Recife, Pernambuco - Brasil

31/03/2010 - Comparativo mensal Março/2010

SECRETARIA DE AGRICULTURA E REFORMA AGRÁRIA
CENTRO DE ABASTECIMENTO ALIMENTAR DE PERNAMBUCO - CEASA/PE - O.S
COMPARATIVO DOS PREÇOS(MAIS COMUM) EM NÍVEL DE ATACADO
COMPARATIVO MENSAL 

DIAS

    VARIAÇÃO
 

A

B

C

C/A

C/B

PRODUTOS

UNIDADE

28/02/10

25/03/2010

31/03/10

SEMANAL

MENSAL

 

 

  (R$)

  (R$)

  (R$)

    (%)

    (%)

1. HORTALIÇAS

 

 

 

 

 

 

Abóbora

Kg

0,70

0,60

0,67

     11,67

          (4,29)

Alface

0,39

0,30

0,36

       20,00

          (7,69)

Alho Nacional

Cx 10 Kg

75,82

78,00

78,00

                  -  

            2,88

Batatinha 

Sc 50 Kg

83,24

90,00

110,00

           22,22

           32,15

Batata Doce

Arroba

15,00

17,00

16,22

           (4,59)

             8,13

Cebola Pera

Sc 20 Kg

27,06

32,00

31,48

            (1,63)

           16,33

Cebolinha

Mol. 1kg

1,06

1,50

1,50

                  -  

            41,51

Coentro

Mol. 5a7kg

11,06

22,00

15,87

         (27,86)

          43,49

Cenoura

Kg

1,12

1,40

1,53

             9,29

           36,61

Chuchu

Cento

24,53

48,00

40,83

          (14,94)

          66,45

Inhame da Costa

Arroba

28,94

30,00

29,74

           (0,87)

            2,76

Pepino

Kg

0,80

0,60

0,74

           23,33

          (7,50)

Pimentão

Cento

16,24

30,00

43,57

           45,23

        168,29

Repolho

Kg

0,78

1,20

1,02

          (15,00)

          30,77

Tomate

Cx 30 Kg

22,06

45,00

44,57

           (0,96)

        102,04

Vagem

Kg

3,41

4,00

3,96

            (1,00)

            16,13

VARIAÇÃO TOTAL

 

312,21

401,60

420,06

            4,60

    34,54

2. FRUTAS

 

 

 

 

 

 

Abacaxi

Cento

91,76

100,00

101,30

              1,30

           10,40

Banana Pacovan

Cento

6,82

8,00

7,61

           (4,88)

            11,58

Coco Seco

Cento

81,76

80,00

80,00

                  -  

           (2,15)

Coco Verde

Cento

89,41

90,00

87,83

            (2,41)

           (1,77)

Goiaba

Cx 25kg

26,18

30,00

29,57

            (1,43)

           12,95

Laranja Pera

Cento

10,12

15,00

13,57

           (9,53)

          34,09

Limão Taity

Cento

6,00

5,00

5,09

            1,80

          (15,17)

Maracujá

Cento

20,00

15,00

15,43

             2,87

        (22,85)

Melancia

Kg

0,39

0,60

0,56

           (6,67)

          43,59

Melão Espanhol

Kg

0,82

1,00

0,99

            (1,00)

          20,73

Mamão Hawaí

Kg

0,80

1,00

1,10

            10,00

          37,50

Maçã Nacional

Cx 18 Kg

39,53

30,00

30,65

              2,17

        (22,46)

Uva Itália

Cx 20 Kg

63,53

60,00

59,35

            (1,08)

          (6,58)

VARIAÇÃO TOTAL

 

437,12

435,60

433,05

           (0,59)

    (0,93)

3. CEREAIS

 

 

 

 

 

 

Açucar Cristal

Sc 50 Kg

87,00

87,00

87,00

                  -  

                 -  

Açucar Cristal

Frd 30 Kg

52,09

49,00

49,78

              1,59

          (4,43)

Arroz Beneficiado TP1

Frd 30 Kg

49,82

48,00

49,91

             3,98

             0,18

Arroz Branco TP1

Frd 30 Kg

60,16

57,78

58,91

              1,96

          (2,08)

Farinha de Mandioca TP2

Frd 30 Kg

31,26

35,80

33,59

            (6,17)

            7,45

Feijão Carioquinha TP1

Frd 30 Kg

63,78

70,00

64,48

           (7,89)

              1,10

Mamona

Sc. 60kg

70,00

70,00

70,00

                  -  

                 -  

VARIAÇÃO TOTAL

 

414,11

965,78

413,67

         (57,17)

      (0,11)

4. CARNES / AVES / LATICÍNIOS

 

 

 

 

 

Boi Gordo

Arroba 15Kg

83,00

83,00

83,00

                  -  

                 -  

Carcaça Suina

Kg

4,40

4,40

4,40

                  -  

                 -  

Caprino/Ovino

Arroba 15Kg

120,00

120,00

120,00

                  -  

                 -  

Frango-Resfriado

Kg

3,60

3,70

3,62

            (2,16)

            0,56

Frango-Congelado

Kg

2,38

2,39

2,37

           (0,84)

          (0,42)

Frango-Vivo

Kg

2,38

2,50

2,42

           (3,20)

             1,68

Leite In Natura (Indústria)

Litro

Sinf.

Sinf.

Sinf.

           -

 -

Leite In Natura (Produtor)

Litro

Sinf.

Sinf.

Sinf.

           -

 -

VARIAÇÃO TOTAL

 

215,76

215,99

215,81

           (0,08)

      0,02

NOTA : Os números entre parênteses representam a queda percentual no comportamento dos preços.

(DISQUE CEASA FONE : 3182-3545  - 08002813966  -  FAX:  3182-3534
Elaboração : Departamento Técnico/Supervisão de Informação e Acompanhamento de Mercado
Acesso a internet : www.ceasape.org.br

5–PONDERAÇÕES TÉCNICAS: Grupo(Hortaliças/Tubérculos) O comportamento dos preços na CEASA em março, apresentou variação positiva de 34,54% com relação a fevereiro nas hortaliças tubérculos e queda de (0,93%) nas frutas.Estas variações refletem o período de entressafra regional da maioria das horticolas, associado as dificuldades diversas, condições climáticas(excesso de chuvas temporais, seca, etc..), ocorridas em outras regiões do País, principalmente sul e sudeste provocando o deslocamento em maior escala dos produtos. Todavia os preços praticados na CEASA-PE são muitos inferiores aos de outros pontos comerciais. Consolidando este centro como a melhor opção de compras já que esta atua como distribuidora e regulador de mercado. Faremos alguns comentários sobre as oscilações e outros que achamos pertinente. 

 Abóbora a queda de (4,29%) no preço em março com relação a fevereiro mesmo no período da entressafra que ocorre entre novembro e abril, se deve a antecipação da safra Maranhense que ocorre de março a junho para fevereiro, em busca de melhores preços, isso aumentou a oferta já que o Maranhão é um dos grandes fornecedores de abóbora do Nordeste e do país.Vale salientar que o valor médio histórico é R$ 0,75 o kg. 

Alface, Coentro e Cebolinhapor serem culturas de características de cultivo peculiar, ciclo vegetativo curto e muito susceptível as boas condições climáticas, tem oscilações abruptas na oferta e no preço, portanto a tendência é altista no curto e médio prazo em virtude da entressafra  que ocorre de fevereiro a julho provocada pela instabilidade climática que geralmente ocorre no 1º semestre.

 Alho nacional – o aumento de 2,88% no preço em março com relação a fevereiro decorre da retração da oferta Mineira, Paulista e Goiana principais produtores do produto nacional, reflexo da proximidade com o período de entressafra que ocorre de abril a setembro.Além da queda nas importações da China da Argentina decorrente das restrições comerciais impostas pro esse País.Vale ressaltar que estamos na época do plantio com aumento da área em 10%, em Catalão (GO) com colheita prevista para agosto, os preços em nível de produtor aumentaram em torno de 78% com relação ao ano passado.O preço praticado em março ultrapassou muitos os valores históricos de R$ 43,00 a cx com 10kg. 

Batatinha– historicamente no 1º semestre, a oferta oscila e a qualidade diminui abrindo espaço para  aumento dos preços. Este fato ocorre em função das chuvas na Região Sul e Sudeste do País, sobretudo em Minas Gerais, maior produtor nacional, criando dificuldades logísticas com armazenamento e transporte, reflexo das variações do clima (chuva, temperatura alternada e ventilação) provocando o apodrecimento do produto ao longo da comercialização.Em fevereiro e março normalmente a oferta aumenta e o preço recua, todavia o excesso de chuvas na região sudeste e no estado da Bahia nos últimos dias, provocou aumento dos preços na ordem de 32,15%.O período de entressafra ocorre de abril a julho, portanto a tendência é de valores muito acima do valor médio histórico no curto médio prazo, ou seja, R$ 1,00 o kg. 

Batata doce roxa – o preço médio de R$ 16,22 a arroba de 15 Kg, em março com relação a fevereiro estar elevado e fora do patamar histórico, ou seja R$ 14,00/15,00, reflexo da diminuição da oferta, decorrente do período da entressafra que ocorre de março a julho.Portanto a tendência é de preços altos no curto e médio prazo. 

Cebola Pera   o aumento de 16,33% no preço em março com relação a fevereiro deixa os valores muito elevados, reflexo  da entressafra que ocorre entre fevereiro a agosto e das adversidades climáticas no sudeste. A tendência é que os preços se mantenham altos e se elevem ainda mais até agosto sobretudo em março, maio e junho, embora  o Vale do São Francisco tenha uma produção quase continua ao longo do ano.Cabe registrar que a média historia fica em torno de R$ 18,00 o saco com 20kg.   

Cenourapreço está bastante  elevado, reflexo da diminuição da oferta, em virtude do período de entressafra que ocorre de fevereiro a julho, sobretudo este ano que a região de Lapão na Bahia importante fornecedor do produto teve severos problemas climáticos seca no ano passado e excesso de chuvas torrenciais atualmente. A tendência é de preços altos em nível de consumidor neste período sobretudo em abril e junho.Os valores de comercialização estão muito acima da média histórica que é de R$ 0,90 o kg.

 Chuchu – por conta de sua produção ter alta dependência nas boas condições climáticas (sobretudo temperatura), sofre grande oscilações na oferta e no preço.O preço está muito acima da média histórica ou seja R$ 14,00 o cento ou R$ 0,46 o kg.A expectativa é de oscilações positivas no período da entressafra que ocorre entre dezembro e abril. 

Inhame da costao aumento de 2,76% em março com relação a fevereiro,  decorre da diminuição da oferta em função do déficit hídrico para a produção do inhame irrigado do agreste do estado,, comercializado normalmente em março e abril. Outra variável importante é a migração de produtores do inhame da costa, para o cará são tomé.Portanto a expectativa é de preços elevados em nível de consumidor já que a entressafra ocorre de maio a junho.O valor continua muito acima da referencia histórica, ou seja, R$ 22,00 a arroba de 15kg, ou R$ 1,47 o kg.  

Pepino – a queda de (7,50%), no preço em março com relação a fevereiro, decorre do aumento da oferta em virtude da proximidade com o  período de safra que ocorre de abril a junho.Portanto a tendência é de queda ainda maior dos preços em nível de consumidor, no curto e médio prazo. 

Pimentãoo aumento de 168,29% no preço em março quando comparado com fevereiro, é reflexo da diminuição da oferta decorrente do período da entressafra que ocorre entre fevereiro e julho, com destaque para março e abril.Outra variável que tem provocado a diminuição da oferta é o controle maior com o monitoramento da utilização de agroquímicos no produto por parte da ADAGRO/CEASA/PE.Portanto a tendência é altista no curto e médio prazo em nível de consumidor.Vale ressaltar que o preço médio é de R$ 15,00/16,00 o cento ou R$ 1,50 o kg.

 Repolho – o aumento de 30,77% em março com relação a fevereiro, decorre da diminuição da oferta em virtude da entressafra do produto que ocorre de março a julho.A expectativa é de preços elevados em nível de consumidor, sobretudo em abril, maio e junho.O valor médio histórico fica em torno de R$ 0,90 o kg. 

Tomateo aumento gradativo de 102,04% no preço em março com relação a fevereiro, decorre da diminuição da oferta em função do período da entressafra que ocorre entre fevereiro e julho, com destaque para maio, junho e julho, a expectativa é de elevação gradual dos preços no curto e médio prazo. Outra variável que aponta para aumento dos valores, é o deslocamento do produto para outros entrepostos, com déficit na oferta por conta dos problemas climáticos (excesso de chuvas) nas regiões sul/sudeste, centro oeste e parte do nordeste (Bahia).Vale ressaltar que o preço médio histórico é de R$ 0,80 o kg.  

Vagem – o aumento relativo de 16,13% no preço na média de março com relação a fevereiro, decorre da queda da oferta provocada pela entressafra do produto, que ocorre de fevereiro a agosto, portanto a tendência é de preços elevados neste período, em nível de consumidor. 

Sugestões de consumo: Pimentão. 

 Grupo II (Frutas) Abacaxi – o aumento de 10,40% no preço em março com relação a fevereiro, reflexo da perda da qualidade e decorrente do período de entressafra que ocorre entre fevereiro e julho, a expectativa é de  aumento gradativo dos preços em nível de consumidor no curto e médio prazo. 

Banana pacovana proximidade com período de entressafra que ocorre de abril a setembro, provoca uma retração na oferta e aumento de 10,40% no preço em março com relação a fevereiro, outra variável que tende a elevar os valores são as fortes chuvas que se precipitam no município de Petrolina tradicional fornecedor , atingindo o bananal e dificultando o acesso e transporte do produto. A expectativa é de aumento discreto dos preços em nível de consumidor.Vale salientar que o preço médio mensal fica em torno de R$ 8,00 o cento ou R$ 0,50 o kg. 

Coco secoa queda de (2,15%) no preço em março com relação a fevereiro, decorre do aumento da oferta em virtude do período da safra que ocorre de dezembro a maio.Vale registrar que o preço médio histórico fica em torno de R$ 76,00 o cento e R$ 1,20 o kg.  

Coco verde – apesar da queda de (1,77%) no preço em março, os valores estão muito acima da media histórica ou seja R$ 0,40 a unidade, reflexo da demanda maior em função do verão com aumento da temperatura e período de praias.A expectativa é de preços elevados no curto prazo não obstante o impulso também da oferta de outubro a março. 

Goiaba – a diminuição pontual da oferta, apesar do período de safra que ocorre de janeiro a maio, provocou um aumento de 12,95% em março com relação a fevereiro, e é reflexo da infestação de nematóides nas goiabeiras no Vale do São Francisco, que reduziu drasticamente a produção, a qualidade e a quantidade da goiaba ofertada na CEASA. Com isto o preço da caixa com 25kg ficou acima do valor médio histórico, ou seja, em torno de R$ 20,00.Vale salientar que o valor médio histórico é de R$ 22,00 a cx com 25kg ou R$ 0,88 o kg. 

Laranja pera – o aumento gradativo de 34,09% no preço em março com relação a fevereiro, decorre da diminuição da oferta em função da entressafra que acontece de fevereiro a maio, com destaque para março e abril.Outra variável importante é a consolidação do preço no suco no mercado internacional.  Portanto a tendência é de preços elevados neste período em nível de consumidor.Vale ressaltar que o valor médio histórico fica em torno de  R$ 0,39 o kg ou R$ 8,00 o cento.  

Limão taity – a queda progressiva de (15,17%) no preço em março com relação a fevereiro é  reflexo do aumento da oferta e da qualidade, decorrente do período de safra que ocorre de dezembro a agosto. A tendência é de preços atrativos em nível de consumidor no período supracitados.O valor médio mensal fica em torno de R$ 7,00 o cento ou R$ 1,00 o kg. 

Maracujáa queda de (22,85%) no preço em março, com relação a fevereiro, refletiu uma oferta maior oriunda do Ceará, acomodando os valores na faixa média histórica de R$ 16,00/17,00 o cento ou R$ 1,27 o kg. Contudo a diminuição na produção regional em virtude da migração para outras culturas mais rentáveis é notória.   As fortes chuvas que ocorreram nos estados do Ceará e da Bahia importantes fornecedor do produto, apontam para retração da oferta e aumento dos preços em nível de consumidor no curto e médio prazo. Vale salientar que o período de safra ocorre entre fevereiro e julho. 

Melancia – o aumento do 43,59% no preço em março com relação a fevereiro, reflete a queda na oferta decorrente do período da entressafra que ocorre de fevereiro a julho, no entanto em abril e principalmente maio,historicamente o preço recua provavelmente em função da pouca demanda em função da estação chuvosa.Vale ressaltar que o preço médio fica em torno de R$ 0,40 o kg.  

 Melão espanhol – o aumento relativo de 20,73% em março com relação a fevereiro é reflexo da entressafra que ocorre de março a agosto.Portanto a expectativa é de oscilações positivas neste período.Vale salientar que o preço médio histórico fica em torno de R$ 0,77 o kg.

 Mamão hawai – embora estejamos em pleno período de safra, que ocorre de janeiro a junho, constatamos uma diminuição pontual na qualidade e na oferta e um aumento de 37,50% em março,, com relação a fevereiro em virtude das chuvas que assolam a Bahia, importante fornecedor desta fruta. O valor médio histórico gira em torno de R$ 0,94 o kg. 

Maçã nacional – a queda progressiva de (22,46%), no preço em março com relação a fevereiro, decorre do aumento da oferta do produto, reflexo do período de safra que ocorre de março a setembro com destaque para abril e maio.A expectativa é de preços atrativos em nível de consumidor nesta fase, sobretudo por conta da grande produção este ano na região sul, favorecido pelas boas condições climáticas.

Uva itáliaa proximidade com o período de safra que ocorre de abril a agosto, eleva o nível da oferta e provoca redução de (6,58%) no preço em março com relação a fevereiro.A tendência é de queda gradativa desses valores neste intervalo para os consumidores, sobretudo em maio e junho.O valor médio histórico é de R$ 2,21 o kg, ou R$ 44,00 a cx com 20kg. 

Sugestões de consumo:  Banana, graviola, maçã, melancia e limão taity.

 Grupo III (Cereais/Oleaginosas). 

Açúcar – a crescente demanda do consumo global e a queda na produção no México, China, Itália, Paquistão, Tailândia e aqui no Brasil (por conta do excesso de chuvas de novembro a março, no sudeste principalmente São Paulo maior produtor nacional), e a redução significante na Índia (segundo produtor mundial), com problemas climáticos(seca) que alterou o status de exportador a importador, com redução de algo em torno de 29 milhões de toneladas, para 14 milhões de tonelada na safra 2008/2009. A conjunção desses fatores justificam o aumento anual de 70%. No entanto, a antecipação da colheita 2010/2011 no sudeste do Brasil, por parte de algumas usinas, já que a safra normal começa em abril e maio, a previsão de uma supersafra, a retração dos preços na bolsa de Nova York. O somatório desses cenários aponta para estagnação e retração discreta dos preços no mercado interno. Obs.: O preço neste período do ano passado era de R$ 53,74 e hoje se encontra na faixa de R$ 87,00 o saco de 50Kg, a mais. 

Arroz – O Rio Grande do Sul iniciou a colheita da safra 2009/2010, prevista em 7.000.000 de toneladas, houve queda na produção decorrente de problemas climáticos, daí o realinhamento de 0,18% no preço em março com relação a fevereiro, o Rio Grande contribui com algo em torno de 63% da produção nacional.O Maranhão também iniciou a colheita com uma expectativa de produção 13% maior que no ano passado.Estes cenários devem provocar queda discreta dos preços no mercado interno no curto médio prazo, embora haja um forte ajuste entre oferta e demanda global.  

Feijão – o aumento de 1,10% no preço em março com relação a fevereiro encontra resposta na conjunção dos fatores abaixo relacionados. 1ª - A recomposição dos preços em nível de produtor já que desde 2009 estavam muito baixos, em torno de R$ 55,00 o sco de 60kg, hoje se encontra na faixa de R$ 110,00.  2ª - O excesso de chuvas nas regiões Sul/Sudeste e Centro Oeste do País, comprometeu a colheita a qualidade do grão e toda logística, principalmente o transporte com aumento do frete. 3ª - A escassez de chuvas  em tempo hábil em algumas regiões do NE, Bahia por exemplo reduziu significativamente a produção e a produtividade. 4ª - A redução da área plantada em alguns estados produtores menos tradicionais, por conta dos baixos valores praticados em 2009 desestimulando os produtores, provocou uma concentração do produto no centro sul do País, já que houve um aumento de 8,9 milhões na 1ª safra, justamente a que estar sendo comercializado neste período.A tendência é que com a diminuição das chuvas facilitando o escoamento e o avanço gradativo da colheita da 2ª safra, que por sinal recuou em torno de 5% haja uma acomodação nos preços em nível de consumidor no médio prazo.A expectativa é de aumento no curto prazo em nível de consumidor.Vale ressaltar que o preço médio histórico fica entre R$ 60,00 e R$ 70,00 o fardo de 30kg. 

Grupo IV (Carnes e Lacticínio). 

Boi gordo – mudança no ciclo produtivo, decorrente do abate de matrizes e redução de investimento provocado pelos preços baixos pagos ao produtor nos últimos anos, reduziu a oferta de animais, acarretando um aumento no patamar dos preços em nossa região.O incremento das exportações da carne bovina,  tem crescido consideravelmente com a recuperação e abertura de novos mercado. Apesar da safra a expectativa é de preços elevados em função da pouca disponibilidade de animais nos frigoríficos, reflexo da retenção no campo por parte dos produtores.

 Frango – as oscilações constatadas durante o mês de março, com relação a fevereiro, decorre principalmente, da variação das cotações dos insumos (milho e soja) nas bolsas  afetando o custo de produção.O aumento das exportações e da demanda interna tem dado sustentação aos preços.  

Recife, 31de março de 2010 Marcos Antônio Barros

Chefe do Setor de Informações de Mercado Agrícola

Fonte: SIMA/RCE

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: detec