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07Fev2013

Alimentos ficam 3,41% mais caros

No mês de janeiro, os recifenses pagaram R$ 257,43 pela cesta básica, 3,41% a mais do que o preço pago em dezembro. Mesmo com a alta, a lista da capital pernambucana é a terceira mais barata do País, atrás das cestas de Aracaju (R$ 231,80) e de João Pessoa (R$ 252,13). O aumento do preço no Recife foi o quarto menor entre as 18 capitais pesquisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). As menores altas foram percebidas em Fortaleza (2,19%), Belo Horizonte (3,06%) e Belém (3,29%). As maiores, em Salvador (17,85%), Aracaju (13,59%) e Natal (12,48%).

De acordo com o estudo, os preços do conjunto dos 13 alimentos básicos na mesa dos brasileiros subiram em todas as capitais. Famosa nos pratos dos nordestinos, a farinha de mandioca foi o produto que apresentou a maior alta na cesta básica do recifense: a alta atingiu a casa dos 26,63%. O produto, derivado tanto da mandioca quanto do trigo, também ficou mais caro em 17 das 18 cidades pesquisadas. “Os preços da farinha de mandioca vêm sendo pressionados pela quebra na produção devido à seca nas principais regiões produtoras”, destacou o levantamento.

Na capital pernambucana, o tomate (9,2%) e a banana (9,13%) completam o ranking dos maiores aumentos de preços. No cenário nacional, o tomate subiu nas 18 capitais pesquisadas, devido a “variações climáticas, como o excesso de chuva, que tem prejudicado a produção” e “um aumento na demanda no fim do último ano e início deste”, pontuou o levantamento. Já o preço da banana aumentou em 14 capitais, por causa do crescimento na procura. Na contramão, os valores do açúcar (-0,98%) e da carne (-0,92%) sofreram as maiores quedas no Recife.

Para garantir os alimentos essenciais, os recifenses que recebem o piso nacional precisaram comprometer 41,27% de sua renda. Nacionalmente, o comprometimento foi de 45,59%. O estudo revelou, ainda, que, com base nas despesas essenciais dos brasileiros, como alimentação, moradia e educação, o salário mínimo de janeiro deveria ser de R$ 2.674,88, ou seja, 3,95 vezes o mínimo em vigor, de R$ 678.

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