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10Abr2013

Nordeste se prepara para combater a mosca-negra-dos-citros sem o uso de agrotóxico

A praga conhecida como mosca-negra-dos-citros (Aleurocanthus woglumi) é de origem asiática, chegou ao Brasil na década passada e foi recentemente detectada na Região Nordeste. Seu controle tradicional é realizado com pulverizações de inseticidas. Entretanto, essa tecnologia encontra resistência entre produtores agroecológicos. Para o pesquisador da Empresa Estadual de Pesquisa Agropecuária da Paraíba, Rêmulo Araújo Carvalho, o combate a essa praga pode ser feito sem o uso de agrotóxicos.

A mosca-negra-dos-citros é considerada a pior praga dos citros, podendo reduzir a produção em até 80%. Para combatê-la, já existe uma pesquisa da Emepa que consistiu em realizar 30 experimentos de campo, testanto mais de 50 produtos alternativos contra a mosca-negra-dos-citros, entre os quais foram selecionados: óleo mineral, óleo vegetal, óleo de nim, óleo de casca de laranja e detergente. “Todos esses produtos matam, imediatamente, os adultos da mosca-negra, porém os experimentos de campo provaram que apenas o detergente e o óleo da casca de laranja são cem por centro eficientes contra todas as formas jovens (ninfas) deste inseto, sendo necessárias, porém, mais de três pulverizações”, explica Carvalho.

Segundo ele, o óleo da casca de laranja e o detergente são tecnologias eficazes e de baixo impacto ambiental, podendo ser utilizadas para substituir as aplicações de agrotóxicos em plantios conduzidos de maneira ecológica por produtores da agricultura familiar. “No entanto, é importante lembrar aos produtores que existem várias fases da mosca-negra-dos-citros. Com apenas uma aplicação se matam os adultos e as primeiras fases da forma jovem do inseto. Mas para matar a mosca em sua última fase jovem, são necessárias três aplicações do óleo da casca de laranja ou cinco de detergente neutro”, destaca o pesquisador da Emepa.

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