Recife, Pernambuco - Brasil

30/11/2011 - Comparativo mensal Novembro/2011

 

SECRETARIA DE AGRICULTURA E REFORMA AGRÁRIA

CENTRO DE ABASTECIMENTO E LOGÍSTICA DE PERNAMBUCO - CEASA/PE- O.S

COMPARATIVO DOS PREÇOS (MAIS COMUM) EM NÍVEL DE ATACADO 

PRODUTOSUNIDADE       INTERVALO VARIAÇÃO PREÇO MÉDIO
     A   B    B/A
ATACADO31/10/1130/11/11 MENSALHISTÓRICO
  (R$)  (R$)(%)
1. HORTALIÇAS
AbóboraKg1,201,10(8,33)0,84
Alface0,210,2938,10 0,28
Alho NacionalCx 10 Kg44,5840,00(10,27)52,20
Batatinha  Sc 50 Kg60,7965,006,93 68,00
Batata DoceArroba15,0015,906,00 13,20
Cebola PeraSc 20 Kg17,2121,1522,89 20,00
CebolinhaMol. 1kg1,681,60(4,76)1,28
CoentroMol. 5a7kg6,0016,20170,00 9,60
CenouraKg1,621,44(11,11)1,00
ChuchuCento13,687,70(43,71)16,34
Inhame da CostaArroba33,3234,553,69 26,25
PepinoKg0,710,61(14,08)0,64
Pimentão Cento10,9516,9554,79 15,91
Repolho Kg1,291,25(3,10)0,96
Tomate Cx 25KG20,0019,60(2,00)21,75
VagemKg2,742,03(25,91)1,95
VARIAÇÃO EM REAL 230,98245,376,23  
2. FRUTAS
Abacaxi Cento96,3287,50(9,16)90,83
Banana PacovanCento6,006,000,00 7,55
Coco SecoCento149,47144,00(3,66)70,60
Coco VerdeCento79,4780,000,67 58,81
GoiabaCx 22kg30,5333,7510,55 23,98
Laranja Pera Cento10,0010,000,00 9,54
Limão Taity Cento27,3722,25(18,71)6,76
Maçã Nacional Cx 18 Kg48,4250,003,26 20,35
Mamão HawaíKg2,002,4321,50 0,42
Maracujá Cento34,7423,50(32,35)0,89
MelanciaKg0,510,50(1,96)1,04
Melão EspanholKg1,111,00(9,91)37,80
Uva ItáliaCx 18 Kg49,7446,75(6,01)43,02
VARIAÇÃO EM REAL 535,68507,68(5,23)-
3. CEREAIS
Açucar CristalSc 50 Kg75,3475,900,74 56,00
Açucar CristalFrd 30 Kg44,4944,46(0,07)34,00
Arroz Beneficiado TP1Frd 30 Kg42,3743,191,94 45,00
Arroz Branco TP1Frd 30 Kg44,6744,57(0,22)49,00
Farinha de Mandioca TP2Frd 30 Kg31,3931,23(0,51)35,00
Feijão Carioquinha TP1Frd 30 Kg82,2384,903,25 77,00
MamonaSc. 60kgSinf.Sinf.-0,00
VARIAÇÃO EM REAL 320,49324,251,17 -
4. CARNES / AVES / LATICÍNIOS
Boi GordoArroba 15Kg101,00101,750,74 73,00
Carcaça SuinaKg5,305,656,60 4,00
Caprino/OvinoArroba 15Kg135,00135,000,00 111,00
Frango-Resfriado Kg3,703,65(1,35)3,10
Frango-Congelado Kg3,483,42(1,72)2,39
Frango-Vivo Kg2,092,173,83 2,00
Leite In Natura (Produtor)LitroSinf.Sinf.--
Leite In Natura (Indústria)LitroSinf.Sinf.--
VARIAÇÃO FINANCEIRA EM REAL 250,57251,640,43 -

 

5–PONDERAÇÕES TÉCNICAS:  

Grupo I (Hortaliças/Tubérculos) O Segundo semestre caracteriza-se pela oferta maior e preços atrativos para o consumidor – em função do período de safra da grande maioria das  hortícolas, salvo algum fato específico ou alteração climática significante. A variação financeira positiva em real, 6,23,% nas hortaliças, e negativa (5,23%) nas frutas,  0,43% no segmento de carnes e laticínios, e 1,17% nos cereais,  ocorridas em novembro com relação a outubro, é considerada  absolutamente normal, já que os valores estão dentro da faixa média histórica, dando uma boa demonstração do equilíbrio do mercado.

A tendência é de continuidade de preços atrativos, em nível de consumidor. Vale salientar que os preços praticados na CEASA-PE são muitos inferiores aos de outros pontos comerciais. Consolidando este centro como a melhor opção de compras já que este atua como distribuidor e regulador do mercado. Faremos alguns comentários sobre as oscilações e outros que achamos pertinente.  

Abóbora – embora estejamos no período de safra, que ocorre de agosto a dezembro, e apesar do recuo dos preços de (8,33%) em novembro com relação a outubro, detectamos  uma retração na oferta do produto oriundo dos estados da .BA e SE, decorrente da falta de chuvas em regiões produtoras da Bahia. Os valores praticados estão acima  da faixa média histórica, ou seja, R$ 0,84 o quilo. A expectativa é de elevação  discreta dos preços  em nível de consumidor, no curto médio prazo.  

Alface, coentro e cebolinha - por serem culturas com características de cultivo peculiar,ciclo vegetativo curto e muito susceptível as boas condições climáticas, têm oscilações abruptas na oferta e no preço.O aumento relativo no preço de 38,10% no alface,  e 170% no coentro, e mesmo a queda de (4,76%) da cebolinha, em novembro com relação a outubro, é absolutamente normal pra estas culturas,em função das peculiaridades expostas.  A tendência é de oscilações discretas, e preços atrativos  em nível de consumidor.  

Alho nacional – a queda progressiva de (10,27%) no preço em novembro com relação a outubro, deixa os valores muito abaixo da faixa média histórica, ou seja, 52,20 a cx com 10 quilo, e decorre especialmente da boa oferta, a expectativa é que a produção nacional em 2011, gire em torno de 10 milhões de caixa com 10 quilos, 20% superior ao ano passado, em função do aumento de 5% na área cultivada no cerrado goiano,e ao clima favorável.Outro fator que concorre para o recuo dos preços, é a importação do produto da china, maior produtor mundial, que tiveram uma boa safra, e com este excesso baixaram muito os preços, ficando inclusive abaixo dos custos de produção do alho nacional. que este ano subiu 7%, por conta da mão de obra escassa.A tendência é de manutenção dos preços em nível de consumidor,não obstante estarmos no período da entressafra que ocorre de maio a dezembro.   

Batatinha – apesar do realinhamento de 6,93%, no preço em novembro, com relação a outubro, os valores de comercialização continuam abaixo dos níveis médios históricos, ou seja, R$1,36 o quilo ou R$ 68,00 o saco de 50 kg. Este cenário decorre do aumento da oferta, em virtude do período de safra que ocorre de julho a dezembro, sobretudo em agosto, setembro e outubro. A tendência é de preços atrativos em nível de consumidor, no curto prazo.  

Batata doce roxa – Apesar da oscilação positiva de 6% no preço em novembro se comparado a outubro, os valores continuam dentro da  faixa  média histórica, ou seja, R$ 15,00 a arroba de 15 quilos.No entanto a tendência é de elevação dos preços no curto prazo.    

Cebola Pera – O aumento de 22,89% no preço em novembro com relação a outubro, mesmo no período da safra regional (Vale do São Francisco), que ocorre de julho a dezembro, decorre do deslocamento do produto para outras regiões, principalmente o sul e sudeste do país, que estão enfrentando adversidades climáticas, além do final da safra mineira do alto Paranaíba, que foi antecipada. Os valores de comercialização ficaram ligeiramente acima do valor médio histórico, ou seja, R$ 20,00 o SC de 20 kg. A tendência é de aumento dos preços, em nível de consumidor, no curto e médio prazo, decorrente da proximidade com o período da entressafra que ocorre de janeiro a junho. 

Cenoura – apesar do recuo de 11,11% no preço em novembro com relação a outubro os valores continuam muito elevados e fora da faixa média histórica, ou seja, R$ 1,00 o kg. Este cenário decorre da estiagem prolongada, e o controle das águas dos poços, no município de Lapão, na Bahia. Um dos maiores produtores nacional, provocou uma queda acentuada na produção e na oferta, além da qualidade do produto.A tendência é de preços elevados e fora da média histórica, em nível de consumidor, no curto médio prazo, por conta desse cenário adverso acima citado, e o início do período de entressafra que ocorre de dezembro a julho.  

Chuchu – por conta de sua produção ter alta dependência nas boas condições climáticas (sobretudo temperatura), sofre grandes oscilações na oferta e no preço.Com a queda de (43,71%) em novembro com relação a outubro, os valores ficaram muito abaixo da média histórica, ou seja, R$ 16,00 o cento ou R$ 0,55 o kg. A tendência é de elevação dos preços para o consumidor no curto, médio prazo, em função do período da entressafra, que ocorre de dezembro a abril. 

Inhame da costa – O aumento relativo de 3,69%, no preço em novembro com relação a outubro, não obstante estarmos no período de safra, que ocorre de agosto a novembro, decorre essencialmente da diminuição da oferta em virtude do movimento migratório para a produção do cará da costa,verificado nos últimos anos, em detrimento do inhame da costa, em função da melhor produtividade do primeiro.A tendência é de elevação dos preços em nível de consumidor no curto, médio prazo, e acima da média histórica, ou seja, R$ 27,00 a arroba de 15 kg. ou 1,80 o quilo.  

Pepino – A regularidade da oferta praticamente o ano todo, acarreta uma certa estabilidade nos preços, com oscilações moderadas, o recuo de (14,08%) no preço médio de novembro com relação a outubro,não obstante estarmos no período da entressafra do produto que ocorre entre agosto e dezembro, decorre  da queda na demanda.Os  valores de comercialização estão ligeiramente abaixo da média histórica, ou seja, R$ 0,65 o quilo. A tendência é de variações discretas dos preços, no curto, médio prazo, em nível de consumidor.  

Pimentão – Apesar do realinhamento no preço de 54,79%, em novembro com relação a outubro, os valores de comercialização estão bastante atrativos para o consumidor, em função da boa oferta decorrente do período de safra, que ocorre de setembro a fevereiro. O preço médio histórico gira em torno de  R$ 15,00/16,00 o cento ou R$ 1,50 o quilo.A tendência é de queda dos preços no curto, médio prazo, em nível de consumidor.  

Repolho – Embora o preço tenha recuado (3,10%) em novembro quando comparado com o mês anterior,os valores estão acima da faixa média histórica, ou seja, R$ 1,00 o kg.Apesar de estarmos em pleno período de safra, que ocorre entre agosto e março, detectamos uma diminuição da oferta, reflexo de queda na produção, decorrente de problemas climáticos, chuvas fora de época, precipitadas no agreste e zona da mata do estado, principais produtores dessa hortaliça. a tendência é de aumento discreto dos preços  no curto prazo, em nível de consumidor.   

Tomate – a queda progressiva de (2,00%) no preço médio em novembro, com relação a outubro, é reflexo do aumento da oferta, em função do período da safra regional, que ocorre de agosto a fevereiro, com destaque para setembro, outubro e novembro, estes valores estão abaixo da faixa média histórica, ou seja, R$ 0,90 o quilo ou R$ 22 a cx de 25 kg.A tendência ainda é de queda dos preços em nível de consumidor, reflexo do quadro regional, bem como a boa produção do Sudeste do país, Minas Gerais  por exemplo  que teve um aumento na área  e na produtividade da cultura irrigada, aumentando assim a oferta nos entrepostos de comercialização.  

Vagem – O aumento da oferta, decorrente do período de safra, que ocorre de outubro a fevereiro, provoca recuo nos preços na ordem de (25,91%) em novembro com relação a outubro.A tendência é de preços atrativos para o consumidor, no curto, médio prazo.Vale ressaltar que o valor médio histórico, gira em torno de R$ 1,95 o kg..

Sugestões de consumo: alho, alface, batatinha, cebola pêra, coentro, chuchu, pepino,vagem e tomate.  

Grupo II (Frutas) 

Abacaxi – O recuo de (9,16%) em novembro com relação a outubro, é reflexo do aumento da oferta, decorrente do período de safra que ocorre de agosto a dezembro, os valores de comercialização ficaram abaixo da média histórica, ou seja, em torno de R$ 90,00 o cento. No entanto a tendência é de oscilação positiva dos preços em nível de consumidor.  Haja vista, que  estamos próximo ao final de safra, justamente  na época de maior demanda, por conta das festividades natalinas.   

Coco seco – Embora o preço tenha oscilado negativamente (3,66%) em novembro,com relação a outubro, os valores de comercialização estão bastante elevados e muito acima da média histórica, ou seja, R$ 70,00 o cento, ou R$ 1,10 o quilo, este cenário decorre da queda muito expressiva na oferta nos últimos anos, em virtude da erradicação de grandes áreas de coqueirais, no vale do São Francisco na Bahia, devido aos preços aviltados praticados neste período,que não justificava os investimentos necessários para se evitar problemas fitossanitários, e obter boa produtividade. 

Outra variável é o vácuo na produção com a renovação das plantas, pois a produtividade em coqueirais velhos é baixa, além da concorrência com as indústrias de beneficiamento do coco. O período de safra ocorre de dezembro a abril, portanto a tendência é de queda gradativa dos preços, em nível de consumidor, porém em patamares elevados em função dos motivos expostos.    

Coco verde – O aumento de 0,67% no preço em novembro, com relação a outubro, decorre da maior demanda, em função do verão, e, da temporada de praias, a expectativa é de manutenção de preços elevados, sobretudo agora com o período de entressafra, que ocorre de novembro a março.Vale salientar que os valores de comercialização estão muito acima da média histórica, ou seja, R$ 0,60 a unidade. 

Goiaba – O período de entressafra que ocorre entre outubro e dezembro, provoca retração na oferta e aumento de 10,55% no preço em novembro com relação ao mês anterior, outra variável que concorre para este aumento é a infestação de nematóides nas goiabeiras no Vale do São Francisco, e em outras regiões produtoras do norte do Estado de São Paulo (Taquaritinga) reduziu drasticamente a produção, a qualidade e a quantidade da goiaba ofertada na CEASA.Com isso o preço está bem acima do valor médio histórico, ou seja, R$ 1,10 o quilo ou R$ 24,00 a caixa com 20 a 22 quilos. A expectativa é de aumento gradativo dos preços, em nível de consumidor, no curto prazo.   

Laranja pera – constatamos um aumento da oferta e da qualidade da laranja, e estabilidade dos preços  em novembro  com relação a outubro, reflexo do período de safra que ocorre de junho a fevereiro.No entanto a tendência é de aumento dos preços no curto prazo em nível de consumidor, em função da severa infestação de caramujos nos laranjais de Sergipe, prejudicando a produção e a oferta, como este Estado, é um importante fornecedor do produto para o nosso entreposto, seguramente haverá alteração nos valores de comercialização do produto.                      

Vale ressaltar que o preço médio histórico é de R$ 0,47 o kg ou R$ 9,50 o cento.    

Limão taity – Embora o preço tenha recuado (18,71,%) em novembro com relação a outubro,a queda expressiva da oferta e da qualidade, decorrente do período de entressafra que ocorre de setembro a dezembro, e a redução de 40% na produção paulista, decorrente dos problemas fitossanitários, com o excesso de chuvas precipitada no primeiro semestre em São Paulo, (que responde por 69% da produção nacional) deixou os valores de comercialização muito acima da média histórica, ou seja, R$ 7,00 o cento ou R$ 1,00 o quilo.A tendência é de queda progressiva dos preços, no curto,médio prazo em nível de consumidor, em função do período de safra que ocorre de janeiro a agosto. 

Maçã nacional – o aumento progressivo de 6,46% em outubro, se comparado com o mês anterior, decorre principalmente da diminuição da oferta e da qualidade da fruta, em função do período da entressafra que ocorre de outubro a fevereiro.O preço médio histórico, gira em torno de R$ 2,10 o quilo, ou R$ 37,80 a cx com 18 kg. A expectativa é de preços elevados em nível de consumidor no curto e médio prazo. Sobretudo agora com as chuvas intensas de granizo que ocorreram recentemente em Santa Catarina, prejudicando sobremaneira a produção no Estado que é o maior produtor nacional da fruta.  

Mamão hawai – O período da entressafra que ocorre de julho a dezembro, provoca uma retração na oferta e aumento de 21,50% no preço em novembro quando comparado com o mês anterior. Outra variável que contribuiu para esta elevação, foi a queda na produção provocada por problemas climáticos (estiagem prolongada em outubro e novembro) na Bahia, importante fornecedor do produto para este entreposto, além da infestação de fungos, que comprometeu a qualidade dos frutos.  A tendência é de preços elevados em nível de consumidor no curto, médio, prazo.  Vale ressaltar que o preço médio histórico fica em torno de R$ 1,00 o quilo. 

Maracujá – Apesar da queda de (32,35%) no preço médio de novembro, com relação a outubro, os valores de comercialização continuam acima da média histórica, ou seja, R$ 20,00 o cento ou R$ 1,50 o quilo.Este cenário é decorrente do período da entressafra, que ocorre de agosto a janeiro. Portanto a tendência é de preços elevados em nível de consumidor no curto, médio prazo.   

Melancia – a queda de (1,96%) no preço em novembro, com relação a outubro, decorre do aumento da oferta, reflexo do período da safra regional que ocorre entre outubro e fevereiro. Outra variável que concorreu com esta boa oferta, foi a  produtividade obtida na  safra goiana, em torno de 50 toneladas por hectare, quando a média da região não passa de 35 t. Além do início da colheita da safra paulista com produto de boa qualidade. Este cenário aumenta a distribuição do fruto no centro oeste e no sudeste do país, impactando negativamente os preços em todos os entrepostos. A tendência é de manutenção e queda discreta dos preços em nível de consumidor, no curto, médio prazo. Vale salientar que o preço médio histórico, gira em torno de R$ 0,42 o quilo. 

Melão espanhol – o recuo de (9,91%) no preço em novembro quando comparado com o mês de outubro, reflete o aumento da oferta, em função do período de safra que ocorre de setembro a fevereiro, estes valores  estão praticamente dentro da faixa  média histórica, ou seja, R$ 0,90 o quilo.Vale registrar que produtores do RN, esperam uma safra 30% superior a do ano passado, como o estado é um importante exportador e fornecedor do fruto, a expectativa é de aumento gradativo do nível de oferta e redução dos preços para o consumidor no curto, médio prazo.  

Uva Itália  Apesar da queda de (6,01%) no preço em novembro, quando comparado com o mês anterior, os valores de comercialização ficaram acima da média histórica, ou seja, R$ 2,40 o quilo, ou 43,00 a caixa com 18 kg. este cenário decorre da queda na oferta em função do período de entressafra que ocorre de outubro a abril.  

A tendência é de elevação gradativa dos preços em nível de consumidor, no curto, médio prazo.     

Sugestões de consumo:  Abacaxi,Graviola, banana, melancia e melão.    

Grupo III (Cereais/Oleaginosas).  

Açúcar - A conjunção dos fatores abaixo relacionados, justifica os valores elevados, apesar do recuo de (7,36%) em 12 meses, R$ 75,90 em novembro/11 e R$ 81,93 em novembro/10, para saco de 50  kg. A variação mensal foi positiva em 0,74% no preço em novembro com relação a outubro.  

1º Queda na produção de cana do Brasil nesta safra, na ordem de 8% em torno de 490 milhões de toneladas, por conta de problemas climáticos (estiagem prolongada) em 2010, e excesso de chuvas em 2011,além da falta de investimento no melhoramento dos canaviais. 

2º A demanda crescente no mercado global, sobretudo da china, Paquistão, Egito e outros países que vão precisar importar açúcar até o final do ano. 

3º Problemas climáticos na Ásia (chuvas devastadoras) comprometendo a oferta de açúcar no curto prazo. A tendência no mercado interno é de queda discreta dos preços em nível de consumidor, no curto prazo reflexo da estimativa de um aumento de 6 milhões de toneladas a mais na produção mundial, em 2012,oriunda principalmente da Austrália e Rússia.Vale salientar que o preço médio histórico é de R$ 55,00 a saca de 50kg. 

Arroz – Apesar do realinhamento de 1,94% no preço em novembro  com relação a outubro, os valores de comercialização estão atrativos para o consumidor e até abaixo da média histórica, ou seja, R$ 45,00 o fardo de 30 kg.Este cenário é decorrente, do aumento da oferta, em função da comercialização da boa safra 2010/2011, no Rio Grande do Sul, estado que responde por 63% da produção nacional.Outra variável significante, é a importação do produto do Mercosul, sobretudo do Uruguai, massacrando ainda mais o nosso produtor que tem uma alta carga tributaria.A tendência é de preços atrativos em nível de consumidor, em função da boa safra nacional de 13.613  milhões de toneladas em 2010/2011. 

Feijão carioquinha – o aumento de 3,25% no preço em novembro com relação a outubro, provocado principalmente pela quebra na produção da  Bahia e geadas no Paraná, além do atraso e os problemas climáticos da 1ª safra(de verão ou das águas) Apesar da boa colheita do grão em 2010/11, 3.787 milhões de toneladas, a tendência é de aumento dos preços em nível de consumidor, no curto prazo, em função da diminuição da oferta, decorrente do recuo da área e da produção para a safra 2011/2012, reflexo do desestímulo dos produtores pelos valores pagos, acarretando uma natural migração para culturas mais rentáveis, soja e milho por exemplo.    

Grupo IV (Carnes e Lacticínio).    

Boi gordo – A pouca oferta de animais, reduz significativamente a escala de abate nos frigoríficos, e com a demanda aquecida o resultado é inevitável, aumento progressivo dos preços.Este cenário é provocado pela entressafra, quando as pastagens estão secas e os animais não ganham peso suficiente para o abate.A quantidade de animais oriundos dos confinamentos está muito aquém, do que normalmente é disponibilizado aos abatedouros, por conta do aumento substancial dos grãos (commodities) sobretudo o milho, elementos básicos na composição da ração.A conjunção desses cenários reduz a oferta de animais, acarretando um aumento no patamar dos preços em todo país.A expectativa momentânea é de manutenção e oscilações positivas dos preços.

Frango – As oscilações no preço em novembro, com relação a outubro, decorre  essencialmente do ajustamento da produção e da demanda. A tendência é de aumento do consumo e dos preços, no curto prazo em nível de consumidor, em função das festividades natalinas.Outro importante fator, é o alto custo de produção, já que a base da ração, o milho e a soja, são commodities que estão muito valorizadas no mercado interno e externo.    

Recife, 30 de novembro de 2011  

Marcos Antônio Barros

Chefe do Setor de Informações de Mercado Agrícola  

Fonte : SIMA - PE (DISQUE CEASA FONE : 3182-3545  - 08002813966  -  FAX:  3182-3534
Elaboração : Departamento Técnico/Supervisão de Informação e Acompanhamento de Mercado
Acesso a internet : www.ceasape.org.br
                                                               

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Fonte: DETEC