÃOPREÇO MÉDIO
     A   B     B/A
31/05/1230/06/12  MENSALHISTÓRICO
  (R$)  (R$)     (%)
1. HORTALIÇAS
AbóboraKg  2,14  2,25    5,14    0,84
Alface  0,66  0,64   (3,03)   0,28
Alho NacionalCx 10 Kg 49,36 64,10   29,86   52,20
Batatinha  Sc 50 Kg 66,82 75,75   13,36   68,00
Batata DoceArroba 25,00 23,70   (5,20)  13,20
Cará São ToméArroba-15Kg 18,00 20,30   12,78   17,10
Cebola PeraSc 20 Kg 32,91 27,10  (17,65)  20,00
CebolinhaMol. 1kg  1,82  1,39  (23,63)   1,28
CoentroMol. 5a7kg  1,50  1,56   4,00    9,60
Feijao verde c/cascaKg 17,64 14,90  (15,53)   1,06
CenouraKg 13,82  9,95  (28,00)   1,00
ChuchuCento  2,22  2,30   3,60   16,34
Inhame da CostaArroba 47,95 51,75   7,92   26,25
Milho verde50 espigas 18,05 21,55  19,39   15,00
PepinoKg  0,73  0,86  17,81    0,64
Pimentão Cento 13,64 14,20   4,11   15,91
Repolho Kg  1,79  1,99  11,17    0,96
Tomate Cx 25 Kg 37,95 31,25 (17,65)  21,75
VagemKg  3,23  3,08  (4,64)   1,95
VARIAÇÃO FINANCEIRA EM REAL 355,23368,62   3,77       - 
2. FRUTAS
Abacaxi Cento159,09170,00  6,86   90,83
Banana PacovanCento 10,00  10,00  0,00    7,55
Coco SecoCento 80,45 82,00  1,93   70,60
Coco VerdeCento 79,55 77,00 (3,21)  58,81
GoiabaCx 20a22kg 37,73 40,75  8,00   23,98
Laranja Pera Cento 13,00 12,75 (1,92)   9,54
Limão Taity Cento  7,27  6,95 (4,40)   6,76
Maçã Nacional Cx 18 Kg 37,86 41,50  9,61   37,80
Mamão HawaíKg  1,70  1,30(23,53)   1,04
Maracujá Cento 32,95 28,50(13,51)  20,35
MelanciaKg  0,60  0,60  0,00    0,42
Melão EspanholKg  1,20  1,13 (5,83)   0,89
Uva ItáliaCx 18 Kg 49,77 45,00 (9,58)  43,02
VARIAÇÃO FINANCEIRA EM REAL511,17517,48  1,23      -
3. CEREAIS
Açucar CristalSc 50 Kg 75,95 76,84   1,17   56,00
Açucar CristalFrd 30 Kg 43,56 43,76   0,46   34,00
Arroz Parboilizado TP1Frd 30 Kg 45,73 46,62   1,95   45,00
Arroz Branco TP1Frd 30 Kg 48,89 50,15   2,58   49,00
Farinha de Mandioca TP2Frd 30 Kg 43,20 42,94  (0,60)  35,00
Feijão Carioquinha TP1Frd 30 Kg 141,26125,10 (11,44)  77,00
Feijão MacassarFrd 30 Kg 73,13 72,41  (0,98)  81,00
Feijão PretoFrd 30 Kg 93,70 92,95  (0,80)  76,00
MamonaSc. 60kg Sinf. Sinf.     -     -
VARIAÇÃO FINANCEIRA EM REAL 565,42550,77  (2,59)     -
4. CARNES / AVES / LATICÍNIOS
Boi GordoArroba 15Kg104,05103,00  (1,01)  73,00
Carcaça SuinaKg 5,60 5,50  (1,79)     4,00
Caprino/OvinoArroba 15Kg150,00150,00   0,00 111,00
Frango-Resfriado Kg  3,80 3,79  (0,26)   3,10
Frango-Congelado Kg  3,51 3,66   4,27    2,39
Frango-Vivo Kg  2,85 2,45(14,04)   2,00
Leite In Natura (Produtor)Litro Sinf. Sinf.    -    -
Leite In Natura (Indústria)Litro Sinf. Sinf.    -    -
VARIAÇÃO FINANCEIRA EM REAL 269,81268,40(0,52)     -

5–PONDERAÇÕES TÉCNICAS:   Grupo I (Hortaliças/Tubérculos) 

Os preços médios na CEASA em junho/12, com relação a junho do ano passado apresentaram variações negativas em real de (10,52%) nas hortaliças, e positivas de 2,95% no grupo das frutas, os de cereais tiveram um aumento de 16,92% e o de carnes 6,96%  Vale salientar que quando comparado o mês de junho com o mês de maio do corrente ano os preços das hortaliças tiveram uma oscilação positiva de 3,77%, e as frutas de 1,23% os cereais recuaram (2,59%)  e as carnes (0,52%).    Vale salientar que os preços praticados na CEASA-PE são muitos inferiores aos de outros pontos comerciais. Consolidando este centro como a melhor opção de compras já que este atua como distribuidor e regulador do mercado.Faremos alguns comentários sobre as oscilações e outros que achamos pertinente.  

Abóbora  A variação positiva de 134,38% no preço médio de junho, com relação ao mesmo período do ano passado,  decorre da diminuição expressiva da oferta, provocada pela entressafra do produto, que ocorre de fevereiro a julho. Agravada este ano pela seca severa que atinge o nordeste.Vale salientar que entre junho e agosto, a oferta predominante é do nosso estado, este ano atípico o fluxo maior está vindo do Maranhão e Rio Grande do Norte, que também sofrem os efeitos das adversidades climáticas.Os  preços continuam muito acima da média histórica sazonal, ou seja, R$ 1,10 o quilo. A expectativa é de preços muito elevados e acima da média histórica em nível de consumidor, no curto, médio prazo.  

Alface, coentro e cebolinha - por serem culturas com características de cultivo peculiar, ciclo vegetativo curto e muito susceptível as boas condições climáticas, têm oscilações abruptas na oferta e no preço.O aumento dos preços médios 48,84% do alface, 11,17% do coentro, e queda acentuada de (72,75%) da cebolinha, em junho/12 com relação ao ano passado, não causa estranheza e são resultantes das atipicidades climáticas já citadas no preâmbulo. Haja vista, o fato de estarmos em plena entressafra, e os preços estarem abaixo dos níveis históricos.A tendência estar atrelada às condições climáticas, sobretudo ao regime das chuvas, que alteram significativamente a oferta e os preços destes produtos em nível de consumidor.  

Alho nacional – A queda de (34,53%) em junho/12 com relação ao mesmo período do ano passado  deixa os valores na faixa média histórica sazonal, ou seja, R$ 64,30 a cx com 10 quilos, e decorre do realinhamento dos preços, já que os preços estavam muito elevados e fora da média histórica o ano passado. A produção nacional em gira em torno de 10 milhões de caixa de 10 quilos, uma produtividade média em torno de 18 toneladas por hectare, isto representa em torno de 30% do nosso consumo, Goiás, Minas Gerais e o Rio Grande do Sul, são os maiores produtores do país. O restante é importado  da China e da Argentina, portanto ficar ligado no câmbio. A China maior produtor mundial, teve uma redução de 25% na sua produção este ano, o custo deles produzirem é de  R$ 15,00/20,00, a cx com 10 quilos, muito abaixo dos custos de produção do alho nacional, que é em torno de R$ 45,00.A tendência é de oscilação positiva dos preços em nível de consumidor, em função do exposto, além do período de entressafra, que ocorre entre abril e agosto.  

Batatinha – O recuo de (10,36%) no preço em junho/12, com relação ao ano passado, não obstante estarmos no período do 1º intervalo de entressafra, que ocorre em abril, maio e junho, decorre das boas condições climáticas atuais na região norte de Minas Gerais, maior produtor nacional, e no Paraná. O normal nesse período seria excesso de chuvas com dificuldade na colheita e na logística em geral, como armazenamento e transporte, reflexo das variações do clima (temperatura alternada – frio, calor) provocando o apodrecimento do produto ao longo da comercialização.Os valores de comercialização estão abaixo dos níveis médios históricos, ou seja, R$ 1,65 o quilo ou R$ 82,50 o saco de 50 kg.A tendência é de queda discreta dos preços em nível de consumidor, de julho a outubro, em função do período de safra. 

Batata doce roxa – O aumento expressivo de 38,68% no preço em junho/12, com relação a junho do ano passado, decorre essencialmente da queda na oferta que temos constatado ao longo dos últimos anos, em virtude da diminuição da área de produção, ocupadas por culturas mais rentáveis, (cará são tomé) por exemplo. além da seca severa que afeta o nordeste, forçando a importação do produto de, Minas Gerais especificamente. O valor médio histórico gira em torno de R$ 15,00 a arroba de 15 quilos.A tendência é de valores elevados, no curto prazo em nível de consumidor, haja vista, ainda estarmos no período de entressafra, que ocorre de março a junho.  

Cará São Tomé – O aumento de 35,33% no preço de junho/12, quando comparado com igual período do ano passado, deixou os valores de comercialização acima da faixa média histórica, ou seja, R$ 14,00 a arroba de 15 quilos, não obstante estarmos no período de safra, que ocorre entre março e setembro, com  destaque para maio, junho e julho.Apesar do reajuste o preço do cará é muito atrativo para o consumidor, se comparado com o inhame da costa. Fatores que concorrem  para  este cenário.  1º O aumento muito expressivo da produção, a partir de 2010, em função da migração dos produtores de outras cultivares de inhame  para o cará são tomé, em função da sua melhor produtividade. 2º O preço muito atrativo em nível de consumidor, 55% em média abaixo de outras cultivares de inhame, além da boa palatabilidade e dos altos valores nutricionais do produto, estimulando o consumo e a produção. A tendência  é  de variação positiva discreta dos preços  em nível de consumidor no curto, médio prazo, em função do aumento da demanda. 

Cebola Pera – O aumento relativo de 3,44%, no preço médio de junho/12, se comparado com  junho/11, decorre principalmente da diminuição da oferta, em função do período da entressafra regional, que ocorre de fevereiro a junho, além das chuvas no sudeste do país, sobretudo em São Paulo, dificultando a colheita e prejudicando os produtores e a comercialização do produto.Outra variável altista é a  seca severa que afeta o nordeste, incluindo o vale do médio são Francisco, oeste de Pernambuco  importante região produtora, bem como a estiagem do início do ano nos estados sulistas,que afetou significativamente a produção no Rio Grande do Sul e Santa Catarina, este último maior produtor nacional, que nesta época do ano dar um importante aporte a esse entreposto.Os valores de comercialização estão ligeiramente acima da média histórica do período, ou seja, R$ 25,00 o saco com 20 quilos.A tendência é de variação positiva  discreta dos preços, no curto prazo, em nível de consumidor.     

Cenoura – O aumento de 56% no preço em junho/12, com relação ao mesmo período do ano passado, reflete o período de entressafra, que ocorre de janeiro a julho, com diminuição da oferta e da qualidade do produto, a expectativa  ainda é de preços elevados em nível de consumidor,Outro componente decisivo, para a manutenção dos preços, em patamares elevados, é a seca severa que atingiu o nordeste, sobretudo o estado da Bahia, incluindo o município de Lapão, um dos maiores produtores em nível nacional, e importante fornecedor para este entreposto.Os valores  estão muito acima da faixa média histórica, ou seja, R$ 1,00 o kg.  

Chuchu – por conta de sua produção ter alta dependência nas boas condições climáticas (sobretudo temperatura), sofre grandes oscilações na oferta e no preço.Daí a queda expressiva de (30,54%) no preço em junho/12,com relação a junho/11, já que as condições climáticas desse ano estão muito favoráveis, sem o excesso de chuvas que seria o normal para essa época. Os valores continuam abaixo da faixa  média histórica, ou seja, R$ 12,00 o cento ou R$ 0,40 o kg. A tendência, é de oscilações discreta  com preços atrativos para o consumidor, no curto, médio prazo, em função do período de safra, que ocorre de junho a dezembro. 

Inhame da costa – O aumento progressivo de 17,48% no preço do produto em junho deste ano quando comparado com junho do ano passado, decorre essencialmente da queda muito significativa da oferta, em virtude da diminuição da área cultivada e consequentemente da produção, reflexo do movimento migratório para a produção do

cará são Tomé.Este panorama está sendo verificado nos últimos anos, em função da melhor produtividade do cará, boa palatabilidade, com sabor e valores nutricionais muito semelhantes ao inhame da costa, além da diferença no preço que em junho/12 chegou a 155%A tendência é de preços ainda mais elevados em nível de consumidor no curto, médio prazo, e acima da média histórica, ou seja, R$ 36,00 a arroba de 15 quilos. Em função dos motivos expostos, além do período de entressafra, que ocorre de dezembro a julho. 

Pepino – Apesar da queda no preço de (25,22%) em junho/12, com relação a junho/11, os valores estão bem acima da média histórica, ou seja, R$ 0,68 o quilo.Embora o período de safra ocorra de julho a setembro, a tendência é de variações positivas dos preços, no curto prazo, em nível de consumidor, em função das alterações climáticas relevantes.  

Pimentão – O recuo significativo de (33,33%) no preço em junho/12 com relação ao mesmo período do ano passado, decorre principalmente do aumento da oferta, decorrente das boas condições climáticas para o cultivo, (sem o excesso de chuvas que ocorre nessa época) não obstante estarmos no período de entressafra que ocorre entre março e junho  com destaque para abril e maio.A tendência é de oscilações discreta positiva em nível de consumidor, em função da melhor qualidade do produto.   Vale salientar, que os valores estão dentro da faixa média histórica do período, ou seja, R$ 18,00 o cento ou R$ 1,70 o quilo.   

Repolho – O aumento relativo de 99,%, no preço em junho/12 quando comparado com junho do ano passado, decorre da queda expressiva da oferta, em função do período da entressafra que ocorre de abril a julho, este ano notadamente com a seca que assola o nordeste, neste período recebemos um aporte da região sudeste, Espírito Santo principalmente, o transporte é um componente altista importante na formação do preço. Os valores continuam acima da faixa média histórica do período, ou seja, R$ 1,25 o kg.  A tendência é de preços elevados em nível de consumidor no curto, médio prazo.  

Tomate – A queda pontual de (20,89%) no preço em junho/12, com relação a junho/11, decorre  essencialmente do aumento da oferta do produto, não obstante, estarmos no período da entressafra, que ocorre entre março e julho.Provocado pelas condições favoráveis de cultivo, (sem o excesso de chuvas que ocorre neste período no agreste e zona da mata) principais polos produtores, além da oferta oriunda do sertão do estado.Os valores de comercialização estão ligeiramente acima da média histórica do período, ou seja, R$ 1,20 o quilo ou 30,00 a cx. de 25 kg.A tendência, no entanto, é de diminuição da oferta, no curto prazo, com aumento dos preços em nível de consumidor, já que ainda estamos dentro do período da entressafra.  

Vagem – Apesar da oscilação negativa de (31,25%) no preço em junho/12, se comparado com o mesmo período do ano passado, em função das boas condições de cultivo, não obstante estarmos no período da entressafra.Os valores de comercialização continuam acima da média histórica sazonal, ou seja, R$ 2,60 o quilo, em função do período de entressafra, que ocorre de março a junho. Os preços deverão continuar elevados em nível de consumidor,  por conta do efeitos negativos da seca  que atuou em todo primeiro semestre,  no agreste do estado,  principal região produtora, invertendo o calendário agrícola, já que o normal agora seria preços atrativos, reflexo do período de safra que ocorre de julho a fevereiro.  .

Sugestões de consumo: alho, batatinha, cará são tomé, coentro, pepino,  pimentão. 

Grupo II (Frutas) Abacaxi – O reajuste de 47,19% no preço em junho/12, quando comparado com o ano passado, deixou os valores de comercialização bastante elevados e fora da faixa média histórica do período, que é em torno de R$ 100,00 o cento.Este panorama, decorre essencialmente da diminuição da oferta em função do período de entressafra, que ocorre de fevereiro a junho, agravado esse ano pela seca severa que assola o nordeste, região que se destaca como produtora. A tendência é de preços elevados em nível de consumidor, porém com redução gradativa de julho a dezembro, período de safra do produto. 

Banana Pacovan – O aumento progressivo de 25% no preço em junho/12, com relação ao mesmo período do ano passado, é reflexo da queda na oferta e da qualidade do produto, decorrente do período da entressafra que ocorre entre março e agosto, com destaque para abril, maio e junho.Outro fator que concorre com a diminuição da oferta, é a seca severa que assola estados nordestinos, prejudicando todo ciclo produtivo.Vale salientar, que o preço médio histórico nessa época gira  em torno de R$ 8,00 o cento.A tendência é de valores firmes, em nível de consumidor, no curto, médio prazo. 

Coco seco – A queda  progressiva e acentuada no preço (43,06%) na média de junho do corrente ano, com relação a junho/11, é reflexo da regressão dos valores, para os níveis históricos do período, ou seja, R$ 90,00 o cento ou R$ 1,30 o kg. já que esses estavam bastante elevados e muito acima da média histórica,  portanto anormais para os padrões de mercado O cenário altista anterior decorreu da queda muito expressiva na oferta nos últimos anos, em virtude da barreira comercial que limita a importação do produto, desde 2002, vale registrar que esta proibição se expira em 31/08/2012, abrindo espaço para grandes exportadores ,como Indonésia e Vietnam.Outra variável altista foi a erradicação de grandes áreas de coqueirais, no vale do São Francisco na Bahia, maior produtor nacional, devido aos preços aviltados praticados nos últimos anos, que não justificava os investimentos necessários para se evitar problemas fitossanitários, e obter boa produtividade.Além da concorrência com as indústrias de beneficiamento do coco.A tendência é de normalidade do mercado e estabilidade dos preços, com valores dentro da faixa média histórica e atrativo para o consumidor. Vale salientar, que o período da entressafra ocorre entre junho e novembro. Porém o panorama é de equilíbrio da oferta,demanda e preços. 

Coco verde – Apesar da estabilidade dos preços em junho/12 com relação a junho/11, os valores de comercialização estão acima da média histórica, no período, ou seja, R$ 60,00 o cento reflexo da  demanda maior em função do prolongamento do verão, e, temporada de praias.A expectativa é de oscilações discreta dos preços,  para o consumidor, já que estamos no período de safra, que ocorre de  maio a outubro, equilibrando a oferta  e demanda.  

Goiaba – A majoração progressiva de 30,40%  no preço em junho do corrente ano, se comparado com o mesmo período do ano anterior, é reflexo da queda na oferta decorrente do 1º intervalo  da entressafra que ocorre de maio a julho, deixando os valores de comercialização  bem acima do valor médio histórico, ou seja, R$ 1,30 o quilo ou R$ 28,00 a caixa com 20 a 22 quilos.A expectativa é de aumentos no preço, ainda maiores no curto prazo para o consumidor, reflexo dos efeitos da seca que atingiu quase todo nordeste.  

Laranja pera – O mercado de laranja estar muito instável, e indefinido, o início da colheita em São Paulo, maior parque citrícola do mundo, com uma produção estimada em mais de 374 milhões de caixas de 40,8 kg. certamente impacta todo mercado, a discreta oscilação de 3,66% no preço de junho/12 com relação a junho/11, deixa os valores de comercialização ligeiramente acima da média histórica do período, ou seja, R$ 11,00 o cento, ou R$ 0,56 o quilo. Vale ressaltar que estamos no período de safra, que ocorre de junho a abril, portanto a tendência é de preços bem atrativos para o consumidor, no curto, médio prazo, apesar da seca severa que incide em Sergipe e na Bahia, principais fornecedores do produto deste entreposto.Outra variável que pode provocar grandes oscilações na oferta e no preço no mercado interno, é o panorama da produção, estoques e demanda internacional, o suco concentrado  o Brasil exporta mais de 90%, deste 70% vai para a EU os  EUA 15%, o restante Japão e outros.Com a crise europeia, e o embargo dos EUA por conta do  uso do fungicida Carbedazim, a situação dos produtores fica muito complicada, sem colocação no mercado, este excedente provoca uma derrocada significativa dos preços.    

Limão taity – O aumento expressivo e progressivo de 34,95% no preço em junho do corrente ano, com relação a junho/11, apesar de estarmos no período de safra que ocorre de janeiro a agosto, é reflexo da diminuição da oferta e da qualidade do produto, em função das dificuldades inerentes aos efeitos da seca que atinge o nordeste.Os valores estão ligeiramente acima da média histórica do período, ou seja, R$ 5,31 o cento, ou R$ 0,77 o quilo. A tendência é que haja oscilações positivas nos valores de comercialização, em nível de consumidor no curto, médio prazo. 

Maçã nacional – A comercialização está equilibrada, entre oferta e demanda, o aumento relativo de 12,16% em junho/12, quando comparado com o mesmo período do ano passado, deixa os valores ligeiramente acima da média histórica do período, ou seja, R$ 35,00 a cx com 18 quilos, contudo muito atrativo para o consumidor. Em função da safra que ocorre entre fevereiro e julho.  A expectativa é de manutenção dos preços, com oscilações discretas em função da boa safra no sul do País.

Mamão hawai – Apesar do recuo de (5,11%), no preço em junho do corrente ano, com relação ao mesmo período do ano passado, os valores de comercialização ficaram ligeiramente acima da média histórica do período, ou seja, R$ 1,15 o quilo, embora estejamos ainda no período de safra, que ocorre de janeiro a junho.Constatamos uma diminuição na qualidade e na oferta, em virtude da seca que afeta os estados produtores, Bahia e Paraíba, importantes fornecedores desta fruta, para o nosso entreposto. Esta variável, associada com o período de entressafra que ocorre de julho a dezembro, aponta para aumento dos preços em nível de consumidor no curto, médio prazo. 

Maracujá - O Aumento de 14% no preço em junho/12, se comparado com igual período do  ano passado, não obstante estarmos no período de safra, que ocorre de janeiro a julho, remete os valores de comercialização para  níveis ligeiramente acima da média histórica do período, ou seja, em torno de R$ 25,00, o cento ou R$ 1,88 o quilo. A expectativa é de aumento dos valores de comercialização, no curto médio prazo, em nível de consumidor, já que houve uma redução no número de produtores, desestimulados pela gangorra dos preços, e pelo elevado custeio, com mão de obra, fertilizantes e defensivos, além do investimento com estacas e arame.Outra variável altista, é a seca que assola todo nordeste, prejudicando sobremaneira a produção e a produtividade. 

Melancia – Apesar da oscilação negativa de (3,23%) no preço em junho do corrente ano, quando comparado com o ano anterior, deixa  os valores praticados na comercialização ligeiramente superiores a média histórica do período que é em torno de R$ 0,54 o quilo.Este panorama decorre essencialmente da diminuição da oferta e da qualidade do fruto, reflexo da seca, que aflige a região nordestina, gerando déficit hídrico na planta, impedindo seu desenvolvimento vegetativo, além das altas temperaturas que provoca o aborto da floração e queda do fruto. Outro fator importante neste cenário é a entressafra que ocorre de março a agosto, com destaque para maio, junho e julho.A tendência é de preços elevados, em nível de consumidor, e acima dos níveis médios históricos, no curto, médio prazo, em função do cenário descrito.   

Melão espanhol – A queda de (22,07%) no preço em junho/12, quando comparado com o mesmo  período do ano passado, deixa os valores de comercialização, abaixo da faixa média histórica do período, que é R$ 1,39 o kg., não obstante estarmos em plena entressafra, que ocorre de março a agosto.No entanto as boas condições climáticas, favorecendo o cultivo irrigado, aumenta significativamente a oferta  do produto.  A tendência é de preços atrativos, em nível de consumidor, em função do cenário descrito.   

Uva Itália -  A oscilação positiva de 2,27% no preço em junho/12, com relação a junho/11, deixaram os valores de comercialização acima da média histórica neste período, ou seja, R$ 2,13 o quilo, ou 38,00 a caixa com 18 kg, não obstante estarmos no período de safra, que ocorre de maio a setembro.A seca que atingiu fortemente o nordeste, alterou significativamente os custos de produção daí a tendência altista em nível de consumidor, no curto prazo, decorrente do cenário exposto.    

Sugestões de consumo:  laranja,  limão, maçã,Graviola, uva. 

Grupo III (Cereais/Oleaginosas).  

Açúcar - A conjunção dos fatores abaixo relacionados, justifica os valores elevados, apesar do recuo progressivo de (8,24%) em 12 meses, R$ 47,69 em junho/11 e R$ 43,76 em junho/12, o fardo de 30 kg. A variação mensal foi positiva 0,46%  no preço em junho/12, com  relação a maio. O valor médio histórico é de R$ 35,00 o fardo de 30 quilos. 1º Queda na produção de cana do Brasil na safra 2011/12  por conta de problemas climáticos, além da falta de investimento em novas plantas, e,  no melhoramento do canavial. 2º O aumento expressivo no consumo de etanol, por conta do aumento na produção de veículo fuel-flex. A tendência no entanto do mercado interno é de oscilação positiva dos preços em nível de consumidor, no curto prazo, reflexo das fortes chuvas em São Paulo, prejudicando sobremaneira a colheita de cana, vale salientar que estamos no período da safra do centro-sul.  A commodity tem recuado progressivamente, com relação a junho do ano passado (16,15%), em função do aumento dos estoques globais, e da produção mundial, em 2012, oriunda principalmente da Índia, Tailândia, Austrália, Rússia e Europa.   

Arroz Parboilizado – O aumento de 16;11% no preço em junho/12, com relação a junho/11, confirmou a tendência altista, em função dos fundamentos abaixo relacionados.: A quebra da safra nacional, 2011/12, estimada em 11.559, contra 13.613 milhões de toneladas em 2011/11, provocada principalmente pela seca que atingiu o Rio Grande do Sul no início do ano, este o maior produtor nacional, e pela redução da área plantada. Medidas governamentais adotadas, com o objetivo de escoar os estoques, e equilibrar oferta e demanda, principalmente agora com o início da colheita da safra 2011/12. A iniciativa de grupos privados de transformar grãos de 3ª e 4ª (quebrados) em etanol, vai contribuir com o escoamento da produção. Outra variável importante, é o aumento das exportações, do produto nacional, invertendo um cenário recente  com importações  do Mercosul, sobretudo do Uruguai. A seca que afetou os estados do sul do país, principalmente o Rio Grande do Sul e o Paraná, prejudicando sobremaneira as lavouras de arroz, feijão, milho e o soja, gera um ambiente de incerteza na oferta  e comercialização destes produtos.  Apesar desse cenário, a tendência é de elevação discreta dos preços em nível de consumidor, e valores ligeiramente acima da faixa média histórica, que é, R$ 46,00 o fardo de 30 quilos.  

Feijão carioquinha – O mercado está muito oscilante, mas vem arrefecendo gradativamente, em função da comercialização da safrinha, que, diga-se, de passagem foi muito boa, já que os preços estavam elevados e estimularam os produtores, no entanto não é o suficiente para suprir a perda da safra total, que dos 3.788 milhões de toneladas em 2010/11, caiu para algo em torno de 2.933 milhões de toneladas.O aumento médio de 82,68% no preço em junho/12, com relação ao mesmo período do ano passado, deixou os valores muito elevados e fora da faixa média histórica, que é de R$ 88,00 o fardo com 30 quilos.Este cenário foi provocado principalmente pela quebra na produção total de feijão da safra 2011/12, estimada em torno de 29% que em valores absolutos representa aproximadamente 855.000 mil toneladas a menos nas prateleiras dos supermercados.Este cenário é reflexo das dificuldades dos produtores na comercialização das safras dos últimos anos com preços muito baixos e oscilantes, desestimulando o plantio, e acarretando uma migração para culturas mais rentáveis, caso da soja e do milho. Este movimento provocou uma significante diminuição da área plantada, na primeira safra.Além dos problemas climáticos, seca e mais recentemente geada no sul do Brasil. principalmente no Rio Grande do Sul e no Paraná, este último maior produtor nacional.Outra variável muito importante neste ambiente de alta é a seca severa e configurada que assola quase todo nordeste, sobretudo a Bahia, notadamente a importante região produtora de feijão de Irecê, onde as perdas ficaram em torno de 80%.A tendência é de queda dos preços no curto prazo, em função da colheita e comercialização da segunda safra em MT(181.000t – ¾ caupi) e PR., ambos aumentaram significativamente a área de produção., porém  não supre as perdas do conjunto de safras, e os valores continuam bastante elevados em nível de consumidor.   

Grupo IV (Carnes e Laticínio).  

Boi gordo – O realinhamento positivo de 0,64% no preço da arroba em junho/12, com relação a junho/11, foi provocado pela, demanda  interna aquecida.No entanto, o mercado se apresenta com uma oferta maior de animais, já que o prolongamento das chuvas aumentou as pastagens por parte dos produtores, e isto aumenta a disponibilidade para o abate, com redução do preço da arroba do boi gordo.Embora a quantidade de animais oriundos dos confinamentos esteja muito aquém, do que normalmente é disponibilizado aos abatedouros, por conta do aumento substancial dos grãos (commodities) sobretudo o milho e o soja elementos básicos na composição da ração.A expectativa momentânea é de  oscilações negativas dos preços.  

Frango – As oscilações no preço em junho/12, com relação junho do ano passado, deixaram os valores de comercialização acima da média histórica, e, decorre  essencialmente do aumento nos custos de produção, já que a base da ração, o milho e o soja, são commodities que estão muito valorizadas no mercado interno e externo.A tendência é de oscilações positivas, em nível de consumidor, em função do cenário exposto, embora o preço do frango vivo, em função da demanda reprimida, e aumento de aves alojadas, vem apontando para queda de valores no curto prazo.  Recife, 30 de junho de 2012  Marcos Antônio BarrosChefe do Setor de Informações de Mercado Agrícola 

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Fonte: DETEC