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16Jan2013

Caruaru ganhará novo Complexo Agropecuário

O matadouro público de Caruaru, a feira de gado e o parque da Associação de Vaqueiros (Sovaca) farão parte de um novo Complexo Agropecuário. Este é o planejamento da prefeitura municipal, já que a área onde hoje funcionam a feira e o matadouro dará lugar à expansão do Aeroporto Oscar Laranjeiras, ainda neste semestre. O parque de vaqueiros abrigará um Centro de Convenções também nos próximos meses. Para isso, os três equipamentos serão deslocados para um mesmo local, em uma área próxima ao Alto do Moura. Apesar de a prefeitura apresentar as mudanças como a melhor solução, a população contestou o projeto.

“Tenho esse ponto há 20 anos e, com essa mudança, teria mais gastos para deslocar tudo para lá”, reclamou a comerciante Josilene Barbosa. Já o negociador de gado, Edson Barbosa, acredita “que vai ter mais despesa para levar o gado para o local, até porque aqui fica mais perto do Centro”. Outro comerciante contrário foi Severino da Silva. “Aqui é melhor (para os comerciantes) e todo mundo conhece porque existe há muito tempo. Claro que tem que melhorar algumas coisas, como a liberação da Guia de Transporte Animal (GTA) que tem uma fila de quase três horas”, informou. Outro protesto foi contra o aumento das taxas. “O valor aqui é R$ 5 para qualquer animal aqui, enquanto em outras feiras é R$ 2 ou R$ 2,50”, disse Emanoel Rafael.

O secretário de Desenvolvimento Econômico, Erich Veloso, explicou que o complexo vai facilitar o agronegócio, uma vez que os equipamentos com atividades afins estarão no mesmo local. As primeiras reuniões de trabalho começaram a ser feitas esta semana, mas não há previsão de investimento ou cronograma para as obras. Questionado se o complexo pode demorar a sair do papel e prejudicar os negociantes, Veloso foi taxativo. “Não haverá descontinuidade dos serviços”, frisou, adiantando que as negociações sobre o terreno já começaram. “É um terreno da União, com cerca de 50 hectares. Já estamos discutindo coma secretaria de Patrimônio da União. Inclusive, já há técnicos fazendo um estudo topográfico no local”, comentou.

A Feira de Gado comercializa, em média, 1,5 mil animais por dia. Mas, com a seca, são negociados cerca de 900. Já o matadouro abate, por mês, 2,5 mil cabeças de boi, 600 suínos e 600 caprinos.

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