As adversidades climáticas são as principais responsáveis por um problema que salta aos olhos nas prateleiras dos supermercados: o aumento do preço dos produtos. De fato, os alimentos ficaram mais caros para o recifense em 2012. Por aqui, os preços tiveram um reajuste médio de 15,26%, segundo dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). E, segundo a instituição, a Capital pernambucana teve a terceira maior alta do País, perdendo apenas para Fortaleza (17,46%) e João Pessoa (16,47%). A redução da área plantada do arroz, por exemplo, ocasionou um aumento acima de 10% ao ano no preço do produto. Esse também foi o motivo do reajuste do preço do feijão, que aumentou mais de 20% no ano. E, infelizmente, as expectativas não são nada animadoras: os preços devem continuar a subir e a pressionar a inflação. Segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV), entre as pressões aguardadas para este início de ano estão, principalmente, dos produtos in natura, que avançaram 5,41% no mês passado. O tomate, por exemplo, ficou 14,50% mais caro, enquanto as aves ficaram 8,10% mais caras. Pelo menos o brasileiro - Recife no meio - está ganhando mais e aumentando o número de alimentos básicos. É a saída para garantir que a dispensa continue abastecida.