Recife, Pernambuco - Brasil

30/06/2011 - Comparativo semanal Junho/2011.


SECRETARIA DE AGRICULTURA E REFORMA AGRÁRIA

 

 

 

 

 

CENTRO DE ABASTECIMENTO E LOGÍSTICA DE PERNAMBUCO - CEASA/PE- O.S

 

 

COMPARATIVO DOS PREÇOS (MAIS COMUM) EM NÍVEL DE ATACADO

PRODUTOS UNIDADE          DIAS VARIAÇÃO
     AB     B/A
ATACADO31/05/1130/06/11   MENSAL
  (R$)  (R$)       (%)
1. HORTALIÇAS
AbóboraKg0,850,96     12,94
Alface1,060,43    (59,43)
Alho NacionalCx 10 Kg98,0097,90     (0,10)
Batatinha  Sc 50 Kg90,9184,50     (7,05)
Batata DoceArroba17,0915,00    (12,23)
Cebola PeraSc 20 Kg25,4526,20       2,95
CebolinhaMol. 1kg6,735,10    (24,22)
CoentroMol. 5a7kg26,458,95    (66,16)
CenouraKg1,431,00    (30,07)
ChuchuCento39,0021,45    (45,00)
Inhame da CostaArroba37,4144,05     17,75
Milho verde50 Espigas15,0020,60     37,33
PepinoKg1,241,15     (7,26)
Pimentão Cento30,6821,30    (30,57)
Repolho Kg0,941,00      6,38
Tomate Cx 25KG32,2739,50     22,40
VagemKg5,594,48    (19,86)
VARIAÇÃO EM REAL 430,10393,57     (8,49)
2. FRUTAS
Abacaxi Cento134,55115,50    (14,16)
Banana PacovanCento8,008,00         -  
Coco SecoCento140,00144,00      2,86
Coco VerdeCento87,2777,00     (11,77)
GoiabaCx 25kg34,0931,25      (8,33)
Laranja Pera Cento14,5912,30     (15,70)
Limão Taity Cento5,095,15       1,18
Maracujá Cento22,7325,00       9,99
MelanciaKg0,550,62     12,73
Melão EspanholKg1,321,45       9,85
Mamão HawaíKg1,121,37      22,32
Maçã Nacional Cx 18 Kg35,0937,00      5,44
Uva ItáliaCx 20 Kg49,0944,00     (10,37)
VARIAÇÃO EM REAL 533,49502,64     (5,78)
3. CEREAIS
Açucar CristalSc 50 Kg81,3878,63     (3,38)
Açucar CristalFrd 30 Kg47,6447,69      0,10
Arroz Parboilizado AgulhinhaFrd 30 Kg41,8640,15     (4,09)
Arroz Branco TP1Frd 30 Kg43,8242,98     (1,92)
Farinha de Mandioca TP2Frd 30 Kg36,7833,50     (8,92)
Feijão Carioquinha TP1Frd 30 Kg69,0968,48     (0,88)
MamonaSc. 60kg115,0093,00     (19,13)
VARIAÇÃO EM REAL 435,57404,43     (7,15)
4. CARNES / AVES / LATICÍNIOS
Boi GordoArroba 15Kg103,00102,35     (0,63)
Carcaça SuinaKg5,075,00     (1,38)
Caprino/OvinoArroba 15Kg135,00135,00         -  
Frango-Resfriado Kg4,043,75     (7,18)
Frango-Congelado Kg3,833,60     (6,01)
Frango-Vivo Kg2,201,23     (44,09)
Leite In Natura (Produtor)LitroSinf.Sinf.         -  
Leite In Natura (Indústria)LitroSinf.Sinf.         -  
VARIAÇÃO EM REAL 253,14250,93     (0,87)
NOTA : Os números entre parênteses representam a queda percentual no comportamento dos preços.
Fonte : SIMA - PE (DISQUE CEASA FONE : 3182-3545  - 08002813966  -  FAX:  3182-3534
Elaboração : Departamento Técnico/Supervisão de Informação e Acompanhamento de Mercado
Acesso a internet : www.ceasape.org.br

5–PONDERAÇÕES TÉCNICAS:  

Grupo I Hortaliças/Tubérculos) 

O comportamento dos preços na CEASA em junho apresentou variação financeira negativa com relação a maio nas hortaliças de (8,49%) e  nas frutas (5,78%).

Estas oscilações negativas é o inicio do retrocesso dos preços que estavam bastante elevados, e acima da média histórica, em função da entressafra regional da maioria das hortícolas, alem dos eventos climáticos (excesso de chuvas, temporais, frio excessivo e geadas) que ocorrem principalmente no sul e sudeste do país,provocando o deslocamento dos produtos em maior escala.Vale salientar que apesar deste recuo os valores estão superiores 7% nas hortaliças e 14% nas frutas com relação ao ano passado.  

No entanto os preços praticados na CEASA-PE são muitos inferiores aos de outros pontos comerciais. Consolidando este centro como a melhor opção de compras já que esta atua como distribuidora e reguladora de mercado. 

Faremos alguns comentários sobre as oscilações e outros que achamos pertinente.  

Abóbora – A variação positiva de 12,94% no preço em junho com relação a maio é reflexo da diminuição da oferta em função da entressafra do produto que ocorre de janeiro a julho, os valores de comercialização estão ligeiramente acima da média histórica, ou seja, R$ 0,84 o quilo. 

A oferta predominante de março a maio é do estado do Maranhão, a partir de junho começa a entrada do produto oriundo do interior do nosso estado, se intensificando de agosto a dezembro com preços bem atrativos em nível de consumidor. 

Alface, Coentro e Cebolinha – Por serem culturas de características de cultivo peculiar, ciclo vegetativo curto e muito susceptível as boas condições climáticas, têm oscilações abruptas na oferta e no preço, que, diga-se de passagem, estavam muito elevados, e continuam, apesar da queda de (60% 66% e 24%), respectivamente em junho com relação a maio, em função da instabilidade climática que  normalmente ocorre no primeiro semestre.

No entanto a tendência é de recuo progressivo dos preços em julho se intensificando de agosto a janeiro e muito atrativos para o consumidor.  

Alho nacional O recuo insignificante de (0,10%) em junho, com relação a maio, deixou os valores praticados muito acima da média histórica, ou seja, R$ 5,20 o kg ou R$ 52,00 a cx com 10 kg. Este cenário decorre da queda expressiva na oferta do bulbo importado em 2010, quando a oferta do produto nacional superou o alho importado, em função das restrições impostas às exportações pelo governo argentino.

Vale ressaltar que estamos no período da entressafra, que ocorre de maio a dezembro, com destaque para junho, julho e agosto e isto contribui com a redução da oferta e aumento dos preços do produto.  

Batatinha – Historicamente no 1º semestre, a oferta oscila e a qualidade diminui abrindo espaço para  aumento dos preços. Este fato ocorre em função das chuvas na Região Sul e Sudeste do País, sobretudo em Minas Gerais, maior produtor nacional, criando dificuldades para a colheita e com a logística em geral, como armazenamento e transporte, reflexo das variações do clima (chuva, sol e temperatura alternada) provocando o apodrecimento do produto ao longo da comercialização.

Apesar do recuo de (7,05%) no preço em junho com relação a maio os valores continuam acima da média histórica, ou seja, R$ 1,35 o quilo ou R$ 67,50 o saco de 50 kg. Porém a expectativa é de preços atrativos em nível de consumidor de julho a dezembro, período da safra do produto, sobretudo em agosto, setembro e outubro. 

Batata doce roxa – A queda de (12,23%) no preço em junho se comparado a maio, enquadra os valores na faixa dos valores médios históricos, ou seja, R$ 15,00 a arroba de 15 quilos.Este recuo reflete, sobretudo a demanda menor haja vista os preços muito elevados praticados em maio.

A tendência é de preços atrativos em nível de consumidor de julho a novembro, período da segunda safra do produto.   

Cebola Pera – O aumento relativo de 2,95% em junho com relação a maio é reflexo da entressafra que ocorre entre janeiro e junho. Outros fatores que contribuíram para este aumento dos preços foram às fortes chuvas e geadas ocorridas no Sul e Sudeste do País, diminuindo a oferta do bulbo neste e em outros entrepostos.

A tendência é de manutenção e queda discreta dos preços em nível de consumidor no curto, médio prazo, em função do período de safra que ocorre entre julho e dezembro, sobretudo em setembro e outubro.Vale salientar que o preço médio histórico, gira em torno de R$ 20,00 o saco de 20 kg 

Cenoura – A queda relativa de (30,07%) do preço em junho com relação a maio, corresponde ao aumento gradativo da oferta em função da proximidade com o período de safra que ocorre entre agosto e novembro, bem como a acomodação dos valores, para os níveis médios históricos, ou seja, R$ 1,00 o kg.

A tendência é de preços atrativos em nível de consumidor no curto, médio prazo. 

Chuchu – Por conta de sua produção ter alta dependência nas boas condições climáticas (sobretudo temperatura), sofre grandes oscilações na oferta e no preço.

O preço está acima da média histórica, ou seja, R$ 16,00 o cento ou R$ 0,55 o kg.No entanto a expectativa é de queda dos preços no curto, médio prazo, em virtude do período de safra que ocorre entre maio e novembro. 

Inhame da costa – A elevação gradativa de 17,75% no preço em junho, quando comparado com maio, decorre essencialmente da diminuição da oferta em virtude da segunda entressafra do produto, que ocorre em maio, junho e julho.

Constatamos também uma queda significativa na produção provada pela migração para o cará da costa, por conta da melhor produtividade.A tendência é de preços elevados no curto prazo para o consumidor

O valor continua bem acima da media histórica, ou seja, R$ 22,00 a arroba de 15 kg ou R$ 1,47 o kg. 

Milho verde – A surpreendente queda na oferta, em torno de (5,71%) em junho, com relação ao ano passado, provocou um aumento médio de 40% no preço, decorrente da queda de produção provocada pelas fortes chuvas e inundações ocorridas no final de abril no Agreste do Estado, destruindo plantações de pólos irrigados importantes, como Chã Grande, Camocim de São Félix, Passira, etc.Outros fatores que contribuíram com este cenário foram os aumentos dos insumos básicos como fertilizantes, herbicidas e defensivos em geral que tiveram reajustes médios de 26% em 2011 com relação a 2010, além da majoração das tarifas públicas, como combustível e energia elétrica. 

Pepino – O recuo de (7,26%) em junho, com relação a maio, é a busca da normalidade do mercado já que os valores estavam muito elevados em função da retração da oferta provocada pelas intensas chuvas precipitadas na Zona da Mata e Agreste do Estado, tradicionais regiões produtoras, não obstante estarmos no período de safra que ocorre de maio a julho.

Vale ressaltar que a média histórica fica em torno de R$ 0,65 o kg. 

Pimentão – Apesar da oscilação negativa de (30,57%) constatada em junho com relação a maio, os preços continuam acima da média histórica, ou seja, R$ 15,00/16,00 o cento ou R$ 1,50 o quilo, reflexo do período de entressafra que ocorre entre março e agosto.

A tendência é de queda discreta dos preços em nível de consumidor no curto prazo, porem acima dos valores médios históricos. 

Repolho – O período de entressafra que ocorre de abril a julho, com destaque para maio e junho, diminui a oferta e provoca oscilação positiva de 6,38% no preço em junho com relação a maio.No entanto os valores estão dentro da faixa histórica, ou seja, R$ 1,00 o kg.

A expectativa é de queda gradativa dos preços, em nível de consumidor dado a proximidade com o período de safra que ocorre de agosto a março. 

Tomate – O aumento de 22,40% no preço em junho com relação a maio, decorre da queda na oferta em virtude do período da entressafra que ocorre entre março e julho, os valores estão acima da média histórica, ou seja, R$ 0,90 o kg ou R$ 22,50 a cx de 25 kg.

A tendência é de elevação moderada dos preços em nível de consumidor, reflexo das adversidades climáticas severas (temperatura baixíssimas, geadas e chuvas de granizo) que ocorrem no Sul e Sudeste do país, prejudicando a produção e afetando a oferta, provocando o deslocamento do produto entre os entrepostos de comercialização. 

Vagem – Apesar do recuo de (19,86%) em junho com relação a maio, os valores continuam muito elevados e fora da faixa média histórica, ou seja, R$ 1,95 o quilo, em função do período de entre safra que ocorre de março a julho, quando a oferta é menor, associado ao excesso de chuvas precipitadas entre o final de abril e durante o mês de maio.A tendência é de preços elevados em nível de consumidor, no curto prazo, porem recuando, em busca dos valores históricos. 

Sugestões de consumo: Abóbora, alface, cebola pêra, coentro e repolho.

Grupo II (Frutas) 

Abacaxi – Embora tenha recuado (14,16%) no preço em junho com relação a maio, os valores de comercialização continuam elevados e muita acima da média histórica, ou seja, em torno de R$ 90,00 o cento, em função do período da entressafra que ocorre entre fevereiro e julho.Este cenário decorre da queda na produção e na oferta por conta dos problemas climáticos (seca) em PE e na PB, no ano passado.

A tendência ainda é de preços elevados em nível de consumidor, porém com recuo progressivo dos preços no curto prazo.  

Coco secoConstatamos uma queda muito expressiva na oferta nos últimos anos, justificando um aumento de 2,86% em junho com relação a maio, decorrente da erradicação de grandes áreas com coqueirais, devido aos preços aviltados praticados ultimamente, que não justificava os investimentos necessários para se obter boa produção e evitar problemas fitossanitários. Outra variável é a renovação das plantas, pois a produtividade em coqueirais antigos é baixa.  

Vale registrar que o preço médio histórico fica em torno de R$ 70,00 o cento e R$ 1,10 o kg. A expectativa é de preços elevados no curto, médio prazo, em função do período da entressafra que ocorre de maio a novembro. 

Coco verde – Apesar da queda de (11,77%) no preço em junho, com relação a maio, os valores estão muito acima da media histórica, ou seja, R$ 0,60 a unidade, no entanto, o período de safra que ocorre de maio a outubro, bem como a retração da demanda nas praias por conta da instabilidade climática (chuvas, ventos frios e nebulosidade), aponta para queda dos preços em nível de consumidor. 

Goiaba – Embora tenha recuado (8,33%) no preço em junho, com relação a maio, a infestação de nematóides nas goiabeiras no Vale do São Francisco e em algumas regiões produtoras do norte do Estado de São Paulo (Taquaritinga) reduziu a produção e a quantidade da goiaba ofertada na CEASA, por isto, o preço elevado e muito acima do valor médio histórico, ou seja, R$ 1,10 o quilo ou R$ 24,00 a caixa com 20 a 22 quilos 

Laranja pera – Constatamos um aumento da oferta e da qualidade da laranja, e uma queda expressiva dos preços (15,70%) em junho com relação a maio, reflexo da proximidade com o período de safra que ocorre de julho a fevereiro.

A tendência agora é de queda progressiva dos preços em nível de consumidor, com o aumento da oferta, já que a safra Paulista, maior parque citrícola do mundo tem uma previsão de aumento de mais de cinqüenta milhões de caixas de 40,8 kg, com relação ao ano passado.  Vale ressaltar que o preço médio histórico é de R$ 0,47 o kg ou R$ 9,50 o cento. 

Limão taity – Apesar do realinhamento de 1,18% no preço em junho com relação a maio, os valores continuam abaixo da média histórica, que gira em torno de R$ 7,00 o cento, ou R$ 1,00 o quilo, em virtude da boa oferta do produto, decorrente do período de safra que ocorre de janeiro a agosto.A tendência é de manutenção de preços atrativos para o consumidor. 

 

Maracujá – Não obstante estarmos no período de safra que ocorre entre fevereiro e julho, o aumento de 9,99% no preço de junho com relação a maio, deixa o produto com valores ligeiramente fora da faixa média histórica, ou seja, R$ 20,00 o cento ou R$ 1,50 o quilo, esta realidade decorre da instabilidade climática (chuva, sol e vento) que compromete a produção e atinge a oferta.A tendência é de oscilações negativas no preço em julho. 

Mamão hawai – O aumento de 22,32% no preço em junho se comparado com maio, decorre da queda na oferta, em virtude da proximidade com o período da entressafra, que ocorre de julho a dezembro, com destaque para julho, agosto e setembro.

A tendência é de elevação progressiva dos preços em nível de consumidor no curto, médio prazo.Vale ressaltar que o preço médio histórico fica em torno de R$ 1,00 o quilo. 

Maçã nacional – Embora majorado em 5,44% no preço de junho se comparado com maio, os valores continuam dentro da média histórica, ou seja, R$ 2,10 o kg ou R$ 37,80 a cx de 18kg.

O período de safra ocorre de março a setembro, portanto a expectativa é de preços atraentes em nível de consumidor no curto e médio prazo.  

Melão espanhol – o aumento relativo de 9,85% em junho com relação a maio é reflexo da entressafra que ocorre de maio a agosto. Portanto, a expectativa é de oscilações positivas neste período.Vale salientar que o preço médio histórico fica em torno de R$ 0,95 o quilo. 

Melancia – O aumento de 12,73% em junho com relação a maio decorre da diminuição da qualidade e da oferta, reflexo da entressafra que ocorre entre março e setembro, sobretudo em junho e julho.A tendência é de preços elevados neste período.

Vale ressaltar que o preço médio histórico gira em torno de R$ 0,42 o kg. 

Uva itália – O período de safra que ocorre de maio a setembro, eleva o nível da oferta e provoca redução de (10,37%) no preço em junho com relação a maio.

A tendência é de preços atrativos para os consumidores, no curto, médio prazo.O valor médio histórico gira em torno de R$ 2,40 o kg, ou R$ 43,00 a cx com 18 quilos. 

Sugestões de consumo: Graviola, limão taity, laranja pêra, maça nacional, uva Itália, banana e maracujá.  

Grupo III (Cereais/Oleaginosas).  

Açúcar - A conjunção dos fatores abaixo relacionados justifica os valores muito elevados 12,83%, em junho/11 R$ 78,63, com relação a junho/10, R$ 69,69, preços da CEASA/PE para sc de 50 kg 

1º Queda na produção do Brasil neste inicio de safra, por conta de problemas climáticos (estiagem prolongada) em 2010, e excesso de chuvas em 2011. 

2º A queda dos estoques globais.  

3 º As altas cotações do produto no mercado internacional. 

  A redução na produção de alguns paises produtores. Vale salientar que o preço médio histórico é de R$ 55,00 a saca de 50kg. 

Arroz – A queda do preço de (4,09%) em junho com relação a maio, é decorrente do aumento da oferta em função da colheita da boa safra 2010/2011 e ainda as dificuldades de comercialização da safra 2009/2010, no Rio Grande do Sul, que responde por 63% da produção nacional.

Outro fator que provoca queda dos preços é a importação do produto, do Mercosul sobretudo do Uruguai. Massacrando ainda mais o nosso produtor que tem uma alta carga tributaria.

A tendência é de preços atrativos em nível de consumidor, já que o IRGA prevê uma produção de 8.8 milhões de toneladas em 2010/2011, contra 6.8 milhões em 2009/2010 

Feijão carioquinha – Com a redução de (0,88%) no preço em junho com relação a maio, os valores estão atrativos para o consumidor e decorre da conjunção dos fatores abaixo relacionados. 

1ª - A produção da primeira safra estimada em 1.700.000 t 16% a mais que em 2010. 

2ª - O aumento real da oferta no campo, sobretudo no Paraná, já que o produtor estimulado pelos bons preços do 2ª semestre de 2010 aumentou significativamente a área de produção. 

3ª – A boa safra de grãos para o Nordeste superior a 30% com relação ao ano passado. 

4ª – O horizonte favorável para a produção da 2ª safra (nacional).  A tendência é de manutenção e discreta oscilação negativa dos preços em nível de consumidor, no curto, médio prazo.Vale ressaltar que o valor médio histórico é na faixa de R$ 85,00 o fardo de 30 kg ou 170,00 o saco de 60 kg.  

Grupo IV (Carnes e Lacticínio). 

Boi gordo – Mudança no ciclo produtivo, decorrente do abate de matrizes e redução de investimento provocado pelos preços baixos pagos ao produtor nos últimos anos, reduziu a oferta de animais, acarretando um aumento no patamar dos preços em todo Pais.

O aumento substancial dos grãos elevou o custo do boi em confinamento.

A expectativa momentânea é de elevação da disponibilidade de animais para abate nos frigoríficos provocando queda discreta dos preços em nível de consumidor em função, da melhor oferta por parte dos produtores.

Frango – A queda generalizada dos preços em junho, quando comparado com maio (quadro em anexo), sobretudo do frango vivo decorre do excesso de aves alojadas, saturando a capacidade de absorção do mercado; a proibição por parte da Rússia dos frigoríficos do Rio Grande do Sul, Paraná e Mato Grosso de exportarem carnes, inclusive a de frango, aumenta a disponibilidade interna pressionando os preços. Outro fator que deprime os preços da cadeia de frango é a queda do valor da carne bovina.

Acrescente a este cenário sombrio os altos preços das commodities (milho e soja) principais insumos na composição da ração das aves.  

Recife, 30 de junho de 2011  

Marcos Antônio Barros

Chefe do Setor de Informações de Mercado Agrícola  

Fonte : SIMA - PE (DISQUE CEASA FONE : 3182-3545  - 08002813966  -  FAX:  3182-3534
Elaboração : Departamento Técnico/Supervisão de Informação e Acompanhamento de Mercado
Acesso a internet : www.ceasape.org.br
 

 

Fonte: DETEC