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21Jan2013

Pernambuco produz 400 mil toneladas de banana

Não há dúvida que a banana é fonte inesgotável de nutrientes. Só para citar alguns, a fruta carrega potássio, sódio, cálcio, além das vitaminas A, B1, B2 e C. Talvez seja por isso que a natureza ajude para que o fruto, cultivado há oito mil anos em 130 países, esteja disponível o ano todo. Em Pernambuco, ela é ingrediente principal para uma das sobremesas mais requisitadas: a cartola, considerada Patrimônio Cultural Imaterial de Pernambuco, por meio da Lei 13.751/09. É por esses e outros motivos que a bananeira é explorada em todos os municípios pernambucanos, em uma produção que chega aproximadamente a 400 mil toneladas anualmente.

De acordo com o Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA), a bananeira apresenta ritmo de produção contínuo. Após iniciada a fase produtiva, mantidos os cuidados necessários, a colheita (ou corte de banana) é realizada semanalmente. “Para o pequeno agricultor, esse fluxo produtivo é importante, pois a feira semanal da família estará sempre garantida”, avalia o coordenador de Fruticultura do IPA, Luiz Gonzaga Bione.

Apesar de estar disponível nos 365 dias do ano, a maior oferta de banana ocorre no fim do ano, enquanto que a menor se dá a partir de abril. “É nesse período que há oscilação nos preços”, comenta. “O maior volume da produção é comercializado no próprio Estado, para consumo in natura, e parte enviada para outros estados, como Pará e Paraíba”, complementa.

Bione diz que a grande maioria da produção de banana em Pernambuco advém de pequenas glebas (terreno para cultivo), com características de pequenos produtores. Nestas características, os destaques na produção da cultura vão para Machados e São Vicente Férrer, no Agreste; e Vicência, Amaraji, Quipapá, Palmares e Macaparana, na Zona da Mata.

Já o cultivo da bananeira irrigada, basicamente, ocorre no Vale do São Francisco, no Sertão, principalmente nos municípios de Santa Maria da Boa Vista, Petrolina e Orocó. “Apesar de em menor escala, também há plantações irrigadas na Zona da Mata do Estado e no Agreste Setentrional”, alerta.

Os custos de produção oscilam de acordo com a variedade plantada (comprida, prata, nanica e maçã, por exemplo), assim como com o nível de tecnologia empregado em cada plantação. “Em média são gastos cerca de R$ 7 mil para implantação de um hectare com bananeira, excluindo-se os custos com irrigação”, calcula o coordenador de Fruticultura do IPA.

MAIOR parte do trabalho está nas mãos de pequenos agricultores, que estão no Interior de Pernambuco. Oferta fica mais alta no fim do ano, segundo o IPA

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