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08Jan2013

Cesta básica sobe 15% em 2012

A cesta básica do recifense ficou 0,36% mais cara no último mês de 2012 (chegando ao preço médio de R$ 248,95) e acumulou alta de 15,26% no ano. O resultado segue a tendência das outras 16 capitais brasileiras que entram na pesquisa mensal do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), que aponta as consequências da estiagem nos preços elevados de muitos alimentos. Entre os 12 itens que compõem a lista no Recife, dez ficaram mais caros, todos acima de 10%. No alto, o quilo da farinha que ficou 53,82% mais caro, seguido pelo tomate (37,36%), pelo feijão (36,23%) e pelo arroz (32,97%). O açúcar (-4,67%) e a carne (-0,39%) foram os únicos a terminarem o ano mais baratos.

Fortaleza teve a maior alta acumulada do ano, com 17,46%, seguida por João Pessoa (15,26%). As menores oscilações ocorreram em Vitória (5,63%), Porto Alegre (6,32%) e Goiânia (6,68%). Contando o resultado de dezembro, Goiânia (10,61%) e Rio de Janeiro (3,58%) tiveram as maiores oscilações. São Paulo continua com a cesta básica mais cara da pesquisa, onde o preço médio chegou a R$ 304,90 em dezembro. Depois aparecem Porto Alegre (R$ 294,37), Vitória (R$ 290,89) e Belo Horizonte (R$ 290,88). Os menores valores médios foram observados em Aracaju (R$ 204,06), Salvador (R$ 227,12) e João Pessoa (R$ 237,85).

Destaque para a inflação sobre o preço do arroz, que teve alta acima de 10% em 2012 em todas as capitais. Em Belém, o item ficou 69,01% mais caro. O preço do arroz sofreu impacto, segundo o Dieese, principalmente da redução de área plantada, o que ocasionou diminuição da oferta do produto do mercado interno ao longo do ano. Taxas elevadas também foram verificadas para os preços do feijão, todas elas acima de
20% ao ano.

O Dieese também calcula, baseado no preço da cesta básica de São Paulo, o valor ideal para o salário mínimo. Em dezembro, ele seria de R$ 2.561,47, mais de quatro vezes o valor em vigor até o fim do ano, de R$ 622. O cálculo leva em consideração a Constituição Federal, que determina que o valor do piso deva suprir necessidades do trabalhador e sua família, como moradia, saúde e educação.

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