Recife, Pernambuco - Brasil

30/10/2011 - Comparativo mensal Setembro/2011

SECRETARIA DE AGRICULTURA E REFORMA AGRÁRIA

 

 

 

 

 

 

CENTRO DE ABASTECIMENTO E LOGÍSTICA DE PERNAMBUCO - CEASA/PE- O.S

 

 

 

COMPARATIVO DOS PREÇOS (MAIS COMUM) EM NÍVEL DE ATACADO 

PRODUTOSUNIDADE        INTERVALO VARIAÇÃOPREÇO MÉDIO
      A     B     B/A
ATACADO31/08/1130/09/11 MENSALHISTÓRICO
   (R$)  (R$)     (%)
1. HORTALIÇAS
AbóboraKg  0,83  1,10   32,53    0,84
Alface  0,29  0,18  (37,93)   0,28
Alho NacionalCx 10 Kg 67,04 46,00  (31,38)  52,20
Batatinha  Sc 50 Kg 51,52 52,62    2,14   68,00
Batata DoceArroba 15,00 15,00    0,00   13,20
Cebola PeraSc 20 Kg 16,39 15,24   (7,02)  20,00
CebolinhaMol. 1kg  3,65  1,62  (55,62)   1,28
CoentroMol. 5a7kg 11,78  4,76  (59,59)   9,60
CenouraKg  1,00  1,40   40,00    1,00
ChuchuCento 22,96 24,90    8,45   16,34
Inhame da CostaArroba 26,52 26,71    0,72   26,25
PepinoKg  0,55  0,68  23,64    0,64
Pimentão Cento 18,04 11,57 (35,86)  15,91
Repolho Kg  1,28  1,22  (4,69)   0,96
Tomate Cx 25KG 33,70 22,62 (32,88)  21,75
VagemKg  2,70  2,88   6,67    1,95
VARIAÇÃO EM REAL 273,25228,50 (16,38) 
2. FRUTAS
Abacaxi Cento  96,96 100,00   3,14   90,83
Banana PacovanCento   7,48   6,00 (19,79)   7,55
Coco SecoCento161,30157,62 (2,28)  70,60
Coco VerdeCento 70,00 70,00   0,00   58,81
GoiabaCx 22kg 29,57 32,38   9,50   23,98
Laranja Pera Cento 10,00 10,00   0,00    9,54
Limão Taity Cento  7,26 15,90 119,01    6,76
Maçã Nacional Cx 18 Kg 39,57 45,48  14,94   20,35
Mamão HawaíKg  1,64  1,86  13,41    0,42
Maracujá Cento 32,83 35,00   6,61    0,89
MelanciaKg  0,60  0,50(16,67)   1,04
Melão EspanholKg  1,48  1,10(25,68)  37,80
Uva ItáliaCx 18 Kg 48,26 42,86(11,19)  43,02
VARIAÇÃO EM REAL 506,95518,70  2,32      -
3. CEREAIS
Açucar CristalSc 50 Kg 87,52 82,14  (6,15)  56,00
Açucar CristalFrd 30 Kg 52,72 49,86  (5,42)  34,00
Arroz Beneficiado TP1Frd 30 Kg 41,67 41,64  (0,07)  45,00
Arroz Branco TP1Frd 30 Kg 43,27 43,08  (0,44)  49,00
Farinha de Mandioca TP2Frd 30 Kg 33,92 32,56  (4,01)  35,00
Feijão Carioquinha TP1Frd 30 Kg 73,30 78,95    7,71   77,00
MamonaSc. 60kg Sinf.  Sinf.      -  0,00
VARIAÇÃO EM REAL 332,40328,23  (1,25)     -
4. CARNES / AVES / LATICÍNIOS
Boi GordoArroba 15Kg100,00 100,14    0,14   73,00
Carcaça SuinaKg  5,20   5,30   1,92    4,00
Caprino/OvinoArroba 15Kg135,00135,00    0,00 111,00
Frango-Resfriado Kg  3,45  3,70    7,25    3,10
Frango-Congelado Kg  3,31  3,55    7,25    2,39
Frango-Vivo Kg  1,95  2,47  26,67    2,00
Leite In Natura (Produtor)Litro Sinf.  Sinf.      -     -
Leite In Natura (Indústria)LitroSinf.Sinf.      -     -
VARIAÇÃO FINANCEIRA EM REAL 248,91250,16   0,50      -
NOTA : Os números entre parênteses representam a queda percentual no comportamento dos preços.
Fonte : SIMA - PE (DISQUE CEASA FONE : 3182-3545  - 08002813966  -  FAX:  3182-3534

 5–PONDERAÇÕES TÉCNICAS:  

Grupo I (Hortaliças/Tubérculos) 

O comportamento dos preços na CEASA em setembro, como havíamos previsto, apresentou variação financeira negativa com relação a agosto, nas hortaliças de (16,38%), no caso das frutas a variação foi positiva e atingiu 2,32%, impulsionada basicamente pelo avanço no preço do coco seco,maçã nacional e maracujá, produtos que estão em plena entressafra. O segundo semestre normalmente caracteriza-se pela oferta maior, e preços abaixo da média histórica, portanto atrativo para o consumidor final. Em função do período de safra da grande maioria das hortícolas, salvo algum fato especifico, ou alteração climática importante. Estas oscilações negativas é o retrocesso dos preços que estavam bastante elevados, e acima da média histórica, em função dos  eventos climáticos (excesso de chuvas, temporais, frio excessivo e geadas) que ocorreram no sul, e seca no sudeste do país, provocando o deslocamento dos produtos em maior escala.A tendência é de continuidade do recuo dos preços no curto prazo, em nível de consumidor. Vale salientar que os preços praticados na CEASA-PE são muitos inferiores aos de outros pontos comerciais. Consolidando este centro como a melhor opção de compras já que este atua como distribuidor e regulador do mercado. Faremos alguns comentários sobre as oscilações e outros que achamos pertinente.  

Abóbora – apesar de estarmos no período de safra, que ocorre de agosto a dezembro, detectamos  uma retração na oferta do produto predominantemente neste intervalo, dos estados da .BA e SE. Decorrente da falta de chuvas em regiões produtoras da Bahia, provocando aumento de 32,53% no preço em setembro com relação a agosto. Os valores praticados estão fora da faixa média histórica, ou seja, R$ 0,84 o quilo. A expectativa por conta desta anomalia temporal é de aumento dos preços, em nível de consumidor, no curto prazo.  

Alface, coentro e cebolinha - por serem culturas com características de cultivo peculiar, ciclo vegetativo curto e muito susceptível as boas condições climáticas, têm oscilações abruptas na oferta e no preço.A queda generalizada dos valores de comercialização em setembro com relação a agosto, deriva da grande oferta  em virtude do período de safra que ocorre de agosto a janeiro.A tendência é de manutenção e oscilações discretas dos preços em nível de consumidor.  

Alho nacional – a queda progressiva de (31,38%) no preço em setembro com relação a agosto,decorre especialmente da boa oferta, a expectativa é que a produção nacional em 2011, gire em torno de 10 milhões de caixa com 10 quilos, 20% superior ao ano passado, em função do aumento de 5% na área cultivada no cerrado goiano,e ao clima favorável.Outro fator que concorre para o recuo dos preços,é a importação do produto da china, maior produtor mundial, que tiveram uma boa safra, e com este excesso baixaram muito os preços, ficando inclusive abaixo dos custos de produção do alho nacional. que este ano subiu 7%, por conta da mão de obra escassa.A tendência é de queda dos preços em nível de consumidor, enquadrada e até abaixo dos níveis históricos, ou seja, R$ 5,22 o quilo ou R$ 52,20 a caixa com 10 kg.  Vale ressaltar que estamos no período da entressafra, que ocorre de maio a dezembro.   

Batatinha – apesar do realinhamento de 2,14% no preço em setembro com relação a agosto, os valores continuam abaixo dos níveis médios históricos, ou seja, R$1,36 o quilo ou R$ 68,00 o saco de 50 kg. Este cenário decorre do aumento da oferta,em virtude do período de safra que ocorre de julho a dezembro, sobretudo em agosto,setembro e outubro. A tendência é de manutenção e queda discreta dos preços em nível de consumidor, no curto,médio prazo.     

Batata doce roxa – A estabilidade no preço em setembro se comparado a agosto, deixa os valores muito próximo da faixa dos valores médios históricos, ou seja, R$ 15,00 a arroba de 15 quilos.A tendência é de preços atrativos em nível de consumidor de julho a novembro, período da segunda safra do produto, quando temos uma melhor oferta principalmente em agosto e setembro. 

Cebola Pera – Em virtude do período da safra regional, (Vale do São Francisco) que ocorre de julho a dezembro e a antecipação da colheita do alto Paranaíba em Minas Gerais, houve um aumento no nível da oferta e queda progressiva de (7,02%) no preço em setembro, com relação a agosto.A tendência é de oscilações positivas discretas dos preços em nível de consumidor, no curto e médio prazo, principalmente em setembro e outubro.Vale ressaltar que o preço médio histórico gira em torno de R$ - 20,00 o saco de 20 kg. 

Cebolinha – Por ser uma cultura com características de cultivo peculiar, ciclo vegetativo curto e muito susceptível as boas condições climáticas, tem oscilações abruptas na oferta e no preço, que, diga-se, de passagem,ainda está muito elevado apesar da queda de (27,00%) no preço em agosto com relação a julho.A tendência é de recuo gradativo dos preços, em nível de consumidor em função do período de safra que ocorre de agosto a fevereiro.Vale salientar que o preço médio histórico é na faixa de R$ 1,28 o quilo.                                   

Cenoura – apesar de estarmos em pleno período de safra, que ocorre entre agosto e novembro, a estiagem prolongada, e o controle das águas dos poços, no município de Lapão, na Bahia. Um dos maiores produtores nacional, provocou uma queda acentuada na produção e na oferta, além da qualidade do produto.A expectativa é de preços elevados e fora da média histórica,em nível de consumidor, por conta desse cenário adverso acima citado. Os valores  médios históricos, giram em torno de  R$ 1,00 o kg. 

Coentro – por ser uma cultura com características de cultivo peculiar, ciclo vegetativo curto e muito susceptível as boas condições climáticas, tem oscilações abruptas na oferta e no preço, o aumento de 1,82% em agosto se comparado a julho, deixou os valores ligeiramente acima da média histórica,ou seja R$ 9,60 o molho com aproximadamente 06 quilos. A expectativa é de oscilações negativas, haja vista, o período de safra que ocorre de junho a janeiro com boa oferta. e preços atrativos para o consumidor.  

Chuchu – por conta de sua produção ter alta dependência nas boas condições climáticas (sobretudo temperatura), sofre grandes oscilações na oferta e no preço.Com o aumento relativo de 8,45% no preço em setembro, se comparado com o mês anterior, os valores ficaram acima da média histórica, ou seja, R$ 16,00 o cento ou R$ 0,55 o kg.No entanto a tendência é de queda dos preços para o consumidor no curto, médio prazo, já que estamos em plena safra, que ocorre entre maio e novembro. 

Inhame da costa – apesar da pequena oscilação positiva de 0,72%, no preço em setembro com relação a agosto, os valores ficaram dentro da faixa média histórica,ou seja, R$ 26,00 a arroba de 15 kg. Ou R$ 1,75 o quilo e decorre essencialmente do período de safra que ocorre de agosto a novembro. Constatamos também uma queda significativa na produção provocada pela migração para o cará da costa, por conta da melhor produtividade.A tendência é de elevação discreta dos preços em nível de consumidor, no curto prazo.  

Pepino – o aumento relativo de 23,64%, no preço médio de setembro se comparado com o mês anterior, era esperado, haja vista, que os valores estavam muito abaixo da faixa média histórica, ou seja, em torno de R$ 0,65 o quilo.  A tendência é de aumento discreto dos preços no curto, médio prazo, em nível de consumidor em função do período da entressafra que ocorre de agosto a dezembro.  

Pimentão – a boa oferta decorrente do período de safra, que ocorre de setembro a fevereiro, provoca queda de (35,86%) nos preços em setembro com relação a agosto e deixa os valores abaixo da média histórica, ou seja, R$ 15,00/16,00 o cento ou R$ 1,50 o quiloA tendência é de queda discreta dos valores de comercialização, em nível de consumidor, no curto, médio prazo.

Repolho – apesar do início do período de safra, que ocorre entre agosto e março, detectamos uma diminuição da oferta, reflexo das fortes chuvas precipitadas no agreste e zona da mata do estado em junho e julho principais produtores dessa hortaliça.Embora o preço tenha recuado (4,69%) em setembro com relação a agosto, por conta da retração no consumo, os valores continuam acima da faixa média histórica, ou seja, R$ 1,00 o quilo. a tendência é de aumento discreto dos preços  no curto prazo, em nível de consumidor.  

Tomate – a queda de (32,88%) no preço em setembro, com relação ao mês anterior, é reflexo do aumento da oferta, em função do período da safra regional, que ocorre de agosto a março, com destaque para setembro, outubro e novembro, estes valores estão dentro da faixa média histórica, ou seja, R$ 0,90 o quilo ou R$ 22 a cx de 25 kg.A tendência ainda é de queda dos preços em nível de consumidor, reflexo do quadro regional, bem como a boa produção do Sudeste do país, Minas Gerais  por exemplo  que teve um aumento na área  e na produtividade da cultura irrigada, aumentando assim a oferta nos entrepostos de comercialização.  

Vagem – com o aumento de 2,88% no preço em setembro com relação a agosto os valores continuam elevados e fora da faixa média histórica, ou seja, R$ 1,95 o quilo, em função do excesso de chuvas precipitadas durante os meses de maio a julho, no agreste e zona da mata do estado, onde se localiza os maiores pólos produtivos. (Chã Grande, Camocim de São Felix, Vitoria de Santo Antão e outros.No entanto a partir de outubro até fevereiro, a oferta se intensifica, em função do período de safra que ocorre de outubro a fevereiro, e os preços recuam em nível de consumidor.  

Sugestões de consumo: alho, alface, batatinha, cebola pêra, coentro, chuchu, pimentão, pepino e tomate.  

Grupo II (Frutas) 

Abacaxi – O aumento relativo de 3,14% verificado em setembro, se comparado com o mês anterior, não obstante estarmos no período de safra,que ocorre de agosto a janeiro, deixou os valores de comercialização  acima da média histórica, ou seja, em torno de R$ 90,00 o cento, este cenário é reflexo da retração da oferta do produto,decorrente da queda na produção, por conta dos problemas climáticos(seca) em PE.e na PB. Principais fornecedores da fruta neste entreposto. A tendência é de manutenção, e oscilação discreta dos preços em nível de consumidor.    

Banana PacovanA queda progressiva de (19,79%) no preço em setembro, quando comparado com agosto, é reflexo do aumento gradativo da oferta, em função da proximidade com o período de safra, que ocorre de outubro a março, e das boas condições climáticas, favoráveis ao cultivo do produto.Vale salientar que o preço praticado já está abaixo da média histórica, ou seja, R$ 7,55 o cento.A tendência é de manutenção queda discreta ainda dos valores de comercialização no curto e médio prazo, em nível de consumidor. 

Coco secoembora o preço tenha oscilado negativamente (2,28%) em setembro,com relação a agosto, os valores de comercialização estão bastante elevados e muito acima da média histórica, ou seja, R$ 70,00 o cento, ou R$ 1,10 o quilo, este cenário decorre da queda muito expressiva na oferta nos últimos anos, em virtude da erradicação de grandes áreas de coqueirais, no vale do São Francisco na Bahia, devido aos preços aviltados praticados neste período,que não justificava os investimentos necessários para se evitar problemas fitossanitários, e obter boa produtividade.  Outra variável é o vácuo na produção com a renovação das plantas, pois a produtividade em coqueirais velhos é baixa. Além da concorrência com as indústrias de beneficiamento, estamos no período da entressafra que ocorre entre maio e novembro.A tendência é de preços elevados em nível de consumidor. 

Coco verde – Apesar da estabilidade do preço em setembro, com relação a agosto, os valores estão acima da média histórica, ou seja, R$ 0,60 a unidade.O período de safra ocorre de maio a outubro, porém o início da temporada de praias, também ocorre em setembro, e a demanda aumenta consideravelmente, elevando o preço do produto em nível de consumidor, portanto a tendência é altista em nível de consumidor no curto, médio prazo. 

Goiaba  a infestação de nematóides, nas goiabeiras no Vale do São Francisco e em algumas regiões produtoras do norte do Estado de São Paulo (Taquaritinga) reduziu a produção e a quantidade da goiaba ofertada na CEASA, por isto, o aumento de 9,50% no preço em setembro quando comparado com agosto.Vale salientar que os valores de comercialização estão muito acima da média histórica, ou seja, R$ 1,10 o quilo ou R$ 24,00 a caixa com 20 a 22 quilos.A expectativa é de aumento gradativo dos preços, em nível de consumidor, em função da proximidade com o período da entressafra que ocorre de outubro a dezembro.  

Laranja pera – constatamos um aumento da oferta e da qualidade da laranja, e estabilidade dos preços  em setembro com relação a agosto, reflexo do período de safra que ocorre de junho a fevereiro.A tendência é de manutenção, e oscilações discretas dos preços, em nível de consumidor, com o aumento da oferta, já que a safra Paulista, maior parque citrícola do mundo tem uma previsão de aumento de mais de cinqüenta milhões de caixas de 40,8 kg, com relação ao ano passado. No entanto a severa infestação de caramujos nos laranjais de Sergipe deverá prejudicar a produção e a oferta, como este Estado, é um importante fornecedor do produto para o nosso entreposto, pode haver aumento dos preços em nível de consumidor, no curto e médio prazo.Vale ressaltar que o preço médio histórico é de R$ 0,47 o kg ou R$ 9,50 o cento. 

Limão taity – a queda expressiva da oferta e da qualidade, decorrente do período de entressafra que ocorre de setembro a dezembro, e a redução de 40% na produção paulista, decorrente dos problemas fitossanitários, com o excesso de chuvas precipitada no primeiro semestre em São Paulo,(que responde por 69% da produção nacional) provocou aumento médio de 119,01% no preço em setembro com relação a agosto, deixando os valores de comercialização muito acima da média histórica, ou seja, R$ 7,00 o cento ou R$ 1,00 o quilo.A tendência é de aumento ainda maiores dos preços em nível de consumidor no curto, médio prazo. 

Maçã nacional – o aumento progressivo de 14,94% em setembro, se comparado com o mês anterior, decorre principalmente da diminuição da oferta e da qualidade da fruta, em função da proximidade com o período de entressafra que ocorre de outubro a fevereiro.O preço médio histórico, gira em torno de R$ 2,10 o quilo, ou R$ 37,80 a cx com 18 kg. A expectativa é de preços elevados em nível de consumidor no curto e médio prazo. Sobretudo agora com os temporais e chuvas intensas que estão ocorrendo em Santa Catarina, maior produtor nacional da fruta.  

Mamão hawai – o início da entressafra que ocorre de julho a dezembro, provoca uma retração na oferta e aumento de 13,41% no preço em setembro com relação ao mês anterior.  A tendência é de elevação progressiva dos preços em nível de consumidor no curto, médio, prazo.  Vale ressaltar que o preço médio histórico fica em torno de R$ 1,00 o quilo. 

Maracujá – O aumento na ordem de 6,61% em setembro, com relação a agosto, decorre principalmente da diminuição da oferta, em virtude do período da entressafra, que ocorre de agosto a janeiro, com destaque para setembro e outubro. Portanto a tendência é de elevação destes valores, em nível de consumidor, no curto, médio prazo. Vale salientar que o valor médio histórico é de R$ 20,00 o cento, ou seja, R$ 1,50 o quilo. 

Melancia – a queda de 16,67% no preço em setembro com relação a agosto, decorre do aumento da oferta, reflexo da proximidade com o período de safra que ocorre entre outubro e fevereiro. Outra variável que concorreu com esta queda dos preços, foi a boa produtividade da safra goiana, em torno de 50 toneladas por hectare, quando a média da região não passa de 35 t. este cenário aumenta a distribuição do fruto no centro oeste e no sudeste do país, impactando negativamente os preços. A tendência é de manutenção e queda discreta dos preços em nível de consumidor, no curto, médio prazo.  

Melão espanhol – o recuo de 25,68% no preço em setembro com relação a agosto, é reflexo do aumento da oferta, em função do período de safra que ocorre de setembro a fevereiro, embora estes valores ainda estejam elevados e acima da média histórica, ou seja, R$ 0,90 o quilo.Vale registrar que produtores do RN. Embora com atraso de pelo menos um mês por conta do excesso de chuvas, esperam uma safra 30% superior a do ano passado, como o estado é  um importante exportador e fornecedor do fruto,a expectativa é de aumento gradativo do nível de oferta e redução dos preços para o consumidor no curto,médio prazo.   

Uva itália a queda de (11,19%) no preço em setembro quando comparado com o mês anterior,deixa os valores de comercialização abaixo da média histórica, ou seja, R$ 2,40 o quilo,ou R$ 43,00 a caixa com 18 kg. este quadro decorre essencialmente, do aumento da oferta em função do período de safra que ocorre de abril a setembro.  No entanto a tendência agora é de preços elevados em nível de consumidor, de outubro a abril,  período da entressafra desta fruta.    

Sugestões de consumo: Graviola, laranja pêra, maça nacional, banana, maracujá e uva.

Grupo III (Cereais/Oleaginosas).  

Açúcar - A conjunção dos fatores abaixo relacionados, justifica os valores muito elevados 14,56%, em setembro/11 R$ 82,14 com relação a setembro/10 R$ 71,70, preços da CEASA/PE. para saco de 50 kg. A variação mensal foi uma queda de (6,15)% no preço em setembro com relação a agosto.  

1º Queda na produção do Brasil nesta safra, na ordem de 10% a 15% por conta de problemas climáticos (estiagem prolongada) em 2010, e excesso de chuvas em 2011, além da falta de investimento no melhoramento dos canaviais. 

2º A demanda crescente no mercado global, sobretudo da china, Paquistão, Egito e outros países que vão precisar importar açúcar até o final do ano. 

3º Problemas climáticos na Ásia (chuvas  devastadoras) comprometendo a oferta de açúcar no curto prazo. 

4º As altas cotações do produto no mercado internacional. A tendência no mercado interno, apesar do cenário internacional, é de queda discreta dos preços em nível de consumidor, no curto prazo.Vale salientar que o preço médio histórico é de R$ 55,00 a saca de 50kg. 

Arroz – A queda no preço de (0,07%)  no preço em setembro com relação a agosto, é decorrente do aumento da oferta em função da comercialização da boa safra 2010/2011,no Rio Grande do Sul,estado que responde por 63% da produção nacional.Outra variável significante, é a importação do produto do Mercosul, sobretudo do Uruguai, massacrando ainda mais o nosso produtor que tem uma alta carga tributaria.A tendência é de preços atrativos em nível de consumidor, já que o IRGA prevê uma produção de 8.8 milhões de toneladas em 2010/2011, contra 6.8 milhões em 2009/2010.  

Feijão carioquinha – o aumento de 7,71% no preço em setembro com relação a agosto, provocado principalmente pela quebra da safra na Bahia e geadas no Paraná.  No entanto os valores ainda estão atrativos para o consumidor e decorre da conjunção dos fatores abaixo relacionados. 

1ª - O aumento real da oferta no campo, já que o produtor estimulado pelos bons preços do

2ª semestre de 2010 aumentou significativamente a área de produção. 2ª – A boa safra de grãos  do Nordeste superior a 30% com relação ao ano passado.  A tendência é de discreta oscilação positiva dos preços em nível de consumidor, haja  vista, o vácuo na comercialização das safras anteriores, e a fase atual que é de preparo da terra para o plantio da primeira safra.Vale ressaltar que o valor médio histórico é na faixa de R$ 85,00 o fardo de 30 kg ou 170,00 o saco de 60 kg.  

Grupo IV (Carnes e Lacticínio).  

Boi gordo – Mudança no ciclo produtivo, decorrente do abate de matrizes e redução de investimento provocado pelos preços baixos pagos ao produtor nos últimos anos, reduziu a oferta de animais, acarretando um aumento no patamar dos preços em todo Pais.O aumento substancial dos grãos elevou o custo do boi em confinamento.A expectativa momentânea é de manutenção e oscilações discretas dos preços, reflexo do vácuo na oferta de animais de pasto que entraram na entressafra, em compensação aumentou a oferta do boi de confinamento. 

Frango – O aumento de 26,67% no preço em setembro  com relação a agosto, do frango vivo, decorre do ajustamento da produção e demanda, aumento do consumo interno e incremento das exportações do frango congelado. A tendência é de aumento ainda maiores, em nível de consumidor, no curto prazo, em função dos altos custos de produção, já que a base da ração, o milho e a soja, são commodities que estão muito valorizadas no mercado interno e externo.    

Recife, 30 de setembro de 2011  

Marcos Antônio Barros

Chefe do Setor de Informações de Mercado Agrícola  

Fonte : SIMA - PE (DISQUE CEASA FONE : 3182-3545  - 08002813966  -  FAX:  3182-3534
Elaboração : Departamento Técnico/Supervisão de Informação e Acompanhamento de Mercado
Acesso a internet : www.ceasape.org.br

 

Fonte: DETEC