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23Jan2013

Contratação sazonal cresce e efetivação cai

Em 2012, o Dia das Mães, a Páscoa, o Natal e as férias escolares de julho, as principais datas de contratações sazonais do País, foram responsáveis pela geração de 274,3 mil empregos temporários. O número é 4,6% superior ao registrado em 2011, quando 261,6 mil postos de trabalho foram criados. Por outro lado, houve redução de 22,7% no número de trabalhadores efetivados. O número de efetivos caiu de 44,6 mil para 34,5 mil no período comparativo. Os dados são da Associação Brasileira das Empresas de Serviços Terceirizáveis e de Trabalho Temporário (Asserttem) e do Sindicato das Empresas de Prestação de Serviços Terceirizáveis e de Trabalho Temporário do Estado de São Paulo (Sindeprestem).

Na opinião da presidente da Asserttem, Jismália de Oliveira Alves, o crescimento deve ser visto como positivo e também deve se refletir em 2013. “É um setor que vem crescendo ao longo dos últimos anos. A nossa economia moderna necessita de uma ferramenta de gestão como o trabalho temporário”, afirmou. “Com esses números, a nossa expectativa é que o setor cresça este ano. Temos jogos no meio do ano que irão aquecer a economia”, pontuou Jismália, referindo-se à Copa das Confederações.

Em 2012, de acordo com o estudo, todas as datas de picos sazonais demonstraram crescimento, com exceção das férias de julho, quando houve contratação da mesma quantidade de funcionários nos dois anos. No entanto, as efetivações caíram na Páscoa (de 17,5 mil para sete mil) e nas férias de julho (de 2,3 mil para mil). Para Jismália, a queda no número de efetivados é resultado direto do momento de crise mundial. “Os empresários estão muito conservadores. Eles tinham uma demanda, mas não estavam seguros da efetivação desses funcionários. Nesse sentido, o contrato temporário entra como um aspecto positivo”, destacou.

Do total de pessoas empregadas temporariamente, 54 mil foram jovens na sua primeira experiência profissional. “Esses dados reforçam que os jovens estão sendo muito beneficiados com as atividades temporárias. Eles participam deste mercado e saem qualificados, melhor preparados e com um aumento nas chances de empregabilidade”, completou Jismália.

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